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04 de junho de 2021

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04 de junho de 2021

Sexta-feira

Paris

Já havia alguns minutos que Adrien observava Marinette dormir ao seu lado. Os cabelos escuros da mulher estavam esparramados pelo travesseiro e seu corpo todo coberto pelo edredom branco. Os dois já estavam em Paris, especificamente no apartamento da mestiça. Ainda não haviam anunciado sua chegada, pois queriam um tempo a sós antes de voltar à ação.

Adrien estava tirando algumas mechas de cabelo do rosto da franco chinesa quando ouviu seu celular tocar. Rapidamente, ele pegou o aparelho e tirou o volume. Viu o nome "Pai" brilhar no ecrã do smartphone e levantou da cama. O loiro foi até a cozinha e atendeu.

Adrien, eu soube que você saiu de Londres.

Adrien se perguntava como seu pai poderia saber disso. Às vezes, parecia que ele tinha colocado um rastreador em seu corpo. Isso era assustador.

— Sim... Como o senhor soube?

O gerente do hotel me falou que você e a Cheng finalizaram a estadia antes do tempo. Algum motivo especial?

— Nós já tínhamos resolvido as pendências da empresa. Então, resolvemos voltar.

Quero falar com vocês dois no meu escritório hoje.

E desligou.

Adrien olhou para a tela do celular, confuso. O que será que seu pai queria falar com eles? Ouviu um barulho alto atrás de si e levantou os ombros assustado. Olhou para trás, vendo Marinette com a cabeça dentro da geladeira.

— Bom dia — ele pronunciou, com o coração na boca.

— Bom dinha — falou, com os olhos semiabertos. Ela estava meio acordada, meio dormindo.

— Você é sonâmbula ou só está com sono? — o loiro perguntou, sem conseguir conter o sorriso em seu rosto.

— Eu wvu com sono... Fuxho horáriu

Adrien cruzou os braços, rindo com os dentes à mostra.

— Você é fofa com sono. Vou fazer um café pra gente pra você acordar.

Ele foi até ela e a pegou no colo. Marinette encostou a cabeça no ombro do loiro e dormiu ali. Ele a colocou no sofá e ajeitou a almofada sob a cabeça dela. Deu um beijo delicado em sua bochecha, antes de ir até à cozinha preparar o café.

...

— O quê? — Marinette pronunciou, com uma torrada na boca. — Seu pai quer ver a gente na empresa hoje?

— Com certeza não é coisa boa.

A mestiça largou a torrada no prato e começou a pensar.

— Será que alguém contou pra ele sobre nós?

Christmas Job • AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora