Mooca, São Paulo. Ana Beatriz, Ana Clara e Ana Flávia têm mais em comum do que apenas o primeiro nome, são também moradoras do mesmo prédio na capital paulista, colegas de escola na mesma turma e melhores amigas desde quase muito sempre. Infelizment...
Aviso: O capítulo contém cenas que remetem à pedofilia/efebofilia. São citadas cenas de sexo, embora não sejam descritas (o famoso hot). Sincera e particularmente, nem dava para inserir isso no contexto que este capítulo aborda. E como desgraça pouca é bobagem, o conteúdo aqui tem pitadas de racismo também. No mais e sem ironia alguma da parte do autor aqui, boa leitura! ;)
— Digamos que a Rosa não foi a única professora memorável do meu Ensino Médio — comecei.
Beatriz e Flávia esboçaram uma expressão de dúvida. Prossegui:
— Vejam bem: quando digo memorável, não quero dizer que as lembranças com essa pessoa sejam positivas, mas que me marcaram de alguma forma.
—Clara, não estamos entendendo... — falou Beatriz.
— Vocês se lembram do nosso professor de Educação Física? O... Fabrício? — indaguei, já um pouco nervosa.
— Fabrício... Fabrício...
As duas tentaram remexer em algo que estava escondido em suas mentes. Impaciente, completei a informação:
— Era o alto, careca, forte e... — hesitei — ele se envolveu comigo há dez anos. Hoje, eu me pergunto: por quê?
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Novembro/Dezembro de 2005
Por que me deixei levar?
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Ninguém comentava outra coisa senão acabar logo o Ensino Médio, ir para a Universidade e assuntos afins.
Falando nisso, uma comissão de formatura havia sido criada. A escola nos fez escolher entre viagem ou festa exclusiva para os alunos. Particularmente, as meninas e eu queríamos a primeira opção.
