INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers

trinta e oito

Olha eu aqui 😎

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Assim que chegamos em casa, senti todo o cansaço que estava no meu corpo. Por mais que ainda estivéssemos no meio da tarde, eu me sentia cansada, dar aulas não é fácil, levar crianças a passeios guiados pior ainda, e por mais que meu anjinhos fossem quietos, ter a responsabilidade de cuidar de várias crianças é na maioria das vezes estressante.

Sanzu continuava com o sorriso em seu rosto, parecia até que ele estava obtendo sucesso em seja lá qual o plano que ele tivesse naquela mente perturbada. E por mais que eu insistisse em saber do que se tratava, ele não abria a boca de maneira nenhuma.

— Haru… -chamei o observando mexer nos próprios dedos- Vai tomar banho comigo?

— Agora não cupcake. -respondeu pensativo- Posso escolher sua roupa?

— Pode. -Respondi esboçando um sorriso.

Enquanto caminhava para o banheiro, notei ele correndo para o quarto com uma certa animação, e diferente dos outros dias, aquilo realmente tinha me assustado. Na maioria das vezes Sanzu fazia um escândalo para tomar banho comigo e milagrosamente naquele dia ele negou.

Assim que saí do banho, senti falta de Haruchiyo dentro do apartamento mas evitei ao máximo ficar pensando naquilo, afinal era melhor não me preocupar, ele sabia se cuidar melhor que ninguém. Em meu quarto havia um vestido separado em cima da cama, ele tinha alças finas e ia na linha exata que ficava abaixo dos meus joelhos. 

Sinceramente eu não imaginava um bom motivo pra Sanzu ter escolhido aquela peça vermelha, mas sorria por pelo menos ele ter um bom gosto para algumas coisas. Notei que ele também havia separado um par de sapatilhas para mim, e eu estava começando a estranhar um pouco as coisas.

— Cupcake? 

— No quarto! -Respondi pegando a escova de cabelo.

— Tô indo pro banho. -Disse passando na frente do quarto.

Peguei uma bolsa com alguns pertences e fui pra sala esperar Sanzu sair do banho para se vestir. Os minutos passaram e finalmente ele saiu, a toalha amarrada na cintura e finas gotículas de água escorrendo em seu corpo, era praticamente impossível não olhar para aquilo.

— Vai me comer com os olhos cupcake? -Perguntou malicioso.

— Não posso mais admirar o corpo lindo do meu namorado? 

— Acha mesmo meu corpo bonito?

— Sabe sim. -respondi esboçando um sorriso- Eu sempre achei tanto você quanto o seu corpo bonito.

Um sorriso se fez presente no rosto do rosado e suas bochechas tomaram um tom levemente avermelhado enquanto ele caminhava para o quarto. Sanzu saiu minutos depois com uma calça social acinzentada e uma blusa de botões e mangas longas em um tom de azul claro.

— Vamos, meu amor? -Chamou me estendendo o braço.

— Vamos. -Sorri indo para o lado dele.

Caminhamos para fora do apartamento e certifiquei de que tudo estaria devidamente trancado e saímos em direção a garagem do prédio, entramos no carro e começamos a seguir caminho, faltavam cerca de duas horas para o pôr do Sol e até aquele momento, o rosado ainda não havia me dito para onde estávamos indo.

— Aposto que você deve estar bem curiosa não é? -disse dando risada- Deveria parar de ser tão curiosa cupcake.

— Eu nem tava pensando nisso. -Respondi esboçando um sorriso.

— Não? -disse me encarando de relance- Então porque está mexendo a perna loucamente?

— Você me pegou. -dei risada- Eu tô muito curiosa Haru.

— Vou te levar pra um lugar que eu gosto. -respondeu simplista- Vamos ver o sol se pondo lá.

— Estamos perto ou longe? -Perguntei tentando me localizar pelo caminho que ele seguia.

— Meio termo.

— Você é um chato. -respondi o encarando- Sabia disso?

— Te atormentar é uma das minhas atividades favoritas. -Respondeu dando risada.

Continuamos a andar pelas ruas enquanto íamos fazendo uma discussão boba onde Sanzu sempre ficava com suas provocações de duplo sentido. Eu amava aquele senso de humor dele, a maneira “diferente” dele demonstrar o seu carinho por mim e principalmente a nossa parceria. 

Ele nunca foi uma pessoa fácil de lidar ou com o melhor temperamento do mundo, mas era nítido que todos os dias ele se esforçava para me ter por perto e eu fazia o mesmo. Afinal, não existe coisa melhor do que encontrar alguém com quem nos sentimos bem, e Haruchiyo era essa pessoa, parecia que estando com ele ao meu lado, todas as minhas inseguranças e problemas sumiam.

— Chegamos. -Disse entrando em um parque conhecido da região.

— Eu amo esse parque. -sorri animada assim que entramos- Mas minha rotina me impedia de vir aqui.

— Então eu me sinto feliz por te trazer aqui. -O rosado respondeu com um sorriso estampado em seu rosto.

— Você é um fofo Haru. -Dei risada dando um beijo em seu rosto.

Aquele parque era conhecido pelo seu belo lago e seus pequenos montes, aquele lugar era palco frequente de piqueniques em família e tinha um clima agradavelmente confortável. A grama verde e esvoaçante tornava a vista interessante, já que todo o parque estava começando a ser tingido por um tom alaranjado indicando que o Sol estava começando a se pôr.

— Vamos cupcake. -disse me puxando pela mão enquanto carregava uma cesta- Vamos encontrar um bom lugar.

— É claro que vamos. -Respondi ao notá-lo eufórico.

Saímos para bem longe do local que as outras pessoas estavam, e encontramos o nosso lugar perfeito em meio a uma clareira improvisada que havia ali. Sanzu pacientemente estendeu a enorme toalha no chão e começou a tirar as coisas da cesta e eu me sentia orgulhosa ao vê-lo trabalhando naquilo com tanto capricho.

Haviam frutas, sobremesas, alguns aperitivos, bolinhos e garrafas térmicas pequenas que provavelmente tinham sucos dentro delas, mas eu não me surpreenderia se ele tivesse colocado bebida alcoólica na dele, visto que Sanzu era amante de um bom vinho.

— Posso te perguntar uma coisa? -O encarei enquanto ele mantinha a cabeça em meu colo.

— Claro que sim. -Respondeu fitando o horizonte.

— Por que o pôr do sol? 

— Eu sempre quis fazer esse tipo de coisa com você. -respondeu pensativo- Me lembra daqueles filmes melosos que você me obrigava a assistir.

— E você está gostando disso? -perguntei acariciando os fios cor de rosa- Sabe que não quero que se obrigue a fazer coisas apenas para me agradar.

— Tudo o que você tiver ao meu lado eu vou gostar, meu amor. 

— Então partilhamos do mesmo sentimento. -Sorri acariciando a pele alva do rosto dele.

— Eu não canso de dizer que te amo. -Disse fixando os olhos nos meus e fazendo um breve carinho em meu rosto.

— Eu também não me canso de dizer o quanto amo você, Haru.

Ficamos observando o sol sumindo e as luzes do local começando a serem acesas, a lua estava começando a aparecer e as estrelas brilhando enquanto enfeitavam o céu. Sanzu vez ou outra me roubava alguns selinhos rápidos e ficava com um sorriso bobo no rosto, começamos a comer o restante das coisas que estavam ali e a brincar um com o outro.

Sanzu vez ou outra me roubava algo e consequentemente eu corria atrás dele, parecíamos duas crianças com aquelas brincadeiras bobas e sorrisos no rosto, mas aquilo nos fazia bem e era inegável, meu coração estava cada vez mais aquecido por estar ao lado dele e parecia que tudo aquilo era realmente recíproco para nós. 

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• Sexta, no Globo repórter. 🧐