Capítulo 50

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Aviso: O capítulo contém cenas de violência contra mulher.

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Como era bom despertar com um par de braços fortes te envolvendo após uma noite quente!

— Hora de acordar, meu amor. — Foi o que ouvi.

E de quebra, uma série de beijinhos foram depositados nas regiões das minhas costas e do meu pescoço, me fazendo sorrir, ainda de olhos fechados, no processo.

Quer maior incentivo que esse para o sono se esvair completamente?

Virei-me, já desperta, e avistei Edgar vestido... Infelizmente vestido... Contudo, não foi isso que me chamou a atenção, e sim uma bandeja de café da manhã que ele carregava.

Que sonho!

Edgar apoiou a bandeja sobre a cama. Logo, começamos a desfrutar daquele desjejum.

— Minha vontade era ter te acordado antes... — afirmou o rapaz. — Aí teria te convidado para o banho que tomei... — Olhou-me com malícia e desejo. Devo ter ficado vermelha, mas adorei a sensação. — Mas teríamos nos atrasado, se é que você me entende... — finalizou com uma piscada. Quase desmaiei.

— Quem é você e o que fez com meu detetive? — indaguei com divertimento.

Rimos. Sua resposta, a seguir, ficou ao ponto de me desmontar:

— Sou um cara apaixonado e que só não acordou a namorada, porque a visão dela nua em sua cama é algo próximo do Paraíso.

Não resisti e o puxei para um beijo. Pouco me importei se apenas "vestia" os lençóis de sua cama, que testemunharam os nossos momentos de imenso prazer. Só lamentei, novamente, meu namorado já estar arrumado...

E que momentos foram esses!

Ao lado de Edgar, descobri zonas do meu corpo bem sensíveis aos seus toques e aos seus beijos. Quase subi pelas paredes quando ele começou a estimulá-las. O ápice foi na hora em que minha intimidade foi, digamos, saboreada. O ruivo abocanhou minha cavidade com gosto e vontade. Mais uma vez, fui à loucura!

E eu, que estava achando que a penetração seria a pior parte, me surpreendi quando ele começou seus movimentos ritmados e suaves ao mesmo tempo. Durante o ato, trocávamos mais beijos e juras de amor. Foi simplesmente o nosso momento!

Foi também inevitável não fazer um comparativo com Paulo. Tudo bem, poderia estar sendo injusta, pois Edgar era um homem (e que homem!) feito, ao passo que meu primeiro namorado era um adolescente na época. No entanto, isso não anulava o fato da minha primeira vez ter sido uma bela de uma porcaria: Paulo já tinha ido para os finalmente em poucos minutos, fora que ele parecia uma britadeira...

Enfim, a beleza que eu estava vivendo não cabia as minhas lamentações relacionadas ao meu namoro fracassado. Era nítido que Edgar não só me amava, como também me respeitava.

Ao fim do nosso gesto íntimo, conversamos. Foi um diálogo maduro, em que falamos de proteção – coisa que o rapaz fizera muita questão. Disse para ele que, se fôssemos iniciar uma vida sexualmente ativa, era bom eu ir procurar um ginecologista e, quem sabe, começar a tomar pílula. Sua réplica não poderia ter me surpreendido mais:

— Acho ótimo irmos pensando nisso, meu bem. Se você se sentir segura, previna-se assim. Mas se isso te fizer mal, pare. Não quero você se entupindo de hormônio e correndo risco de desenvolver pressão alta ou coisa pior. De minha parte, sempre irei usar o preservativo.

Sem pensar muito, abracei-o emocionada. Reitero o que falei: Edgar me amava, me respeitava e, pelo visto, queria cuidar de mim. E eu queria cuidar dele e dar todo o meu amor também.

É pela amizade ou... A história das paulistANAsOnde histórias criam vida. Descubra agora