Eis que um pai solteiro resolve levar sua filha para visitar o papai noel, enquanto uma certa mestiça (que odeia o natal) é convencida a substituir alguém em um emprego do feriado.
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11 de janeiro de 2021
06:38h
Era o primeiro dia de trabalho após as férias da empresa. Emma estava voltando a ter aulas naquele dia e ansiava por aquilo desde o primeiro dia do ano. Por outro lado, Adrien e Marinette não estavam tão ansiosos assim para voltar ao trabalho, já que isso significava que começariam a executar o acordo que fizeram com Gabriel, o que o casal sabia que não seria fácil. Adrien insistia para Marinette não se envolver naquele problema, mas ela já se sentia responsável por aquilo e faria de tudo para dar certo. Ninguém mudaria seu pensamento.
— Eu tenho uma nova proposta — Gabriel disse somente para Marinette, na sala dele. — Você termina o seu relacionamento com o meu filho e eu cancelo o acordo que fiz com ele.
— O quê...? — Marinette pronunciou, surpresa.
Não era aquilo que ela esperava ouvir àquela hora da manhã, ainda mais partindo de Gabriel Agreste. Ela havia recebido um e-mail direto da assistente dele na noite anterior, o qual dizia para ela ir à sala de Gabriel às 6:30h e era por isso que ela estava ali tão cedo. Porém, jamais imaginaria que o motivo seria aquele.
— O que o meu relacionamento com o seu filho tem a ver com a queda do desempenho dele na empresa? — ela questionou, confusa e surpresa.
— Eu sei o que é melhor pra ele. Se eu quis transferi-lo para Londres, foi porque eu estava pensando no bem-estar dele.
— Como? — Tentou não soar indignada.
— Bom, você já conhece a história... A esposa dele morreu, ele perdeu a motivação, perdeu a vontade de viver e tudo isso por causa de um relacionamento. Ele não pode se apegar a mais ninguém. Ele tem que aprender a ser independente.
— Mas ele não precisa ficar sozinho pra isso... Senhor, por favor... não me peça para deixar o seu filho. A gente se entende tanto. Eu quero fazê-lo feliz.
— Fazê-lo feliz? Você está se ouvindo? Você quer que ele se torne dependente. Dependente de você. Justamente o contrário do que eu quero para ele. Ele tem que ser autossuficiente. Você é inteligente senhorita. Deve estar entendendo o que eu estou falando.
— Sim, senhor... Mas quando eu digo que quero fazê-lo feliz é porque eu quero acrescentar algo, não completar. Eu realmente não quero ser alguém que vai preencher o vazio dele. Eu quero ser alguém que o faça transbordar. Entende?
— Senhorita, eu não aprecio metáforas... mas compreendo o que quis me dizer. Todavia, suas palavras não são o suficiente para mim. Eu nem te conheço tão bem. Tudo o que eu pude notar é que você tem se mostrado bastante egoísta ao não permitir a ida de Adrien para Londres por ele ter que ficar longe de você. Pelo que eu me lembro, foi você quem o envolveu nesse acordo e condenou os últimos dias dele em Paris. Você não acha que será muito mais doloroso desse jeito?
