Capítulo X

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"Eu odeio gente ruim. Eles bancam os maiorais, mas sua imaginação e empatia são vazias como um lote desocupado. Não consigo lidar com gente boa. Eles perdoam essa gente ruim. Então, enxergam o perdão como algo nobre. Me dá vontade de vomitar."

- Fushiguru Megumi.



Após comer e dormir, a garota recuperou um pouco das suas energias, com a chegada do inverno ela precisaria acelerar o passo e por isso decidiu ir para Fliunte onde encotraria dois de seus alvos, um deles havia sido ferido por Pachis no ataque ao vilarejo nas montanhas de Tânagra. Ela chegou na cidade ao meio dia e logo começou as investigações, encontrar aquele que havia sido ferido anteriormente não foi difícil, ele parecia ter se recuperado muito bem. Aiala optou por procurar pelo outro antes de começar com a festa, era melhor estar ciente de como os dois se moviam para evitar surpresas inconvenientes. Apesar de estarem na mesma cidade, os dois não andavam juntos, possivelmente decidiram ficar no mesmo lugar pro caso de um deles precisar de suporte.

Não importa o quanto a garota procurasse, ela não conseguia encontrar aquele que restava. Ela se recordava que no dia do massacre, o homem em questão havia se deitado na cama dela e adormecido mesmo escutando os gritos desesperados de seus pais, no final o homem ,que havia sido ferido por Pachis mais tarde, lhe perguntou como ele conseguia dormir com tanto barulho e ele respondeu que para ele era o mesmo que o relaxante som da chuva.

Levou cinco dias para encontrar o homem, ele dormia tranquilamente sobre o telhado de uma casa mesmo com todo aquele intenso frio do inverno. Agora que a garota sabia onde estavam os dois alvos, chegava a hora de colocar o plano em ação. Ela os pegaria um de cada vez e teria que ser rápida, os dois tinham o hábito de se corresponderem todos os dias, de modo que um sempre saberia se o outro estava vivo e bem ou não.

Aiala decidiu ir atrás daquele que Pachis havia ferido primeiro, ele tinha o hábito de se aproximar das pessoas que usavam coisas preciosas ou belas e rouba-las, principalmente se fossem mulheres. A garota se vestiu belamente, com uma roupa delicada porém chamativa, pegou então um chapéu e dele pendia um fino véu que caia até a altura do nariz, cobrindo seus olhos. Ela estava elegante, deixou a mostra seu cordão dourado com o pingente de Pé dos Druidas, segundo Pachis aquela era uma relíquia antiga, valiosa e rara, a garota colocou também seu anel de rubi e ao fazer isso sentiu sua pele furmigar, mas imaginou que isso tivesse acontecido pelo fato dela saber da história do objeto. Depois de arrumada, tudo que ela precisava fazer era simplesmente ficar a vista do homem, ele mesmo faria o resto e traria a desgraça sobre sua própria cabeça.

Ele estava na praça central, o lugar estava lotado visto que as pessoas se preparavam para o solstício de inverno, alí ele procurava pela sua vítima. Diferente de Héktor, o ladrão avarento, esse homem não roubava movido pela ganância, ele queria possuir o que era dos outros apenas porque perteciam a outras pessoas enquanto ele acreditava que deveria ser dele, não era riqueza o que ele queria e sim satisfazer seu desejo de possuir o que era dos outros.

Aiala teve que afastar vários homens que se aproximaram dela até que finalmente seu alvo a notasse. O homem tinha cerca de 1,90 de altura, seus cabelos eram ruivo escuro e caiam até a altura dos ombros, seus olhos eram azuis roxeados e seu corpo era escultural de ombros largos. Ele era lindo, qualquer mulher se apaixonaria por ele a primeira vista sem saber de como ele poderia ser podre, aquilo explicava porque ele era tão bem sucedido em seduzir suas vítimas, sendo elas homens ou mulheres. Ele se aproximou de Aiala, que fingia analisar um dos adornos para cabelo em uma das muitas barracas dispostas na praça.

Aiala: A Noiva do deus do marOnde histórias criam vida. Descubra agora