quarenta e nove

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Ran estava amarrado a uma cadeira no meio da minha sala e Sanzu o encarando com desgosto, sentado apenas de cueca no sofá. Quanto a mim, eu apenas tentava não dar risada da troca de xingamentos das duas crianças que estavam no recinto.

— Quando o Rindou chegar, ele vai te bater… -Ran disse passando a língua no pequeno corte que tinha no cantinho da boca.

— Não, ele não vai. -respondeu simplista mexendo no celular alheio- Vê isso? É o seu celular e eu acabei de mandar mensagem pra ele avisando que ele não precisaria vir aqui.

— Você é um filho da puta.

— E você um empata foda!

— E vocês são duas crianças. -Falei negando com a cabeça.

— Calada! -Disseram juntos.

— Vocês tiveram a audácia de mandar eu me calar dentro da minha casa? -Perguntei indignada.

O silêncio pairou pelo recinto, tempo suficiente para que eu fosse até o quarto em busca de uma calça moletom para Sanzu e a atirasse na cara do rosado que me olhou confuso por aquilo.

— Veste isso!

— Por que?

— Tô mandando você vestir.

— Você não manda em mim, cupcake. -Respondeu ficando de pé e começando a vestir a peça.

— Pau mandado. -Ran deu uma fraca risada ao ver o rosado fazer o que mandei.

— Fiz isso porque eu quis. -respondeu irritado- Não porque ela mandou.

— Saiam da minha casa. -falei seriamente- Agora!

— O que nos fizemos? -Perguntaram confusos, em uníssono.

— Ninguém manda eu calar a boca dentro da minha casa. -Respondi simplista.

— Por favor, nos perdoe. -Ran pediu se mexendo de um lado para o outro.

— Me desculpa amor. -Sanzu choramingou- Não foi porque a gente quis.

— Eu sei que foi. -respondi- Agora já pra fora! Vocês estão de castigo até aprenderem a se comportar.

— Você vai mesmo fazer isso? - Sanzu perguntou com um olhar confuso.

— Vou. -respondi  o encarando- Desamarre o Ran e saiam já daqui.

Sanzu desamarrou Ran enquanto o xingava de todas as formas possíveis, o rosado havia ficado extremamente irritado com aquilo e principalmente com o fato do amigo ter atrapalhado o nosso momento. Eu sabia que aqueles dois iriam ficar parados na frente da minha porta até que eu decidisse abri-la para que entrassem novamente, mas até lá, eu aproveitaria esses momentos de paz.

— Parece até que adquiri uma promoção daquelas lojas de conveniência. -murmurei indo para a cozinha- Compre um e leve três.

Aproveitei aquela paz e preparei um chocolate quente para mim, peguei alguns biscoitos e fui para a sala comer enquanto escutava a discussão dos dois patetas através da porta, me divertindo com aquelas brigas fiquei tentando ao máximo segurar o riso sem morrer engasgada com a bebida.

— Você, eu devia jogar você pela janela. -Sanzu gritou provavelmente dando um tapa no outro- Seu fodido.

— A culpa é sua -rebateu na mesma intensidade- Não sabe se comportar na frente da própria mulher.

— Por que você me estressou!

— Cala a boca! Axolote de merda.

— Cala a boca você! Cabeça de lavanda.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora