008 - Tudo errado

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Meia hora depois que as meninas e o Rafe foram embora resolvi que ia na casa do meu pai, eu precisava de uma coisa que tava lá, o Jonh b ficou meio recioso em me deixar ir sozinho, até se ofereceu pra ir comigo mas não era nada demais.

Acho que meu pai nem ao menos estar em casa, o que eu estou rezando pra que seja verdade, não quero trombar com ele, sempre acabamos brigando e eu sempre acabo com mais um machucado no corpo.

Peguei a minha moto e fui em direção a casa, não demorei pra chegar até por que é perto. Desço da moto mas já sinto alguma coisa estranha. Assobio chamado meu amigo, mas nada dele vim.

Dou a volta pelo quintal procurando ele e nada, tem alguns brinquedos dele espalhados pelo quintal mas nada além disso.

Onde Oliver se enfiou?

Entro na casa e veja meu pai deitado no sofá assistindo a um jogo que passava na TV e reviro os olhos.

- Pai. - ele me olha.

- Olha quem resolveu aparecer.

- Você viu o Oliver? - pergunto sem tempo pras suas gracinhas.

- Nem um "tudo bem pai? Como o senhor está?" - fala sarcástico.

- Só quero saber do meu cachorro. - falo já ficando sem paciência.

Ele dá uma risada sem humor e se lavanta me olhando.

- Você se acha muito esperto não é garoto? só se importa com aquele cachorro rabugento, mas não está nem aí pro seu velho pai aqui.

- Digamos que você não pode ser chamado de Pai. - falo o encarando. - e sim eu me importo com o Oliver mais do que com você.

- Bom, fiz bem em deixar ele fugir então. - ele diz sorrindo.

- Você o que? - falo irritado.

- Aquilo é um pulguento, sua mãe que cuidava dele, eu nunca gostei daquele cachorro, fui pra cima dele mas o infeliz me mordeu e fugiu. - fala como se não fosse nada demais.

- Você deixou o meu cachorro fugir? A única lembrança viva que eu tenho da minha mãe? - fala já irritado.

- Deixei e deixaria de novo. Eu não dou a mínima para o que você pensa ou gosta garoto. - ele para em minha frente e segura forte meu queixo com as mãos - Você não passa de um merdinha.

- Vai se fuder. - falo e sinto o gosto metálico na minha boca depois do murro que ele me dá.

- Demostre respeito seu pivete, eu ainda continuo sendo o seu pai. - fala depositando outro soco no meu rosto me fazendo cair no chão. - agora vaza da minha casa, não aguento nem olhar pra essa sua cara.

Me levanto e vou até o meu antigo quarto pego uma mochila e coloco umas coisas minhas da forma mais rápida que consigo, depois vou no quintal e pego umas coisas do Oliver, pra cá o meu cachorro não volta mais.

Subo na moto e saio rodando a ilha em busca do meu cachorro, não acho que ele tenha ido tão longe.

Pelo menos estou rezando que não.

Depois de um certo tempo vasculhando o Curt todinho, chego a conclusão de que ele não está lá, já perguntei a várias pessoas nas ruas e disseram que não viram nem a sombra de um golden por aqui, onde será que ele se enfiou?

Será que ele foi pro Figure 8? É um pouco longe pra ele, e eu não costumo passear com ele por aquelas bandas de lá, mas no momento eu não duvido nada dessa possiblidade.

Essa situação toda só tá me fazendo ficar com mais raiva ainda do meu pai, ele não tinha o direito de fazer isso, e nem pai aquele cara é, que ódio, eu tenho ódio dele.

Nosso Verão - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora