daughters

111 11 2
                                    

06 de fevereiro de 2021

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

06 de fevereiro de 2021

Sábado

13:42h

Depois do almoço e de ficar conversando um pouco sobre trabalho e sua vida com os pais da Dupain-Cheng, Adrien se despediu de todos e disse para Emma se comportar. Marinette o acompanhou até a porta no fim da escada e os dois se despediram com um simples "tchau", porém com um olhar muito mais complexo que aquilo. Eles podiam ler nos olhos do outro o quanto sentiam falta de estarem juntos e o quanto estavam tristes pela separação. No entanto, eles não podiam dizer em voz alta, mesmo que soubessem que o outro desejava o mesmo. Se eles falassem o que queriam, não conseguiriam ficar distantes e suas vidas estariam arruinadas.

Marinette subiu novamente para o andar da casa e viu Emma sentada no sofá, enquanto seu pai ligava o videogame para eles jogarem. Ela sorriu, sentindo uma certa nostalgia dos tempos que passava o dia jogando com seu pai. Eram tempos mais fáceis.

A mestiça caminhou até a cozinha, onde a mãe retirava a louça da mesa. Ajudou a mais velha, oferecendo-se para limpar tudo com ela. A mulher aceitou, deixando Marinette com a tarefa de lavar as louças.

— Mãe, seja sincera... — a mestiça pediu, olhando para Sabine. — O que a senhora achou do Adrien?

A mais velha deu uma espiada no sofá, vendo Emma entretida com Tom no videogame.

— Deu pra perceber que ele está sofrendo e ele já passou por muita coisa nessa vida. Eu fico muito triste que ele não possa ter alguém que o faça bem, por causa do pai dele. Não deve ser fácil sobreviver a tudo isso.

— Eu penso nisso todos os dias — Marinette falou, colocando detergente na bucha. — Como pode uma pessoa tão boa como ele sofrer tanto assim? Eu queria poder estar com ele nesses momentos difíceis, mas, quando eu me aproximo dele, eu sinto que eu só vou dar mais problemas pra ele. Eu queria que tudo fosse mais fácil...

— Filha, a culpa não é sua... — Sabine colocou a mão nas costas da filha, percebendo as lágrimas escorrendo dos olhos da mais nova. — Se você gosta tanto dele assim e se ele também gosta de você, tenho certeza que vocês vão ficar juntos um dia. Quando essa fase agitada passar e a poeira baixar um pouco, tente mudar essa situação. Na maioria das vezes, a gente precisa se arriscar pra ser feliz.

— A senhora tem razão, mãe — Marinette falou, esboçando um sorriso para a mais velha. — Obrigada pelas sábias palavras. A senhora sempre sabe o que dizer.

— Te amo, filha — Sabine disse, colocando os braços em volta da filha.

Emma observou aquela cena do sofá, sentindo um certo vazio no peito. A pequena não sabia como era o amor materno. Ela queria muito saber a sensação de poder contar com alguém para tudo, alguém que não a julgasse e que soubesse tudo o que ela sentia. Engoliu a vontade de chorar e fungou, antes de desviar o olhar.

Christmas Job • AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora