dezesseis

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Alguns recadinhos lá embaixo ❤️

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Para a minha paz, Sanzu precisou ir embora durante a noite pois precisava resolver alguns assuntos com relação a sua gangue. A parte boa daquele doido pular a janela do meu quarto era que eu não tinha vizinhos daquele lado, apenas um extenso campo verde e a cerca que o separava de parte do meu quintal. O lado ruim era que aquela velha irritante sempre que me via apontava aquilo como um pretexto pra me abordar.

Quanto a meus pais, eles ainda não tinham um dia fixo para voltar, sempre que estavam prestes a vir, aparecia mais trabalho, por um lado aquilo era bom, pois em meus planos quando eu completasse dezoito anos iria morar sozinha. Logo, aquele tempo cuidando da casa me fez ter mais vontade ainda, a sensação de paz e liberdade era muito boa e principalmente a de não ter ninguém pegando no seu pé.

— Deixa eu ver… -falei dando uma última olhada na casa- Registro do fogão desligado, janela do quarto aberta, tudo limpo e organizado. Agora posso ir pra escola em paz.

Tranquei a porta e guardei as chaves no bolso de minha mochila e ao me virar, lá estava Sanzu com as mãos nos bolsos me encarando com um possível sorriso por baixo daquele tecido preto.

— Que foi? -Perguntei arqueando as sobrancelhas.

— É que suas pernas ficam lindas nessa saia. -Respondeu simplista.

— Nem adianta tentar Sanzu. -dei risada começando a caminhar em sua frente- Não vai comer cupcake por uns dias.

— Tô nem aí. -Respondeu cínico.

— Não? -Virei o rosto para encará-lo.

— Não. -Respondeu puxando uma mecha do meu cabelo.

— Isso é feitiche? -perguntei o encarando- Não pode me ver de cabelo solto que fica puxando.

— Eu tenho feitiche em tantas coisas que se você soubesse de pelo menos uma parte delas nunca mais iria olhar na minha cara. -Respondeu dando uma alta risada.

— Tá vendo porque não vou me casar com você? Você é doido.

— Doido por você. -Deu risada me abraçando.

— Desencosta de mim! -reclamei o empurrando- As pessoas vão achar que namoramos.

— Engraçado que você não se importou com o que elas achariam no dia que gritou para aquela irritante no refeitório que eu era seu namorado. -Respondeu cínico.

— Como sabe disso? -perguntei confusa- Você estava suspenso naquele dia…

— Já te disse que tenho fontes interessantes, cupcake.

— Vou me lembrar disso.

Fomos o restante do caminho para a escola conversando sobre coisas aleatórias, outro ponto interessante sobre  loiro era que aparentemente ele não conseguia focar em um só assunto e sim em vários ao mesmo tempo. Muitas vezes eu acabava me perdendo em meio aos assuntos e recebia xingamentos por causa disso até que acabávamos em uma discussão sobre quem era o mais irritante.

— Te vejo no auditório. -Disse dando um tapa em minha testa.

— Já disse pra não fazer isso comigo! -Reclamei entrando na escola.

— Foda-se. -Deu risada mostrando o dedo do meio enquanto caminhava para sua sala.

Enquanto caminhava para a aula, ficava pensando se aquilo sobre o auditório era real ou apenas mais uma coisa da cabeça dele. Entrei na sala de aula e já senti o peso de vários olhares maldosos sobre mim, mas não seria aquilo que iria me abalar, querem achar que eu sou namorada do menino doido do terceiro ano? Que achem, eu simplesmente não ligo para mais nada.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora