Impossível Não Amar Você

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⚡ Marcos ⚡

Sentado em frente a minha janela vendo as luzes e os movimentos da cidade tomo uma dose de Whisky,penso como minha vida mudará depois que o meu filho nascer. Não vou mentir ainda não me acostumei com o fato de que eu irei ser pai.

Não culpo Beatriz sei que ela também não estava preparada para ser mãe, nós dois fomos irresponsáveis em não usar preservativo.

Um nó se forma na minha garganta e uma angústia se apodera em mim. Tomo o líquido que havia no copo em minha mão e fecho meus olhos me relaxando na poltrona macia.

Meu celular começa a vibrar no bolso de meu blazer , cheguei do trabalho e vim resolver uns assuntos no meu escritório por isso ainda não tomei banho.

- Oi amor.- digo após ver o nome e foto da minha namorada.

- Oi, não é a Beatriz é uma colega dela.- tenho que falar rápido por que esse celular está descarregando.

- Cadê a Beatriz?o que aconteceu com a minha mulher? Por que tá com o celular dela?.- falo me levantando e com uma certa preocupação.

- Então... Um cara louco atacou ela no banheiro da faculdade e ela sofreu um leve sangramento está no hospital pago pelo o serviço dela. Eu preciso que venha vê la,por que tenho que ir embora, peguei o celular dela e desbloqueei com o seu dedo só para poder te ligar.- a ligação corta.

- Mas ela tá bem? E o bebê? O meu filho tá bem?.

A ligação simplesmente fica muda e não consigo mais conversar com a mulher,esse desgraçado só pode ter sido o ex dela. Quando esse maldito vai nos deixar em paz.

Pego minha carteira e documentos junto ao meu celular jogo no bolso da calça. Saio desesperado chamando por dona Lúcia que sai com seu semblante visivelmente assustada e preocupado.

- O que foi menino? .

- A Beatriz.- não consigo,meu coração está quase pulando pela boca a porra de aperto no peito se vem e o medo de perder o amor da minha vida e o meu filho se apossa em em meu peito.

- O que houve com a minha menina?.

- Vamos lhe explico no caminho.-  as palavras saem com força e corro para sair do meu apartamento impaciente.

Não sei se tenho condições de dirigir,mas não posso esperar para James vir a mim.

Chegando na recepção do hospital entro sem nem me importar de olhar só saber da minha mulher e do meu filho.

- Como está a minha mulher e filho?.- pergunto a recepcionista.

- Nome da paciente por favor.- após ditar o seu nome a moça procura no computador depois me olha e fala pacientemente o relatório médico de Bea que o que me irrita seu jeito de falar. - A paciente teve um sangramento leve por algum impulso,agora ela e o bebê estão bem. Ela vai precisar de repouso absoluto. O doutor irá explicar melhor os devidos cuidados.

- Eu posso vê la?.

- Pode,o quarto é o 315 ala de cima.

- Vamos querido.- fala dona Lúcia.

Bato na porta e entro,Bea está deitada com sua mão na barriga.

- Meu amor.- me aproximo e beijo sua testa.

- Filha... Você tá bem?.

- Oi amor,tia! Estou sim.

- Agora que história é essa de bebê? Você tá grávida querida. - sorrio sem mostrar os dentes e toco na barriga da minha mulher.

- Sim dona Lúcia ela está grávida.

- Ou.

- Essa é a Anny,se não fosse por ela eu estaria só Deus sabe como e onde. Ela ouviu eu pedir ajuda e chamou o Everton.

- Oi.

- Foi o...o maldito do Téo,não foi?.

- Sim.

- Bom ainda bem que eu vi a Beatriz sair do carro um dia desses aí,se não,não saberia quem chamar.

- Cadê ele?.

- Ele deu alguns murros no cara e depois chamei a polícia,acho que devem estar na delegacia.

- Anny não é? Vamos deixar eles sozinhos um pouco.- diz Lúcia.

Me encosto mais pra perto do seu corpo e sua mão aperta mas forte a minha. Lágrimas saem do seus olhos que me olham cheio de medo.

- Eu fiquei com tanto medo. Medo de perder o nosso filho. O Téo me falou coisas horríveis.

- Calma minha flor,já acabou você e o nosso bebê estão bem agora. Eu vou fazer de tudo para aquele desgraçado apodrecer atrás das grades.- Eu também tive muito medo de perder vocês dois.

- Eu te amo.

- Eu Também te amo muito minha flor.

- Licença.- entra uma médica no quarto. - Como a minha linda paciente se sente?!.

- Melhor.

- Vim passar umas observações e cuidados que deverá tomar ao longo da sua gestação. Bom primeiramente a senhorita não poderá fazer muitos esforços,comer comidas leves pelo menos nós próximos três meses.

A doutora explica mais alguns detalhes e Bea presta a atenção em tudo que ela fala.

- Ah e mais uma coisinha, evite relações  essa semana deixe pra próxima e se você estiver se sentindo bem e pegue leve nas posições. Ok?!.

- Ok doutora.

•••

- Como assim ele saiu com fiança?. Que porra de justiça viu. - bato a mão na parede após meu irmão falar que o desgraçado ficou apenas algumas horas preso e já está livre como um cidadão de bem.

Thiago pegou o caso,tanto por ele ser mais experiente que eu nessa área. E também pelo fato que quando eu ver Téo irei me alterar acabar quebrando a cara dele .

- Pois é meu irmão, estou tentando fazer o juiz voltar atrás e mostrar o quanto ele pode ser perigoso a solta por aí.

- Tá bom,tenta de tudo por favor.

Desligo a chamada e volto para o quarto. E Lúcia estava tentando fazer Bea comer algumas colheradas de sopa.

- Não já disse que não consigo comer isso tia. Estou enjoada tira de perto de mim por favor .- empurra a bandeja para longe.

- Você precisa comer.

- Eu sei mas eu já disse que essa sopa eu não consigo. Só de falar já me dar uma náusea. Tenta outra coisa isso. Não desse.

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