INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers

trinta e nove

Make me your Aphrodite 🎶

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Depois daquele final de tarde juntos, Haruchiyo me deixou em casa e precisou sair em direção ao trabalho dele pois tinha coisas para resolver. Aquela seria a primeira noite que eu passaria sozinha, mas eu sabia que não seria a última, apesar de estarmos mais próximos, eu sabia que ele ainda escondia certas coisas e que ele tentaria me poupar da maioria das coisas estressantes.

Eu tinha o costume de acordar cerca de duas horas antes do meu horário de trabalho, tanto para despertar quanto para fazer a minha rotina diária. Depois de um bom banho relaxante, fui em busca das minhas roupas para ir ao trabalho.

Aquele seria apenas mais um dia comum na escola, ensinar coisas novas, fazer revisões e supervisionar as crianças em suas brincadeiras no pátio. Um sorriso bobo sempre tomava conta do meu rosto quando eu lembrava de Sanzu fazendo planos sobre os cinco filhos que ele queria ter e que na cabeça dele eu seria uma super mãe, já que tomava conta de várias crianças durante o dia.

— Só na cabeça dele que eu vou ter cinco filhos. -dei risada observando as crianças brincando no pátio- Eu que não quero miniaturas dele pela casa.

O dia passou com mais tranquilidade que o esperado, e eu agradecia por aquilo pois  se tratavam de crianças e não de bichinhos sem vida que ficam no lugar que colocamos. Estávamos a poucos minutos do horário de saída, até que eu tive uma brilhante ideia de sugestão de leitura.

— Quem aqui já leu O Pequeno Princípe? -Perguntei anotando o nome do livro no quadro.

— Eu já! -Uma parte das crianças gritaram eufóricas.

— Vocês leram mesmo? -Perguntei arqueando as sobrancelhas.

— Na verdade, foi minha mãe que leu pra mim. -A pequena Mei disse colocando uma mão no queixo.

— E eu foi meu pai. -Outro aluno respondeu.

— O que acham então de fazermos um acordo?

— Que tipo de acordo professora?

— Alguém sabe me dizer o que acontece daqui uma semana?

— É o dia da senhora distribuir os chocolates. -Aiko gritou animada.

— Exatamente. -dei risada- Só que, quem ler esse livro e contar aqui na sala a parte que mais gostou vai ganhar chocolates em dobro.

— Jura?! -Perguntaram em uníssono.

— Aham. -respondi- Mas precisam fazer o que eu falei, combinado?

— Combinado!

Observei as crianças ficarem tão animadas que por um breve momento esqueceram até que o horário de saída estava próximo. O sinal soar pelos corredores foi o suficiente para que pegassem suas mochilas e ficassem em fila para se despedirem. Com alguns acenos e breves abraços, todos os pequenos foram encontrar com suas famílias.

Arrumei minhas coisas que ainda estavam em cima da mesa e fui caminhando tranquilamente em direção à saída da escola e para a minha desagradável surpresa Naoto estava lá segurando um buquê de flores brancas.

— O que faz aqui Naoto? -Perguntei curiosa.

— Tentando reconquistar a mulher da minha vida. -Respondeu esboçando um sorriso.

— Se você não tivesse mentido para mim, nada disso teria acontecido. -Disse rispidamente.

— Eu estava tentando te proteger [Nome]! -falou afoito- Você não entenderia, eu abri mão de muitas coisas pra ter você!