Epílogo

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Família.

Por mais desfuncional, incompleta, imperfeita, e com tantas falhas em tantos sentidos, éramos uma família, apesar das provocações e brigas, o respeito e o amor sempre era maior que tudo ali, afinal, era apenas isso que importava, o amor.

Não foi fácil para Sanzu superar a morte de Mikey, mesmo depois de quatro longos anos ele ainda acordava algumas noites com o pesadelo do amigo se jogando de um prédio alto após ter executado o noivo de Hinata alguns dias antes da festa de casamento.

Mas apesar de tudo, ele estava feliz, tudo isso graças a pequena Amane, que corria animada pelo parque das cerejeiras. Depois de muita insistência de Takeomi, viemos passar alguns dias em Tóquio, tanto para Amane conhecer o lugar quanto para Sanzu rever algumas pessoas. A Bonten não existia mais, Sanzu, Ran e Rindou agora faziam parte de uma máfia local de Miami, Takeomi continuou com os outros membros no mercado negro de Tóquio, o que eles faziam pouco me importava, eu só queria o meu marido inteiro no final do dia.

— Eu sou um homem tão feliz… -Haruchiyo disse pensativo enquanto segurava minha mão.

— E eu também. -Sorri para ele enquanto acariciava minha própria e já perceptível barriga.

— Já sabem o que é? -Takeomi perguntou segurando Killer pela coleira.

— Ainda não, mas eu sinto que é um menino. -o rosado respondeu empolgado. — Nada mais de filhas meninas!

— Já conversamos sobre isso amor.

— Desculpa.

— Tomara que seja mais uma menina. -Ran disse dando uma alta risada. — Assim eu não vou me preocupar em arrumar uma namorada para O MEU FUTURO SEGUNDO FILHO.

— Eu vou quebrar a cara dele amor, tô avisando…

— Ran, já falei pra você não ficar provocando o Sanzu. -Vyc disse encarando seriamente o arroxeado.

— Essa uva passa desbotada acha que vou aceitar a minha princesa namorando o filho feioso dele. -Sanzu respondeu dando uma risadinha provocativa.

— Sem esses tipos de assunto, por favor. -pedi os encarando. — São duas crianças, eles nem sabem o que é essa coisa de namoro e nem quero que saibam antes do tempo.

— É… -Vyc concordou. — A [Nome] tem razão. Deixem que sejam crianças até onde eles quiserem.

Continuamos o nosso passeio pelo parque em meio a conversas e risadas e mantendo sempre o olhar em Rindou e nas criaturinhas. Aquelas duas pestinhas eram perigosas sozinhas e muito mais quando estavam junto do Haitani mais novo, visto que ele era outro que cumpria todas as vontades das crianças.

— Rindou leva mesmo a sério esse negócio de titio ama, titio cuida. -Takeomi falou dando uma alta e sonora risada.

— E eu sou muito grata por isso. -Respondi dando risada.

— Grato sou eu por vocês terem aceitado estar aqui no festival da primavera. -suspirou olhando para o alto. — É bom ter a família aqui reunida de novo.

— Por mais imperfeita que seja, somos uma família. -Ran concordou com um sorriso preguiçoso.

— Sim, nós somos. — Sorri para eles.

O dia foi passando e já estávamos um pouco cansados, Killer havia brincado a manhã inteira com os pequenos e os levamos para casa para descansarem, durante a noite seria o glorioso festival da primavera, e eu amava aquilo tudo.

Ao longo das horas, Takeomi me falou sobre Naoto, o moreno estava preso por conspiração e traição contra o próprio país, ele fez muitos acordos ilegais com a Bonten e um deles foi tramando a minha morte. Em outros tempos aquilo me deixaria chocada, mas depois de lembrar que ele sempre soube quem Sanzu era e havia escondido aquilo de mim, nada mais em relação a ele me abalava e eu só queria deixar que o passado morresse no passado, afinal tudo aquilo havia ficado para trás.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora