nove

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Deitada confortavelmente em minha cama, comecei a sentir o brilho do Sol que entrava pela janela me incomodando, puxei mais um pouco a coberta e me acomodei naquele quentinho que meus lençóis me proporcionaram.

Mas assim que me virei levei o maior susto de minha vida, foi aí que raciocinei como eu havia ido parar na minha cama. Dei um grito estridente por conta do susto.

— O que você acha que tá fazendo imbecil? -Perguntei irritada para o loiro de máscara que estava deitado em minha cama.

— Para de barulho Cupcake. -reclamou com a voz abafada pelo tecido- Só mais cinco minutos porque eu tô com sono.

— Saí da minha cama Sanzu! -O empurrei para fora do móvel.

— Você ficou louca caralho? -perguntou furioso- Por que fez isso?

— Você dormiu na minha cama sem a minha permissão! -reclamei- O louco aqui é você!

— Deixa de ser chata. -rebateu- Isso é normal.

— Não é não!

— É sim. -respondeu- Agora vai se vestir pra escola, daqui a pouco eu venho aqui te buscar.

O loiro se espreguiçou dentro daquele uniforme preto, o contraste com sua pele alva era perfeito. O único problema ali era a máscara, quem diabos conseguia dormir de máscara?

— Seu idiota! -reclamei mais uma vez- Como teve coragem de dormir comigo? Você é muito sem noção.

— Ain Sanzu, obrigada por ter me trazido pra cama e não ter me deixado jogada no sofá. -disse afinando a voz e sacudindo as mãos- Ain Sanzu, você me fez companhia a noite, obrigada de novo.

— Babaca!

— Para de gritar! -reclamou- Isso é normal entre namorados.

— Nós não namoramos Sanzu!

— Você só precisa aceitar. -ele riu indo para a janela- A escola inteira sabe que namoramos.

— Por que você mentiu. -rebati- Vai logo pra casa antes que eu te jogue pela janela.

— Eu também gosto de você. -Sorriu e pulou para fora da casa.

Passei a mão no rosto e após me acalmar daquele estresse matinal, caminhei até a janela travando-a para que aquele doido não a pulasse novamente. Fechei as cortinas e fui tomar um banho.

Depois de vestir o uniforme e pegar minha mochila, fui para o andar debaixo onde comecei a preparar meu café. Calmamente reparei na cozinha que estava organizada, notei que Sanzu havia jantado depois que eu adormeci e ele havia arrumado tudo.

— Que bonitinho. -Sorri terminando de preparar minhas panquecas.

Sentei na mesa e comecei a comer e não demorou muito para que eu terminasse e fui para a pia onde comecei a lavar tudo. Eu que não iria deixar coisas para fazer quando chegasse.

Minha campainha tocou ao mesmo tempo em que guardei o último talher. Eu sabia que era ele e então fui sorrindo involuntariamente para abrir a porta.

— Bom dia [Nome]. -minha vizinha irritante falou- Sua mãe pediu para que eu viesse ver se está tudo bem.

— Está sim. -respondi secamente- Obrigada pela preocupação.

— Se quiser, minha casa vai estar de portas abertas.

— Não precisa se preocupar. -respondi e notei Sanzu se aproximando com um olhar desconfiado- Bom, tenho que ir, e mais uma vez obrigado.

Observei a  mulher me encarando até chegar ao lado do loiro e passamos por ela com ele dando um tchauzinho bastante cínico. Assim como eu, Sanzu não gostava dela e provavelmente deveria ser pelo mesmo motivo.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora