Capítulo LX

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Os deuses e seus aliados chegaram de vários lados, da terra, pelo céu e pelo mar. Para o alívio de Aiala, Poseidon parecia não estar entre eles, bem como Hades também não estava. Os adversários não perderam tempo por discursos e preliminares, partiram logo para o confronto. Enquanto eles tentavam chegar ao círculo para eliminar os responsáveis por manipular os portões da morte, os monstros e os piratas faziam de tudo para defender os cinco pilares que lhes deviam garantir uma chance de vitória.

Humanos e monstros caiam de um lado, do outro caiam deuses menores e outras entidades. Duas forças se chocaram e os mais fortes permaneciam de pé, azar daquele que entrasse no caminho de um deus maior ou de algum hecatônquiros. 

- Só conseguiu abrir um Portão? - Indagou Arges ansioso. 

- Posso tentar abrir o próximo. - Disse ela tentando parecer confiante. 

Abrir o segundo portão liberaria a segunda horda de monstros. 

- Sem chance. - Disse Íris. - Olha o seu estado, mal consegue ficar de pé.

 - Eu vou fazer. - Disse a garota. 

- Aiala! - Chamou Nikolaus. - Se não conseguir recue, nós somos um time, vamos dar um jeito. 

- Confiem em mim. - Pediu ela. 

- Nós confiamos! - Falou o rapaz. - Você precisa confiar em nós também. 

Aiala olhou para o chão, parecia analisar. 

- Se eu não conseguir recuo. - Garantiu ela. 

Ela evitou olhar a sua volta, mas em algum ponto a sua frente o velho Ignatios lutava bravamente brandindo seu poderoso e enorme machado. Vê-lo deu a Aiala tudo o que ela precisava. 

A garota fechou os olhos e voltou para a dimensão dos portões, dessa vez foi mais fácil visto que ela conhecia o caminho. Aiala pairou diante do portão aberto no primeiro portão e sem exitar o atravessou. 



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Dois deuses se encontravam no salão do trono de Hades no submundo. O deus dos mortos estava sentado e um outro deus caminhava impacientemente pelo salão mesmo que um acento tenha sido disponibilizado para que ele se sentasse. 

- Pelo estige, Poseidon. - Disse Hades. - Sua inquietude está me causando tontura. 

Poseidon parou, encarou seu irmão e foi se sentar. 

- A festa parece ter começado. - Comentou Hades. - Não gostaria de ir lá ver mais de perto? 

- Não. Você me chamou aqui, além disso não sei o que faria. Ela me disse para ficar longe dessa guerra. - Respondeu o deus do mar. 

- Que deus mais obediente. - Provocou.

 - Não começa. - Pediu Poseidon massageando as têmporas. - O que queria comigo. 

- Que crueldade, eu não posso querer ver o rosto do meu irmão preferido?

 - Poupe-me. 

- De todo modo é bom conversar com você. - Disse Hades. - Já descobriu o que os Gigantes estão tramando? - Instigava a curiosidade do irmão. 

- Como assim? 

- Acha que eles iriam contra os deuses sem uma carta na manga e um plano ardiloso? - Comentou Hades fazendo mistério. 

Aiala: A Noiva do deus do marOnde histórias criam vida. Descubra agora