quarenta e cinco

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Ain meu Grays Anatomy🧐

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Os dias foram passando e os três continuavam enfiados em minha casa, eu já havia desistido de tentar mandar eles embora. Já havia se tornado uma coisa comum eu chegar do trabalho e eles estarem perambulando pela casa sem camisa, uma vez Sanzu quase matou Ran por ele estar de toalha na sala.

Apesar das brigas frequentes, eu notava o quanto aqueles três eram unidos de uma certa forma. Uma das coisas que eu notava era que Ran pegava no pé de Sanzu a cada pílula que o rosado ingeria, e aquilo acabava com discussões envolvendo meu nome.

Hoje, por exemplo, era um dia de paz em que nenhum dos Haitani estava em minha casa. Sanzu amava aqueles momentos em que ficávamos apenas nós dois, trocando carinhos bobos na frente da TV, sem cobranças, sem conversas, sem nada. Apenas um aproveitando a presença do outro.

— Cupcake, sabia que antes de te achar eu costumava abraçar travesseiros e fingir que era você? -Falou com o queixo apoiado em minha cabeça.

— Eu também costumava fazer isso. -suspirei sentindo as memórias voltarem- Achei que nunca mais ia te encontrar.

— Eu também pensei isso. -disse triste.- Você tinha tudo pra ser só mais uma, mas acabou virando o meu mundo de cabeça para baixo e agora não vejo mais minha vida sem você.

— Já te falei pra não pensar assim. -respondi me virando para ele- Somos pessoas Haru e não sabemos o dia de amanhã.

— Queria poder voltar no tempo e ter feito tudo certo.

— Mas não podemos fazer isso, e também não devemos nos apegar ao passado. -olhei aqueles olhos tão curiosos e lindos- O passado serve de lição Haru, agora só podemos pensar no nosso futuro.

— Quer meu futuro com você. -respondeu beijando minha testa.- Vamos ser uma família muito feliz, vou fazer tudo o que eu for capaz para minha rainha e meus príncipes do mundo todo.

— Se você mimar eles, vai dormir na casinha do Killer.

— Isso não é justo. -Reclamou fazendo bico.

— É justo sim. -dei risada.- Educar crianças não é fácil querido, só eu sei o que passo naquela escola.

— Você já teve problemas com pais sem noção? -Perguntou curioso.

— Quase sempre. -respondi esboçando um sorriso- Da última vez foi quando você me mandou aquele buquê de flores cor de rosa.

— O que aconteceu?

— No outro dia um aluno meu chegou com uma marca no bracinho dele, de primeira ele não quis falar o que tinha acontecido e até mentiu sobre ter sido brincando com os amiguinhos. -falei suspirando pesadamente- Mas eu consegui convencer ele a falar, basicamente o pai dele o bateu pelo simples motivo do garoto ter chegado com uma flor cor de rosa em casa.

— Já até imagina, “cor de menina”. -respondeu esboçando nojo- Acertei?

— Exatamente, ele disse que flores eram coisas de menina e rosa também. -suspirei movendo a cabeça em negação- Eles são uma família extremamente machista e aparentemente sempre fazem esse tipo de coisa. E quando a direção questionou a atitude, ele disse que estava criando o filho pra ser homem e não um “boiolinha qualquer”.

— Queria dar de cara com esse filho da puta. -respondeu sério- Queria ver se ele tinha coragem de falar que sou um “viadinho” por causa do meu cabelo. Eu ia meter um pente de bala na cara dele.

— Haru, já conversamos sobre essa sua vontade de matar as pessoas.

— Um nojento desses nem merecia estar vivo. -respondeu irritado- Escória da sociedade.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora