treze

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⚠️ Conteúdo Sexual

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Passamos um longo tempo assistindo a programas aleatórios. Sanzu mantinha a cabeça encostada em meu ombro, sem falar uma palavra sequer. Isso sim era algo preocupante, ele sempre estava falando ou fazendo algo, ele estar tão quieto assim era de dar medo.

— Onde você tava? -Perguntei cortando o silêncio.

— O que? 

— Onde você estava Sanzu? -repeti- Te esperei quase a noite toda e você não veio, pela manhã e à tarde nenhum sinal seu. Te liguei e foi pra caixa postal…

— Ficou preocupada? -Perguntou me encarando.

— Claro que fiquei. -respondi- Você faz parte de uma gangue, já chegou aqui todo machucado. Eu pensei que algo tivesse acontecido.

— Eu sou imortal amorzinho. -Ele riu descarado.

— Na sua cabeça né? -o encarei balançando a cabeça em negação- Idiota.

— Eu estava estressado. -suspirou movendo a boca de um lado para o outro- Por isso desliguei o celular, não quero saber de nada por uns dias.

— Ótimo. -dei risada- Eu me preocupei muito com você.

— Medo de perder seu namorado?

— Pela milésima vez. -suspirei pesadamente passando as mãos no rosto- Nós não namoramos Sanzu!

— Namoramos sim! -Respondeu.

— Não namoramos não!

— Namoramos sim. -repetiu irritado- Você que não aceita isso.

— Exatamente! Eu não aceito.

— Problema seu. -ele riu e pegou minha mão- Nós namoramos, vamos casar e ter 5 filhos e dois cachorros.

— TÁ MALUCO? -dei uma alta risada- Eu não quero e nem vou ter filhos! Ainda mais com um doido como você.

— Vamos resolver isso na terapia de casal amor.

— Quem precisa de terapia é você.

— Viu só? -ele riu cínico- Estresse faz mal.

— Você vai dormir no sofá hoje. -dei risada levantando- Seu babaca.

— Ah não Cupcake! -reclamou me seguindo pela escada- Eu só tava brincando! Na verdade não, mas leva isso como uma brincadeira.

Caminhei segurando o riso até meu quarto e fechei a porta sem trancá-la. Talvez os dois únicos neurônios funcionais do loiro não percebessem que a porta estava apenas fechada, já que ele batia desesperado.

— A porta só tá fechada seu doido. -Dei risada sentada na cama.

— Sua desalmada. -disse estressado entrando no quarto- Você é uma…

— Se me xingar eu te jogo pela janela!

Sanzu ficou calado me olhando com aqueles olhos hipnotizantes. Eu gostaria bastante de saber explicar qual atração aquele azul brilhante tinha, mas não sabia dizer, era uma mistura de algo calmo e selvagem. 

Era algo lindo.

O loiro caminhou pelo quarto e apagou a luz do cômodo, foi até a janela e puxou a cortina, deixando apenas a luz da lua como iluminação do local. Em seguida, deitou-se na cama calmamente com a cabeça enfiada no travesseiro.

— Dramático. -Dei risada ao notar a perfeita semelhança com uma criança birrenta.

— Vai se foder!

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora