Impossível Não Amar Você

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⚡Marcos⚡

Eu não entendo parece que Beatriz está me ignorando,esperei assim como todos os dias ela vir passar minha agenda e ela não veio. Enquanto estava numa ligação com um possível cliente meu pai entra na minha sala sem bater,não julgo Beatriz ela deve ter  tentado detê-lo mas sei quem Thiago puxou.

Ele fica em minha frente me olhando impaciente e apenas elevo minha mão em sinal para que ele possa esperar eu terminar minha ligação. Após terminar coloco o telefone no gancho junto minhas mãos as coloco sobre a mesa e encaro meu pai,imagino que ele vem falar algo sério.

- Meu pai! O que devo a honra a sua ilustre visita.

- Preciso que faça algo por mim.

- O que é meu pai?.

- Você conhece o Vicente Bezerra,certo?.- assinto, já não gostando do rumo dessa conversa.- Então ,eu devo um grande favor para ele.- da pausa na conversa odeio quando ele faz isso.

- E o que eu tenho haver meu pai.

- O filho dele,Vinícius.- Ah não eu odeio aquele cara. - Ele acabou de se formar em direito e como o seu escritório é um dos melhores do país o pai dele resolveu me cobrar esse favor. Filho você precisa contratar ele para advogar aqui no seu escritório.

- Não. Sinto muito mas não meu pai. O senhor sabe que eu não suporto aquele mané. Ele não passa de um escroto com certeza ele vai cagar com meu escritório.- digo e volto minha atenção ao meu notebook.

- Marcos você vai contrata-lo!.

- Não meu pai não vou.

- Eu não estou perguntando e muito menos pedindo,eu estou ordenando. Eu ajudei você a crescer esse negócio então faça algo por essa ajuda pelo menos uma vez na vida Marcos.

- E o Thiago ele já concordou com isso? Por que ele também é dono desse "negócio" .

- Você sabe que é mais responsável pelo escritório do que seu irmão. Aqui o cartão com o contato do rapaz. Mande sua secretária marcar um horário na semana. - diz jogando um cartão sobre minha mesa.

- Eu ainda não disse que vou aceitar ele aqui.

- Já chega Marcos,não seja infantil!. Você vai fazer o que estou mandando Marcos e pronto. - sai sem me deixar falar mais nada. Amasso o papel que estava em minha mesa tento me acalmar, esses últimos dias estavam tão bons,meu pai estragou minha semana com essa imposição para que aquele idiota venha trabalhar no meu escritório, ainda por cima joga na minha cara que ajudou meu negócio crescer. Eu que cresci junto com meu irmão Thiago pode ser tudo mas ele é depois de mim é claro o melhor advogado deste país.

Minha cabeça começa a latejar de dor e quando estou com dor de cabeça fico com um mau humor do cão. Não consigo não evitar ficar assim esse é meu jeito. Ligo,para que Thiago possa vir aqui pra dizer essa sanidade a ele mas ele está em reunião deixo o recado que quero vê-lo.

Mando Beatriz vir aqui para que ela possa me informar a minha agenda de hoje e de quarta o único dia que acho melhor para falar com Vinícius. Beatriz está seria e não me olhou nos olhos até agora,eu até a agarraria aqui mais minha cabeça esta latejando e se me mexer muito ela piora eu odeio quando sinto isso.

{...}

- O que? Papai está louco ou o que? Como ousa impor uma merda dessas assim?!. Marcos não podemos aceitar aquele filha da puta aqui.

- E Você acha que eu quero,estou com minha cabeça fuzilando de dor.

- É meu irmão...- Batidas na porta o interrompem. Mando entrar e Beatriz aparece apreensiva.

- Senhor Thiago. Sua secretária acaba de me ligar. Pediu que fosse com urgência para sua sala. Parece que um de seus clientes rebeldes foi preso.

- Mas que porra... Imagino até quem seja. Esse povo vive de fazer merda. - sai resmungando. Ele deveria estar feliz por ter muitos casos. Beatriz sai sem nem me olhar por que ela ta me ignorando assim.

O fim de expediente e estou mais exausto do que nunca a minha cabeça não para de doer, já tomei remédio mas essa merda não passa, estou indo para o estacionamento e vejo um casal discutindo o homem segura nos pulsos da mulher e sua bolsa cai.

Destravo o meu carro sem tirar os olhos daquela cena algo me diz que devo me aproximar mais. Assim faço e os gritos de raiva desespero femininos e familiares preenchem o local.

- Me larga caralho. Eu não quero mais nada com você...ME DEIXA EM PAZ MERDA.- grita me fazendo ter certeza da dona da voz. O cara a segura mais forte erguendo para cima os pulsos da mulher. Me aproximo rápido e resolvo me intrometer quando o desgraçado aperta os pulsos frágeis de Bea.

-  Solta ela filha da puta. - chego dando um soco em sua cara o fazendo cair sobre o carro me jogo por cima dele e seguro em seu pescoço, se antes eu estava nervoso eu agora estou  mais puto ainda. O homem segura em minha mão e pede para que eu o solte não dou ouvidos a ele até a voz doce e suave de Bea invadir meus ouvidos.

- Solte ele Marcos,por favor.- fala com a voz de desespero misturada de raiva.- por um momento me lembro que poderia mata-lo então o largo.

- Seu desgraçado ficou louco?! Você não tinha nada que se meter em discussão de casal...- Coloca a mão no machucado da boca.- Agora vai se arrepender de ter me tocado seu maldito.

Abraço Beatriz que está chorando muito,pego em seus pulsos estão vermelhos em algumas partes os roxos já são notáveis.

-Então você está dando para o seu chefe,por isso não quer voltar comigo sua cretina.

- Para caralho! CHEGA VAI EMBORA DAQUI AGORA.-grito indo lhe encarar.

- Isso não vai ficar assim.- diz apontando o dedo em minha frente. Antes que dissesse mais alguma coisa ele sai. Ouço os soluços de Bea e corro para lhe abraçar mais uma vez.

- Calminha...- a abraço forte e beijo o topo de sua cabeça. - Está doendo?.- pergunto segurando em seus pulsos.

- Só está ardendo um pouco. - diz fazendo uma cara de dor.

- Vem vou te levar pra casa. Quem era aquele louco?.

- Não,eu vou para a faculdade não precisa se preocupar. E era apenas meu ex.- se afasta de mim e pega a bolsa no chão.

- Beatriz por que está me ignorando?.

- Não estou lhe ignorando,estou fazendo meu trabalho e agora vou estudar com licença.- não ha deixo sair. - Me deixe ir por favor.

- Eu já disse que te levo.

- E eu já disse que não precisa.

- Para de ser teimosa Beatriz,já disse que vou te levar e eu vou te levar. Vem.- ela cruza os braços e me olha séria. Pego em sua mão e a puxo delicadamente.

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