CONCLUÍDO
Viver ou sonhar? Manter os pés no chão, na realidade que conhece ou arriscar o que não é palpável, mas pode vir a ser? Lucy não consegue mais manter sua mente na própria vida: seus pensamentos estão presos a uma outra época, numa outra dé...
Nas minhas histórias, todas as vezes que nos encontrávamos pela primeira vez, era algo especial.
Nós já tínhamos nos encontrados naquela realidade.
Mas aquilo tinha sido antes... Antes da minha conversa com o mensageiro, seja lá qual for o nome dele. Quando eu subi no palco, para mim, era apenas mais um sonho, mais uma história.
Agora era algo maior, muito mais sério.
E ele estava entrando no mesmo lugar que eu estava.
Fedora na cabeça, óculos escuros. Camisa azul por baixo de uma jaqueta dessas de colegial, de mangas brancas e dorso vermelho. Calça preta e mocassins, obviamente.
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Ele não estava sozinho... vinha junto com Miko Brando e mais umas duas pessoas, essas eu não sabia quem eram.
Eu queria olhá-lo, mas de repente me senti tão pequena, tão insignificante... Eu estava horrorosa... Ele devia estar moído de cansado! Tinha feito uma série de cinco shows em Londres, dois seguidos, e eu sabia - e como sabia - que ele precisava descansar. Me vinha à mente as lembranças dos relatos que ele daria, muitos anos depois, dizendo que demorava até dois dias para conseguir relaxar depois de um show.
De repente me vi com muita vergonha de fazer ele se deslocar até ali.
_ Oi! Que bom te ver bem! - disse ele, com um sorriso no rosto, retirando os óculos e o chapéu e virando-se para alguém da equipe, que o entregou um buquê de flores, que ele passou para as minhas mãos, acompanhado por um beijo em meu rosto.
Ele também tinha tomado banho, e ele era tão cheiroso quanto eu imaginava, quanto eu sonhava em todas as minhas histórias.
_ Oi! Me desculpe por fazer você vir aqui... Você deve estar maluco para descansar... - eu disse, praticamente ignorando as flores.
Pela segunda vez na noite ele me olhou com estranheza. Talvez pela segunda vez eu tenha dito algo que ele não esperava.
_ Mike, ela ficou decepcionada por perder o resto do show. Nem se importou em ser atropelada pelo gigante inglês! - disse o segurança, fazendo todos rirem.
_ Ah... Eu sinto muito... A gente não consegue prever algumas coisas... - disse Michael, e continuou - Daqui três dias vamos para o País de Gales, se você já estiver de alta, eu te dou um ingresso...
Então alguém na sala pigarreou, chamando nossa atenção. Foi então que eu percebi que uma das pessoas que estava com Michael era um médico... Eu nem tinha notado.
_ Boa noite! Senhor Jackson, senhorita Fergunson... acho que depois falamos sobre datas... - disse ele, polidamente.
Michael voltou-se novamente para mim.
_ Já ligaram para sua família? Quem está com você aqui em Londres? Você não mora aqui, mora? - perguntou
Miko fez uma careta, e então percebi que, pelo jeito, ele não tinha conseguido conversar com o chefe.
