Capítulo LXIII

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Poseidon sentia uma dor latente e essa dor estava nublando seus pensamentos e ações, ele tentava encontrar sua amada em algum lugar no campo de batalha, o orgulhoso deus havia sido reduzido a algo semelhante a um mortal bêbado. Enquanto cambaleava sentiu alguém agarra-lo, a princípio ele pensou em reagir, mas percebeu que a pessoa estava usando o próprio corpo de apoio na tentativa de mover o deus. 

- Você precisa fazer alguma coisa para aplacar a ira dela ou vocês dois vão acabar destruindo tudo. - Disse Apolo enquanto auxiliava seu tio. 

- Apolo? - Reconheceu Poseidon. - Eu pareço alguém que está em posição de aplacar a ira de alguém, mal estou conseguindo me manter sob controle.  

- O que faremos? - Indagou Apolo. 

- Por hora me leve para junto dos outros. Aquela onda me atirou para bem longe. - Falou o deus do mar. - Nada disso estaria acontecendo se Hera não tivesse ido atrás da família dela ou se vocês não brincassem com coisa séria. 

- A gente já entendeu. - Respondeu o deus sol. 

- Tudo só vai ficar pior se Tifão despertar. 

- Então era sobre algo assim. - Ponderou Apolo. 

- O que quer dizer? - Questionou o deus do mar.

- Imaginei que algo grave fosse acontecer, você não teria aparecido do nada e sem uma boa razão. Em pensar que aquele ritual era mesmo para trazer Tifão. 

- A julgar pelas atitudes dos irmãos Ciclopes o ritual foi finalizado, não entendo porque Tifão ainda não surgiu. 

- Talvez ele ainda esteja dormente demais depois de tanto tempo selado. - Argumentou Apolo. 

- Duvido muito que seja isso, encontrei uma pessoa que parecia bem confiante mais cedo. 

- Porque sinto que tem o dedo de Hades em tudo isso? - Indagou Apolo. 

- Você continua esperto demais para seu próprio bem, espero que guarde para si suas especulações. - Aconselhou Poseidon. - Não queremos arruinar ainda mais a paz e a ordem. 

- Não sei onde você está vendo paz e ordem agora. - Falou o deus sol. - Aquela garota já exterminou vários monstros, aquilo não é mais humana. Está deixando um rastro de sangue e morte em todo lugar e não parece estar cansada. Acho que logo ela virá até nós pela cabeça de Hera. 

- Se você for realmente esperto não ficará no caminho dela. - Comentou Poseidon. - Quanto mais rápido ela conseguir saciar sua sede de vingança, mais chances teremos de escapar disso com quase sem baixas e com humanos existindo na terra.

- Não tenho interesse em me envolver se ela vier a nós com barganha. - Disse o deus sol. - Mas se ela vier contra mim com violência, me defenderei como eu puder. 

 - Em nome do tempo em que todos nós lutamos juntos eu tentarei falar com Aiala uma vez mais quando ela vier, mas se ela não estiver disposta a conceder o perdão eu não moverei um dedo contra ela. - Disse o deus do mar. 

Quando Poseidon chegou junto aos seus iguais sentiu a tensão no ambiente. 

- O que houve? - Questionou ele. 

- Ela parou. - Respondeu Hermes. - Estava matando e destruindo por todo o cabo, mas agora está ali completamente imóvel. 

- Será que esgotou toda sua energia? - Indagou Apolo. 

- Não acho que seja isso, a momentos atrás não estava nem suando. - Respondeu Ártemis, sua irmã gêmea. 

- Ela matou a maioria dos monstros, o restante está mantendo distância ou se escondendo. - Comentou Ares 

Aiala: A Noiva do deus do marOnde histórias criam vida. Descubra agora