trinta e dois

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Volta Rita,
⚠️capítulo 32, tópico 69.

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Depois que Sanzu me deixou sozinha, sem me ouvir ou pelo menos tentar conversar, fiquei me segurando para não acabar surtando de todas as formas que eu conhecia.

— Eu não imaginei que a gente se reencontraria assim… -murmurei caminhando de um lado para o outro- Ele não quis me ouvir. Que porra ele quis dizer com o Mikey estava certo? Droga, e como ele sabia que eu era a noiva do Naoto? Por que ele queria atingir o Naoto?

Foi em meio a esses pensamentos que fiquei com as pernas doloridas de tanto ir de um lado para o outro, sem contar que a porcaria desses saltos estavam deixando meus pés exaustos.

Esse era só mais um dos motivos de eu odiar festas, principalmente as que o Naoto participava. Parecia que eu estava ali apenas para ser um troféu em exibição para as outras pessoas, ele sempre me pedia para ir com o melhor vestido, o melhor sapato e os melhores acessórios e eu nunca entendia o motivo daquilo tudo.

— Mas que porcaria de vida!

Circulei o olhar por todo o espaço, aquela escuridão era enlouquecedora e eu não podia simplesmente voltar pra casa a pé, já era tarde e simplesmente poderia acontecer várias coisas comigo.

Meus olhos se fixaram em dois pontinhos luminosos e distantes, talvez fosse o carro de algum pescador, mas ao julgar pela velocidade, poderia ser alguém que Sanzu mandou para terminar o serviço.

— Sanzu?! –o encarei quando a porta do carro foi aberta revelando o rosado com uma expressão raivosa– O que foi? Voltou pra falar mais coisas que não sabe na minha cara?

Ele continuava calado, me olhando com aqueles olhos azuis, tão intensos e expressivos que se assemelhavam com o mar, às vezes calmo e às vezes revolto.

— Não vai falar nada? -perguntei irritada- Vai embora e me deixa sozinha nessa merda! Você só mostrou o babaca que sempre foi!

— Cala a boca. -Murmurou se aproximando.

Meu coração errou o compasso e minhas mãos começaram a suar frio com a aproximação dele.

— O que? Você me mandou calar a boca? -o encarei indignada- Você é um estúpido, idiota, babaca! E não é um homem de verdade!

— O que?! -perguntou surpreso, parando no meio do caminho e franzindo o cenho- Você acha que eu não sou um homem de verdade?

— Acho! -respondi estressada- Não tem coragem de olhar na minha cara e dizer que não quer mais nada comigo!

Sanzu deu um sorriso presunçoso e se aproximou rapidamente, colocou a mão em volta do meu pescoço e apertou o local. Meus olhos estavam arregalados enquanto ele me olhava furioso.

— Eu não vou dizer isso!

— Por quê? -perguntei o encarando- Você não me deu as costas e disse isso lá dentro? O que custa dizer agora?

— Porra! Você é muito irritante! -disse apertando ainda mais o local- Eu não consigo dizer isso!

Sanzu suspirou pesadamente e negou algumas vezes com a cabeça abaixada. Eu me perguntava o que estava passando dentro daquela cabeça oca e doida que ele tinha.

Antes que eu pensasse em ter alguma reação, Sanzu me puxou para junto dele, colando nossas bocas de forma desajeitada e com certa urgência.

Uma mistura de desejos e saudades se fez presente naquele beijo afoito, minhas mãos se enfiaram na nuca do mais velho, enquanto isso, ele apertava meu pescoço com uma mão e juntava nossos corpos com a outra.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora