cinquenta e dois

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Sanzu cismou que precisava mudar toda a aparência da casa e eu o apoiei nesses surtos que ele tinha nas madrugadas de insônia. Haru então revelou várias fotos e polaroids nossas e saiu espalhando pela casa. Havia uma ou outra dos Haitanis perdidas pelo local, pois eles se metiam em nossas fotos.

Haru acabou mudando várias coisas, algumas mobílias e deixando tudo mais “rosado” , por assim dizer. Flores sempre adornavam minha casa, assim como belos quadros pendurados nas paredes, estava tudo ficando perfeito para o nosso mundinho.

— Haru, estou indo encontrar com a Hina.

— Não vai, amor. -pediu fazendo biquinho. — Fica aqui comigo.

— Que roupa é essa? -Perguntei segurando o riso.

— É meu kigurumi. -respondeu sonso. — Comprei um pra você também.

Haru vestia um kigurumi de unicórnio em uma cor que não me surpreendia mais e tinha em mãos um de coelho, chegava a ser engraçado ver um homem como ele em uma situação como aquela.

— Amor, sabe que preciso ir… -falei fazendo bico. — Quando eu voltar prometo que visto isso e passo o resto da tarde e a noite te dando atenção.

— Vou esperar pela minha rainha. -Sorriu fechando os olhos.

— Vou trazer bolo pra você. – falei saindo pela porta. — Até mais tarde meu amor.

— Até…

Caminhei pelo corredor dando risada de Haruchiyo, ele conseguia ser fofo e ao mesmo tempo meio doido, talvez aquele fosse o charme dele. Caminhei para o elevador e fui checar o ponto de encontro com Hinata, era uma cafeteria não muito longe dali, mas por precaução eu iria de táxi para o local.

Chegando na recepção, pedi para que o atendente solicitasse um táxi para mim e fiquei no aguardo durante alguns minutos até que o veículo chegasse. Entrei e me acomodei no banco de trás, e após passar o endereço, começamos a seguir viagem.

— Tenha uma boa tarde. -O homem disse se despedindo.

— Obrigado. -esbocei um mínimo sorriso em agradecimento. — Para o senhor também.

Após percorrer todo o local com os olhos, caminhei em direção ao local combinado, pela extensa vitrine transparente, pude ver os cabelos rosados de Hina presos em um rabo de cavalo. Ela mexia distraidamente em seu celular enquanto tamborilava os dedos na mesa.

Assim que entrei no local, o sino fez questão de anunciar minha chegada e isso arrancou a mulher de sua distração, observei ela ficando de pé e estendendo os braços.

— Que saudades, [Nome].

— Também senti sua falta, Hina. -Falei retribuindo o carinho.

— Vamos sentar. -disse apontando para o banco. — Temos muito o que conversar.

— Temos mesmo.

Uma garçonete se aproximou da mesa e anotou nossos pedidos e saiu novamente para o balcão. Enquanto esperávamos pelos pedidos, Hina e eu fomos conversando sobre os assuntos do trabalho e sobre a empolgação dela com o dia do próprio casamento.

— Me diz, você ainda vai ser minha madrinha? - Perguntou empolgada.

— Eu não posso Hina, eu queria muito mas não vai dar. -Respondi movendo meus lábios de um lado para o outro.

— É sobre seu término com o Naoto, não é? - Perguntou cabisbaixa.

— É sim. -suspirei frustrada. — Como ele está?

— Ele vive triste pelos cantos, falando sobre como perdeu a mulher que ele mais amou. -respondeu com um tom triste na voz. — Ele sente sua falta, [Nome].

— As coisas são complicadas, Hina. -falei a encarando. — O Naoto mentiu pra mim, e ele sabe o quanto isso me machucou.

— Mas ele está arrependido. -disse pegando minhas mãos e as unindo em formato de concha. — Eu soube que ele fez isso para o seu bem…

— Hina, se um dia você e Takemichi se separassem, sem ao menos saber onde estão. -falei chamando sua atenção. — E eu estivesse ao seu lado, mesmo sabendo onde o Takemichi está. Acha justo que eu omita essa informação, “ pelo seu bem ” ?

—Vendo por esse lado, ele realmente agiu errado.

— E como agiu, Hina. -suspirei a encarando. — Ele sabia o quanto aquele garoto era importante pra mim, o quanto eu sofri atrás dele e mesmo assim ele escondeu tudo.

— Sinto muito por isso.

— Bom, vamos deixar esse assunto de lado, certo? -falei esboçando um sorriso. — Vamos comer agora.

A garçonete trouxe os pedidos e colocou na mesa, Hina e eu continuamos a jogar conversa fora e falar sobre assuntos que não envolvessem Naoto. Assim que terminamos tudo, marcamos um outro dia para nos encontrar, pedimos táxis separados e assim que chegaram, fomos cada um para o próprio caminho.

Chegando em meu prédio, subi pelo elevador e fui em direção ao meu apartamento, do lado de fora era possível ouvir a bagunça que estava lá dentro e com toda a certeza, Sanzu estava com os Haitani.

— Minha casa virou bagunça? –Perguntei abrindo a porta de uma vez.

A cena que me deparei foi um pouco caótica, haviam vários pacotes de salgadinhos pela sala, assim como latinhas de cervejas e refrigerantes. Sanzu continuava com a mesma roupinha de unicórnio, mas Ran e Rindou vestiam kigurumis de dinossauro, Ran vestia um na cor azul claro e Rin vestia um verde escuro. E o ambiente ficava melhor ainda por estarem jogando Just Dance.

— Oi meu amor! -Haru gritou vindo em minha direção me abraçando com força.

— Oi cupcake. -Os Haitani disseram juntos.

— Oi amor. -sorri dando um selinho em Haru. — Oi meninos.

— Como foi lá? -O rosado perguntou curioso.

— Foi bom… -respondi esboçando um sorriso. — Trouxe bolo pra você.

— E pra gente? -Ran perguntou sonso.

— Nada. E é melhor deixarem minha casa um brinco. — Respondi no mesmo tom.

Enquanto eles murmuravam e Sanzu dava risada vitorioso, fui para o meu quarto e comecei a me despir, precisava de um banho relaxante e eu iria fazer aquilo. Coloquei meu roupão e fui para meu banheiro, passei longos minutos debaixo do chuveiro até que voltei para o quarto e vesti a roupa que Sanzu comprou para mim.

— Cupcake! -Haru sorriu fofo para mim. — Ficou melhor do que eu imaginava.

— Foi você quem escolheu, amor. -respondi com um sorriso. — Já era de se esperar que ficaria bom.

— Viram isso fracassados? -perguntou encarando os dois irmãos com desgosto. — É por isso que eu amo essa mulher!

— Eu também te amo, Haru.

— Casal meloso. -Rin disse fazendo uma careta.

— Concordo maninho.

— Viu isso, amor? -Sanzu perguntou com um olhar desconfiado. — É inveja.

— Deixa eles Haru.

O restante da tarde e parte da noite terminou com pizza e bastante diversão. Vez ou outra eles tentavam brigar, mas nada muito fora do meu controle. Quando senti sono, fui para o quarto com Haru e os outros dois se prontificaram de arrumar toda a bagunça que fizeram.

Eles realmente eram boas pessoas.

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Até o próximo 🥰

• A fic realmente está prevista para acabar no capítulo 60.

• Tem um epílogo e capítulos extras na temática de hot que vão ser postados no final da história.

Aproveitem e em breve as outras atualizações da fanfic "Be Mine" vão ser postadas.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora