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25 de dezembro

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25 de dezembro

11:50

Ao chegarem no apartamento de Adrien, com as mãos cheias de sacolas, ele e Marinette adentraram o local, deixando os agasalhos no cabideiro perto da porta. O loiro caminhou em direção à cozinha e a mestiça o seguiu.

Deixou as sacolas sobre o balcão, assim como ele, e apoiou os cotovelos sobre o móvel, observando o loiro arregaçar as mangas longas da camisa de malha preta.

— Você quer que eu te ajude?

— Não precisa. Eu cozinho pra você. — Passou o indicador sobre o nariz dela e ligou a torneira da pia.

— Adrien — chamou-o, enquanto ele lavava as mãos. — Er... Eu nem sei como abordar isso... — Olhou para as próprias mãos sobre o balcão. — É que, desde aquele dia, hum... eu andei pensando em como... como a sua... er...

— Acidente de trânsito — respondeu, enxugando as mãos, antes que ela terminasse de perguntar. — Foi um choque pra mim... Quando ela faleceu, eu estava no hospital do lado dela. Ela entrou em coma e morreu de morte encefálica...

— Eu sinto muito... — lamentou, olhando-o tristemente. — Eu não devia ter perguntado...

— Não tem problema... — Sorriu, comprovando o dito.

— É muito recente?

— Já faz quatro anos... Ela ainda faz falta, mas me deixou Emma. — Tirou as verduras das sacolas para lavá-las. — Depois do que aconteceu, eu quis me fechar para relacionamentos... Não queria me apegar a ninguém... Mas depois eu percebi que eu não poderia evitar perder pessoas, coisas, memórias... As perdas fazem parte da vida, mas não a define. — Colocou as verduras, já lavadas, sobre a tábua de cortar. — Por isso, eu segui firme, feliz com o que eu ainda tinha.

— Parece muito difícil...

— É sim... Foi muito complicado, no começo. Eu nem conseguia falar sobre. Eu só me isolei de todos, até da minha própria filha. Minha mãe quis cuidar dela por um tempo, mas ela sempre me ligava, porque a Emma pedia. Depois de um tempo em negação e isolamento, raiva de mim mesmo, eu percebi que eu precisava seguir em frente e cuidar da nossa filha, tanto por ela, quanto por mim. Se estava difícil pra mim, imagina como estava sendo pra Emma... Tão nova e sem entender o que estava acontecendo...

— Então você se dedicou a ser o pai perfeito que criou o ser mais perfeito de todos. — Marinette sorriu, pensando em Emma. — Ela é um amor de pessoa, educada, gentil, muito esperta...

— E como! Ela é o meu raio de sol. Meu motivo de ainda estar aqui e de sorrir genuinamente. Ela me ajudou a aceitar a morte da minha esposa e poder falar com você agora. — Começou a cortar uma cenoura.

— Obrigada por confiar em mim para falar sobre isso. E, se quiser desabafar, eu também estou aqui, tá bom?

Adrien sorriu e assentiu.

Christmas Job • AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora