Depois que aquele doido me deixou em casa eu tive que aguentar um longo e vasto interrogatório da minha mãe onde quase terminamos em uma briga por ela achar que aquele garoto era meu namorado.
No dia seguinte como de costume eles saíram cedo para trabalhar enquanto eu me arrumava para ir em direção a minha prisão, às vezes eu me perguntava se eu realmente merecia passar por todo aquele sofrimento e humilhação diário, tudo bem que eu não era a melhor aluna, exemplo de turma, mas poxa, a cada ano eu ficava mais confusa nas aulas, principalmente desde o dia que vi uma letra virando número a primeira vez, de lá pra cá foi só ladeira abaixo.
–Foi bom passar esse tempo com você querida casa. -Falei triste enquanto fechava a porta de casa.
–Finalmente. -aquela voz disse atrás de mim- Achei que não ia mais sair.
–Você não tem o que fazer não, Sanzu? -Sibilei seu nome.
–Tenho, ficou cega? -perguntou debochado- Estava esperando você.
–Por que?
–Porque eu quis.
–Arrogante. -Falei mostrando o dedo do meio para ele.
–Você é tão mesquinha. -Balançou a cabeça em negação.
–Vamos. -chamei caminhando em sua frente- E fique a 1m de distância de mim.
–Eu não tenho necessidade de ficar perto de você. -Rebateu.
–Faço das suas palavras as minhas.
Caminhamos em silêncio e vez ou outra, eu conseguia sentir o olhar de Sanzu queimando em minhas costas outras vezes ele apenas me xingava me mandando caminhar mais devagar e acabava recebendo um dedo do meio em resposta.
–Idiota! -Disse dando um leve tapa em minha cabeça.
–Você! -rebati entrando na escola- Seu babaca!
–Também gosto de você. -Olhou para trás me mostrando o dedo e dando um sorriso com os olhos fechados.
–Quero que você se ferre!
–Igualmente Docinho.
Fui para minha classe xingando aquele tapado de inúmeras formas e maneiras que eram possíveis, ele era um babaca, metido, ridículo do caralho, e claramente um insuportável de carteirinha.
–Seboso! -Murmurei sentando em minha cadeira.
As aulas passaram da maneira mais lenta possível, eu já havia desenhado versões estranhas de meus professores, resolvido inúmeros exercícios mas parecia que aquela maldita tortura não chegava ao fim.
Quando finalmente ouvimos o som que sinalizava o intervalo eu agradeci aos céus por aquilo. Depois de guardar meu material, fui caminhando lentamente com os braços cruzados para trás em direção ao refeitório, e como sempre a fila estava imensa.
–Mas que merda. -suspirei pegando minha bandeja e indo para a fila- Pelo visto só vou comer quando a noite chegar.
Mais rápido do que eu esperava, logo chegou minha vez e depois de pegar minha comida e minha sobremesa, fui sentar na minha típica mesa, sozinha e isolada de todos, embora eles estivessem ali, eu fingia que não estavam para poder viver em paz e evitar que eu enfiasse a mão na cara de alguém.
–Posso sentar aqui? -Sanzu perguntou apontando para a mesa.
–Não. -Respondi.
–Não ligo para o que você diz. -Deu os ombros sentando-se.
–Então porque você perguntou? -o encarei incrédula- Idiota.
–Eu devia te deixar sozinha. -ele disse esticando as mãos em cima da mesa- Menina feia.
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INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers
Fanfic🔞 Inferno, Na mitologia, era um local subterrâneo habitado pelos mortos, para os cristãos, o lugar em que as almas pecadoras se encontram após a morte, submetidas a penas eternas. Para mim, era o paraíso. 🔞 | Fem ¡ Oc |