INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers

vinte e sete

Vocês estão prontas crianças? 🤨

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Desde a hora que Sanzu saiu que eu não tive um segundo de paz, eu me pegava pensando em mil e uma coisas que podiam acabar acontecendo com ele, o rosado era impulsivo e eu sabia que tinha algo selvagem dentro dele desde o dia que ele bateu naquele babaca do colégio.

Eu torcia para que tudo ficasse bem, e que eu o tivesse inteiro novamente em meus braços, ouvir pela primeira vez ele dizendo que me amava foi algo que mexeu bastante comigo, ainda mais nas circunstâncias atuais em que ele estava indo para um confronto perigoso,mas foi presa ao pensamento de que tudo iria dar certo que naquela noite eu adormeci.

Quando acordei pela manhã, segui em direção a porta de meu quarto um forte cheiro de café invadiu minhas narinas e a emoção misturou-se a esperança de que era o meu rosado que estava lá embaixo preparando algo para que comêssemos juntos.

— Sanzu?! -corri em direção as escadas chamando por ele- Sanzu?!

— Então esse é o nome daquele marginal, [Nome]? -O rosto do mais velho expressava uma mistura de desgosto e raiva.

— Pai? -Respondi com os olhos arregalados.

— Depois de tudo o que conversamos com você! -o homem começou a levantar a voz furioso- Depois de tudo o que fizemos por você!

— Eu posso explicar! -Respondi assustada.

— Não tem explicação [Nome]! -foi a vez da mais velha falar estressada- Se não fosse pela senhora Saito nós nunca saberíamos que você estava envolvida com um vagabundo!

— Você! -fixei o olhar na velha que tomava chá com um sorriso cínico no rosto- Eu vou te ensinar a não se meter onde não é chamada, sua velha fofoqueira!

— Vejam como ela está descontrolada! -a mulher gritou quando corri em direção a ela e o mais velho segurou meu braço- Ela não era assim, foi tudo culpa daquele marginal.

— Não ouse falar do Sanzu! -gritei a encarando- Você não sabe de nada sobre ele!

— Você está descontrolada [Nome]. -a mulher me repreendeu- Tenha mais respeito com os mais velhos.

— Ela é uma cínica mentirosa! -gritei em resposta- Como podem ouvir a ela e não a mim?

— Por que a errada aqui é você. - O homem disse ríspido.

Uma longa e calorosa discussão começou ali, a atmosfera estava pesada à beira de um conflito, não importava o quanto eu tentasse falar, eles não me ouviam. Tive que aguentar a velha mentindo inúmeras vezes, criando histórias onde não tinha, e a mais absurda de todas foi ela dizer que eu havia chegado tão bêbada em casa que havia dormido na calçada de casa.

A revolta e o ódio se misturaram dentro de mim que havia chegado ao ponto de que eu estava engasgando com os soluços frequentes que o choro estava me causando, constantemente eu me perguntava porque eles não tentavam me ouvir, isso era tão injusto.

— Obrigado por tudo senhora  Saito, pedimos desculpa pelos problemas que nossa filha causou. -A mais velha disse curvando-se para a mulher.

— Não tem problemas. -a mulher esboçou um sorriso cínico- E ele não está em casa [Nome], caso queira saber. 

— Cala a boca! -me obriguei a falar em meio ao choro- CALA A MERDA DA BOCA!

— Não seja rude. -a mais velha me repreendeu- Vamos senhora Saito, eu lhe acompanho até a porta.

Observei minha mãe caminhar lado a lado com a maldita mulher, ambas em direção a porta e cochichando brevemente a cada passo que davam juntas. Assim que a velha gagá saiu, observei minha mãe caminhando com uma expressão nada boa em seu rosto e um olhar mortal.