• O QUE É MULHEEEEEEEEER EU NUM SEI NAAAAAAAAAAAO
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Durante os anos que passei em outra cidade, sempre me pegava pensando em Sanzu e em como aqueles que se diziam meus pais foram tão covardes comigo.
Lembro que logo que cheguei lá, passei a trabalhar por meio período ajudando em uma creche, e a noite em uma cafeteria do bairro. A minha maior meta era juntar o máximo de dinheiro que conseguisse, e também para não passar muito tempo dentro de casa junto daqueles dois.
Não é porque são meus pais que eu tinha que aceitar tudo o que me foi imposto, eu também tinha sentimentos e tinha um amor, na verdade, eu ainda tenho pois em nenhum momento tirei de meu dedo o anel que Sanzu me deu, talvez o brilho azulado daquela peça me fizesse lembrar dele.
Depois de uns anos trabalhando, consegui voltar por alguns dias, mas por ter feito essa viagem junto deles, não consegui fazer muita coisa. Mas o pouco que descobri terminou de partir o meu coração, em minha antiga escola não existia nenhum "Sanzu" e ninguém sabia dizer especificamente quem era o garoto que vivia ao meu lado.
A casa de Sanzu havia sido vendida, mas ninguém sabia de um "Sanzu" ter sido dono daquela casa, ou sequer morado ali. E a única pessoa que eu podia arrancar algo, havia sumido do mapa. Por um lado eu agradecia por aquela velha irritante ter ido embora, por outro me perguntava, quem realmente era Sanzu.
Os anos continuaram a passar, assim como meus pensamentos e minha vida, mas eu nunca esqueci de cada toque que aquele doido me deu e eu daria tudo para sentir de novo, pelo menos uma última vez, queria o encontrar e dizer como tudo aconteceu e porque eu o abandonei, Sanzu tinha parafusos a menos, e isso era inegável, no mínimo ele acharia que eu tinha o descartado como lixo.
— [Nome]? -a voz grossa tão conhecida me tirou de meus devaneios- Vamos nos atrasar, querida.
— Já estou indo meu bem. -Respondi colocando o último brinco em minha orelha.
Assim que saí do quarto, Naoto me esperava já trajado em seu típico terno escuro, os cabelos alinhados e os olhos calmos como sempre.
— Estou tão animado. -ele sorriu calorosamente- Finalmente estou ganhando mais reconhecimento, ainda mais depois das investigações.
— Queria que me falasse sobre isso. -fiz um biquinho triste- É algo tão sigiloso assim?
— Sabe que é meu amor. -disse deixando um rápido selinho em meus lábios- Não quero te colocar em problemas.
— Entendo. -sorri calmamente para ele- Vamos?
— Vamos.
Seguimos para fora do meu apartamento e descemos pelo elevador, o carro de Naoto estava parado na frente do prédio, e não demorou muito para que estivéssemos seguindo caminho para a cerimônia de promoção do moreno.
Depois de quase cinco anos em busca de Sanzu, acabei conhecendo Naoto Tachibana, na época ele era um jovem policial que me ajudou com um furto que sofri na saída da escola que eu trabalhava como professora, e ao longo de dois anos de conversas e encontros, acabamos começando a namorar.
Já tínhamos um ano de namoro, Naoto esperou por um ano inteiro para me pedir em namoro, e eu ri da paciência do moreno. Por saber que ele era do departamento de investigação, acabei pedindo a ajuda dele para encontrar um "amigo de infância" que no caso era Sanzu, mas ele sempre me falava que nunca tinha obtido sucesso nas investigações.
— Você está distraída hoje. -o moreno murmurou com os olhos fixos no caminho- Algum problema?
— Nenhum. -respondi esboçando um sorriso- É que as vezes fico pensando em coisas que não deveria.
— Em seus amigos que deixou quando veio embora? -perguntou curioso- Ou o fato de seus pais morarem a algumas quadras da sua casa e você não ter mais contato com eles?
— Os dois. -dei risada- Você sabe bem o motivo de eu não querer mais contato com eles.
— Sei, mas já pensou que eles podem ter te afastado do seu melhor amigo pensando no seu bem? -Questionou simplista.
— Se fosse para o meu bem… -suspirei encarando o vidro- Por que eles não me ouviram?
O silêncio reinou dentro do carro, como acontecia com todas as vezes que ele insitia em tocar nesse assunto. Naoto sabia bem o quão doloroso havia sido a minha separação com meu "melhor amigo".
Eu sabia que já faziam sete longos anos, de pura saudade e desejos reprimidos. Eu só queria a chance de ver ele novamente, eu só precisaria de cinco minutos da atenção dele para explicar como tudo realmente aconteceu.
— Chegamos. -Disse calmamente estacionando o carro na frente do grande prédio da corporação.
Uma multidão de pessoas estava concentrada nas portas, ultimamente o mundo do crime estava bem agitado, o meu maior medo era que Naoto se machucasse em trabalho, mas eu sabia o quão cuidadoso ele era.
Descemos do carro e logo entrelaçamos as mãos, caminhamos pela grande escada e fomos para junto do palco que havia ali. As cadeiras da frente eram dedicadas aos policiais que seriam condecorados e aos acompanhantes, e foi lá que nós nos sentamos.
— Sejam bem-vindos à cerimônia de promoção do Departamento de Assuntos Criminais da Polícia. -um homem baixinho disse ao microfone que estava no púlpito- É com muita honra que damos início a esta cerimônia.
Era incrível como havia repórteres, fotógrafos e várias companhias de TV de todo o Japão. A cada apresentação, palmas e uma enxurrada de flashes eram desferidas.
— Minha vez. -Naoto disse levantando-se e deixando um rápido beijo em meu rosto.
— Boa sorte. -Sorri para ele.
Naoto subiu ao púlpito e começou o seu discurso, meu coração se aquecia a cada vez que ele falava tão perfeitamente, orgulhoso e cheio de si. O moreno gesticulava avidamente com as mãos enquanto falava.
— Antes de terminar a minha fala. -Naoto disse com um sorriso no rosto- Eu gostaria de chamar a pessoa que é o meu apoio para agradecer a ela na frente de todos vocês. [Nome], você pode vir aqui?
Várias palmas tomaram conta do ambiente, embora travada e envergonhada, caminhei em direção ao moreno sentindo minhas mãos gélidas e meu corpo tremendo.
— Obrigado. -Sussurrou assim que me abraçou.
— Por que fez isso? -sussurrei de volta- Sabe que não gosto de demonstrações públicas…
— [Nome], te chamei aqui na frente de todas essas pessoas pra te dizer uma coisa… -o moreno sorriu e ajoelhou-se na minha frente puxando uma caixinha preta aveludada do bolso de seu paletó- Eu te amo, você quer casar comigo?
— Eu…
O choque tomou conta de mim, flashes e repórteres filmando aquela cena ao vivo, provavelmente todas as TVs do Japão estivessem ligadas presenciando aquilo, e foi com aquela pressão que eu me senti forçada a aceitar.
— Eu aceito.
Naoto levantou-se tão rápido e selou nossos lábios em um beijo simples e carinhoso, encerrando aquele contato, o moreno deixou um beijo em minha testa.
— Vou te fazer muito feliz querida…
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• Sim, já se passaram 7 anos. Mas eai gatan? O Naoto tá falando a verdade ou não?
• 🤨
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INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers
Fanfiction🔞 Inferno, Na mitologia, era um local subterrâneo habitado pelos mortos, para os cristãos, o lugar em que as almas pecadoras se encontram após a morte, submetidas a penas eternas. Para mim, era o paraíso. 🔞 | Fem ¡ Oc |