Eis que um pai solteiro resolve levar sua filha para visitar o papai noel, enquanto uma certa mestiça (que odeia o natal) é convencida a substituir alguém em um emprego do feriado.
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22 de dezembro
14:05
Saíram de lá rindo, enquanto o loiro contava uma história de quando Emma era pequena e vivia constrangendo Gabriel nos eventos importantes da empresa. O mais velho tinha um carinho enorme pela neta, mas não gostava de demonstrar isso em público. Segundo ele, deixava-o parecer vulnerável e menos intimidador.
— Quer passar na sua casa para trocar de roupa? — perguntou, quando entraram no carro.
— Por favor...
Quando ligou o carro, recebeu uma chamada de Emma. Atendeu, mantendo o carro parado.
— Oi, filha! Precisa de alguma coisa?
— Papai, a vovó pediu para o senhor me buscar aqui em casa, porque ela precisa sair agora. A gente já almoçou. Eu guardei um pouco para o senhor.
— Obrigado, mas eu já almocei. Peça para sua avó esperar. O papai já chega aí.
— Rápido! — Ela desligou.
— Acho que temos que adiar a minha troca de roupa novamente — disse, a mestiça.
O loiro assentiu, com um sorriso amarelo, e deu a partida no carro.
A mestiça entrou, logo atrás de Adrien, no apartamento. Era tão grande, que parecia uma casa. Tinha até outro andar; um balcão americano, que separava a pequena cozinha da sala de jantar e estar.
Seguiu-o até o centro da sala. Então, Emma apareceu. Parecia vir da cozinha.
— Marinette? — questionou, quando a viu. — Voltou com o emprego de assistente do papai noel? — perguntou, olhando o traje da azulada.
A mestiça olhou a própria roupa. Estava tão distraída com o local, que nem lembrava ainda estar vestida com a fantasia de natal.
— Mais ou menos isso... — Sorriu amarelo.
Adrien exibiu os dentes, descaradamente. Aquele sorriso... Aquele maldito sorriso... Porém, naquele momento, ela estava com vontade de beliscá-lo por tê-la feito passar por esses vexames. Conseguiu se conter. Ele meio que era seu chefe, já que era filho do dono. Jamais arriscaria perder seu emprego ou algo assim. Mesmo sabendo que Adrien não a demitiria apenas por beliscá-lo. Talvez, tenha sido o sorriso mesmo.
— Você quer que eu pegue alguma roupa da minha mãe para você se trocar? Alguma deve servir — sugeriu, o maior.
— Mas ela permitiria isso?
Então, Emilie apareceu.
— Até que enfim, você chegou — falou, aproximando-se do filho. — Tenho um compromisso marcado com as minhas amigas. — Olhou a mestiça. — Oi, você é a Marinette, certo?
— Sim!
A loira oscilou o olhar entre os dois, com uma expressão desconfiada.
— Aconteceu alguma coisa? Por que está usando um dos modelitos da empresa?
