INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers

Capítulo Extra: Rindou Haitani

Rindou Haitani, o mais misterioso e calado dos carismáticos irmãos que comandavam Roppongi, ele era como uma incógnita. Os dias em que ele esteve em minha casa eram até divertidos, eu ganhava os mais variados e diferentes presentes da parte dele e quando  o questionava, ele apenas respondia que era como uma gratidão por eu estar o recebendo debaixo do meu teto.

Rin me levou para conhecer diversos lugares e pontos turísticos que eu nunca sequer fui, a companhia dele era interessante, apesar de ser silencioso e nada extravagante quanto o irmão, ele chamava atenção por onde quer que fosse.

— Vamos cupcake, estamos atrasados. -Chamou batendo na porta.

— Já estou saindo!

Terminei de passar o meu perfume, coloquei os brincos de ouro com pérolas pendentes e encarei a roupa à minha frente. Um vestido longo na cor preta, alças finas e um decote marcante, aquilo com toda certeza me deixaria com cara de vadia rica.

— Vamos? -Chamei abrindo a porta.

Os olhos de Rin percorreram meu corpo de cima a baixo, lentamente e por fim fixaram-se em meu rosto, Rin abriu um mínimo sorriso e me estendeu o braço.

— Se me permite dizer, você está linda hoje.

— Só hoje? -perguntei arqueando uma sobrancelha e fazendo um biquinho.

— Na verdade todos os dias. -respondeu dando uma risadinha. — Mas hoje você está demais.

Fomos caminhando para a garagem em meio a conversas e risadas, Rindou se mostrava bastante receptivo e simpático para o meu lado. Era engraçado como alguém tão fechado como ele, se mostrava bastante atencioso e falante.

Rin abriu a porta do carro para que eu entrasse e me acomodasse no banco do passageiro, em seguida, contornou o carro e sentou-se no banco do motorista, dando partida rapidamente e saindo pelas ruas em alta velocidade.

Depois de longos minutos, paramos na frente de um restaurante caro à beira do mar, aquilo estava praticamente fora de todos os meus pensamentos, começando pelo valor que deveria ser a reserva daquele lugar.     Os pratos deveriam custar o preço dos meus rins e nada tiraria aquele pensamento da minha cabeça.

— Decidiu o prato que vai escolher?

— Sim. -respondi encarando o menu. — Pode chamar  garçom se quiser.

— Se todas as mulheres fossem decididas como você…

— Não me venha com as cantadas sem sentido do seu irmão. -respondi abrindo um sorriso ladino. — O papel de conquistador barato não combina com você.

— E o que combinaria comigo? -Perguntou pensativo.

— Prefiro guardar meus pensamentos para mim. -dei uma fraca risada. — Mas eu adoraria que você me surpreendesse…

— Bom saber disso…

Rindou acenou para o garçom que se aproximou para anotar os pedidos, e assim que o fizemos, o mais velho pediu por um vinho que eu sequer conseguia pronunciar aquele nome. Minutos se passaram até que o homem retornasse com a bebida pedida, ele nos serviu e deixou a garrafa no centro da mesa.

— Gostou da escolha do vinho? -Perguntou balançando a taça com o líquido escuro.

— Apesar de não conseguir pronunciar o nome, eu gostei do sabor marcante que ele tem. -Respondi pensativa.

— Com o tempo você se acostuma. -Disse dando uma risadinha.

Assim que os pratos chegaram, começamos a comer. Era o prato estrangeiro mais gostoso que um dia eu comi, tudo ali estava perfeito e contando com a luz do luar, o ambiente ficava ainda mais bonito. Rindou começou a puxar diversos tipos de assuntos, mais especificamente sobre mim e meus trabalhos, a cada vez que eu falava, ele ouvia tudo atentamente.