quarenta e seis

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⚠️ Violência
OBS.: As palavras citadas aqui não tem intuito de ofender ou discriminar ninguém, lembre-se que isso retrata parte do nosso cotidiano atual e que esta obra trata-se de um ficção.

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Sanzu dormia tranquilamente na cama, eu não sabia dizer que horas ele havia chegado, mas sabia que ele tinha ido dormir comigo naquela noite. Essa era uma das coisas que me deixava aliviada, só assim eu sabia que meu rosado meio doido estava bem.

Embora eu insistisse, Haru parecia não querer sair daquela vida, eu achava aquilo perigoso e ele sabia o quanto ele sair em “missões” me deixava preocupada. Enquanto me arrumava para ir ao trabalho, observava pelo reflexo do espelho o rosado dormindo tranquilo em minha cama. Tão belo e perfeito.

— Quem diria que justo ele seria o homem que estou prestes a me casar. -murmurei enquanto prendia o cabelo. - Logo o doido que me irritava de todas as maneiras, e se enfiou na minha vida à força.

Observando Haru com aquela expressão calma e serena enquanto dormia, me fazia pensar em todas as vezes que ele cobria o rosto com uma máscara por culpa de opiniões idiotas de outras pessoas, um rosto tão lindo como aquele merecia ser apreciado por todos. Ver o quanto ele amadureceu, mesmo que em alguns momentos ficasse em pé de igualdade com crianças de cinco anos, me faziam ficar orgulhosa do homem que ele havia se tornado, não um assassino ou um mafioso, mas sim um homem companheiro e leal, que me dava carinho e sempre estava ali por mim.

Dei um beijo de despedida naquele rosto que eu tanto amava, peguei minhas coisas de uso diário e desci pelo elevador em direção à saída do prédio, esperei por um táxi e fui para o trabalho. Não me preocupei com o que Sanzu faria durante o dia, mas eu sempre deixava o café da manhã pronto para ele,  eu sempre tinha esses mínimos atos de cuidado com ele, pois eu sabia o quanto significava até mesmo o bilhete de “ Bom dia, meu amor :) “ que eu deixava fixo na porta da geladeira.

O dia passou como de costume, aulas, crianças fazendo muitas perguntas e conversando bastante, eu amava aquelas pequenas pestinhas de todo o meu coração. Crianças nunca foram o meu forte, mas trabalhar com elas era uma experiência encantadora, principalmente a cada descoberta nova que faziam.

— Professora… -a pequena Sayuri chamou erguendo a mãozinha no ar. - A senhora vai casar com seu namorado?

— Que pergunta é essa Sayuri? -Perguntei confusa.

— É que a minha mamãe vai casar com o namorado dela. -explicou mexendo as mãos. - E como a senhora tem um namorado que te manda flores, eu achei que vocês iriam casar.

— É professora, você já é velha. -outra aluna falou- Já deveria estar casada.

— Me chamar de velha foi doloroso. -Dei risada colocando a mão no peito.

— Ela não é velha, Akemi. -Sayuri rebateu- Ela tem a idade da minha mamãe.

— Bom, antes que comecem a discutir. -chamei a atenção das duas estalando os dedos- Eu vou me casar com ele um dia, mas não sei que dia é esse.

— Como ele é? -Akemi perguntou inclinando a cabeça- A gente nunca viu ele.

— Bom, ele é alto, tem olhos azuis lindos… -suspirei descrevendo várias características dele- Quando nos conhecemos, os cabelos dele eram loiros tão clarinhos que pareciam branco, mas hoje em dia é rosa.

— O namorado da professora tem o cabelo cor de rosa? -Sayuri perguntou eufórica.

— Aham! -respondi sorrindo- É o cabelo rosado mais lindo que já vi na minha vida.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora