Natal já passou há muito tempo e eu ainda não terminei a fic slslakkslalsk. Enfim, não tem mais gif no começo, pq o natal já passou aqui :')
28 de dezembro
Os outros dois dias passaram rapidamente. Adrien e Marinette não haviam marcado de se verem, mas, como tinham os números um do outro salvos, falavam-se o tempo todo.
Metade da conversa eram só figurinhas de gatos, principalmente do Chat Noir — o gato da azulada —. A outra metade eram flertes e cantadas baratas, além de fotos aleatórias do dia a dia, ligações à noite e áudios — quando cansavam de escrever —.
Marinette não evitava o sorriso, ao receber uma notificação de mensagem dele. Não sabia como ele conseguia transmitir a energia positiva que melhorava o dia dela. Era algo instantâneo. Até o dia 28...
Hoje
Marinette, você tá aí? 14:32Eu me sinto muito mal... 14:32
Fazia uns dias que não tinha
esses ataques, mas agora voltou. 14:33Preciso conversar com você... 14:33
A mestiça se desesperou. Ela queria ajudá-lo. Queria chegar nele e falar que estava tudo bem. Abraçá-lo. Mas não sabia se era exatamente isso que ele queria que ela fizesse.
Ligou para ele.
— Adrien?
— Oi... — Ouviu-o puxar o ar, com certa dificuldade. Então, percebeu que ele estava chorando.
— Meu deus, Adrien! Eu quero te abraçar! Você quer me contar o que está sentindo?
— Eu só... — Fungou. — É só o de sempre, eu acho... — Inspirou fundo, firmando a voz. — Quando eu fico sozinho, com meus pensamentos, eu recordo o passado e sinto que perdi a pessoa que eu era antes. Meu pai se orgulhava de mim, eu era um dos melhores empresários da Agreste e a minha família era bem próxima. Eu perdi a Kagami, perdi o apreço do meu pai, perdi a minha vontade de continuar a vida e, desde então, eu sinto um vazio enorme. Eu me tornei um ser inútil pra todos. As pessoas viveriam melhor sem mim... — Ele se calou por um tempo e Marinette se preparou para falar, mas ele continuou: — Desculpa... Eu fui falando e falando e nem me dei conta que isso é demais pra jogar pra você assim... Eu não quero fazer você se sentir mal por conta dos meus traumas. Me perdoe...
— Adrien, primeira coisa: você não tem culpa. A vida te castigou muito e você não deve esconder que sofre com o passado. Eu gosto que você divida as coisas que sente comigo, porque eu quero te ajudar em tudo. E, segundo: você só pode ser louco em pensar que as pessoas viveriam melhor sem você! Muita gente te ama, Adrien. Inclusive, eu.
Ele ficou em silêncio por um tempo, assim como ela. Era a primeira vez que ela dizia que o amava. Ela nem pensou no que estava falando e se pegou surpresa com seu ato.
— Eu... — ele começou, mas ouviu a campainha. — Alguém chegou. Vou lá atender. Depois, a gente se fala. Não se preocupe muito. Já estou acostumado. Desculpe por te incomodar. — Desligou.
Era óbvio que ela se preocuparia. Queria estar com ele; ajudá-lo a se acalmar; ouvi-lo, enquanto acariciava os fios loiros dele; abraça-lo; afirmar que tudo ficaria bem e que ela estava ali com ele.
...
Adrien enxugou as lágrimas com as costas da mão e lavou o rosto. Seus olhos estavam um pouco irritados, devido ao choro. Quando desceu as escadas, deparou-se com Emilie e Gabriel dentro do apartamento. Emma os havia deixado entrar.
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Christmas Job • Adrinette
FanfictionEis que um pai solteiro resolve levar sua filha para visitar o papai noel, enquanto uma certa mestiça (que odeia o natal) é convencida a substituir alguém em um emprego do feriado. [+13]