Capítulo VII

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"Nós somos apenas simples pessoas movidas pela vingança em nome da justiça. Mas se a vingança é chamada de justiça, então dessa justiça irá nascer ainda mais vingança... E então se torna uma corrente de ódio. Viver com isso, ciente do passado, predizando o futuro, isso que significa conhecer a história. Não podemos evitar, mas sim entender, que as pessoas nunca entenderão uma as outras."

- Nagato






Após uma longa e cansativa viagem, Aiala finalmente chegou em Mégara. Neste momento ela se perguntava quanto tempo levaria para encontrar a sua presa, porém a busca não durou nem trinta minutos. O próximo alvo da lista era um homem chamado Andreas Nomikos e no momento que alguém ouvia seu nome não poupava palavras para descrever o quão irresponsável, encrenqueiro, mulherengo, nada confiável, dentre outros adjetivos, aquele homem era. Ele era o segundo de um total de três filhos da influente família Nomikos, sendo o mais velho uma mulher e o mais novo um rapaz, ambos eram o total inverso de Andreas. Vários escândalos surgiam com o nome desse homem e sua família já não suportava tamanha desgraça.

Saber onde e quando Andreas faria uma aparição não era difícil, o mesmo não via problema em deixar todo mundo saber sobre seus passos e ações, principalmente sobre sua vida devaça, despreocupada e regada a festas, bebedeira, apostas e depravação. Ele se vangloriava de viver perigosamente e se gabava abertamente sobre pertencer a um grupo de mercenários ainda que fosse rico, tudo em nome da diversão. Ouvir sobre ele fez o estômago de Aiala se revirar, afinal foi ele quem sugeriu ao grupo naquela noite que tornassem as coisas mais "divertidas".

Depois de decobrir tudo que pôde sobre o elemento, Aiala passou então a arquitetar o plano para capitura-lo, essa seria uma missão mais difícil por dois motivos. O primeiro era porque Andreas só andava cercado de pessoas, a garota precisaria encontrar uma forma de isola-lo. O segundo motivo era a família de Andreas, ela teria que fazer tudo de modo a estar bem loge dalí quando descobrissem que ele estava morto, afinal, apesar de ser uma vergonha para sua família, ele ainda era um Nomikos e como tal deixar o assassino de um dos membros da família impune poderia gerar uma desgraça pior do que mantê-lo vivo.

Aiala foi então a um bordel muito conhecido na cidade onde algumas hetairas* formaram uma sociedade, esse era o lugar cujo qual Andreas era frequentador assiduo. Ao chegar no bordel, a garota foi negociar com a administradora do lugar, a negociação foi difícil visto que Aiala não possuía um registro, porém ela conseguiu já que não se importava em abrir mão de todo o dinheiro recebido de seu primeiro cliente e possuía uma beleza rara. Após receber a permissão da administradora, a garota foi levada aos aposentos em que trabalharia e alí fez sua maquiagem, vestiu uma roupa provocante e reveladora, se perfumou e preparou o quarto de acordo com seus planos.

Diferentemente das outras cortesãs, as hetairas tinham a liberdade de escolher seus clientes, com raras exceções. Naquela noite Aiala foi chamada apressadamente ao salão vip, um cliente queria ver as cortesãs mais belas do local afim de escolher uma para fazer companhia a ele naquela noite. As mulheres chegaram uma após a outra no salão e se posicionaram em uma fila, uma ao lado da outra, aguardando a entrada do cliente. Para sorte de Aiala, os outros dois clientes que ela teve aquela noite só queriam alguém para tocar, dançar e lhes servir a bebida, mas o homem que as chamou desta vez não tinha muito interesse em coisas como essa. Ele era conhecido por pagar muito bem e pela boa aparência, o que fazia com que as hetairas disputassem entre si por várias vezes, contudo dessa vez sob sugestão da administradora o cliente deveria escolher ele mesmo a cortesã de sua preferência, animado com o novo método, o cliente prontamente aceitou.

Aiala: A Noiva do deus do marOnde histórias criam vida. Descubra agora