wish

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20 de dezembro

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20 de dezembro

12:04 PM

Emma colocou a última batatinha na boca, antes de mastigá-la e beber o restante do suco de uva.

Adrien tentava ignorar os olhares curiosos das pessoas que passavam por eles, na praça de alimentação. Talvez, não fosse tão comum ver um homem sozinho vestido de roupa social levando a filha ao shopping.

— Pronto, papai! Vamos lá na arvorezona de natal! Quero fazer meu pedido — disse, Emma, descendo da cadeira.

O loiro levantou e pegou na mão da pequena. Os dois foram até o centro do shopping, onde ficava a área especial de natal. Tinha um pinheiro falso enorme, todo enfeitado. Embaixo, havia um banco vermelho de veludo, onde estava sentado o homem fantasiado de papai noel. Em pé, ao lado, uma moça que julgou ter uns vinte e dois anos, mas poderia estar errado. Não evitou em analisá-la. Ela realmente era bonita. Muito bonita. O corpo curvado era visível, através da roupa, mesmo estando um pouco folgada. O cabelo escuro, os olhos azuis, a boca tingida de vermelho.

De repente, sentiu-se nervoso. O coração errava as batidas, no peito. Acreditava que aquela tinha sido a primeira vez que havia reparado em alguém, depois de Kagami. Não sabia se era devido aos pensamentos voltados a isso um tempo atrás ou se estava enlouquecendo. Apesar disso, convenceu-se de que apenas a achou muito bonita e o nervosismo era só por se sentir intimidado com tanta beleza. Desviou o olhar do dela. Não queria que a azulada, em algum momento, reparasse que ele a estava encarando.

Colocaram-se na fila, e, enquanto Emma dava pulinhos animados, observando de longe o bom velhinho conversar com as crianças, Adrien se distraiu com o celular.

Marinette, tentando manter a postura de boa moça, sorria alegremente, fingindo gostar de tudo aquilo. Ela amava crianças. Isso era um fato. Todavia, o natal e toda a empolgação forçada não era para ela.

Ajudou um menino a subir no colo de Jean — o homem por trás da roupa de Papai Noel — e se colocou ao lado, enquanto o pequeno fazia o seu pedido.

"Eu quero um patinete!", disse.

A mestiça anotou em um cartãozinho e entregou, sorrateiramente, aos pais, enquanto o pitico de gente tirava uma foto com o homem.

— Feliz Natal! — desejou a eles, quando já estavam de saída.

Continuou fazendo isso com cada criança que chegava ali. Todos eram uns fofos, acreditando que tudo aquilo era real. Apesar de menosprezar o feriado, sentiu falta da sua antiga inocência. Ela era exatamente como aqueles pequenos.

Depois de, mais ou menos, umas doze crianças. Ela apareceu. Uma loirinha muito linda, junto a um loiro muito gostoso.

Tá! Talvez, não devesse pensar coisas como aquela, estando na posição de assistente do papai noel. Ainda mais, quando o homem provavelmente era casado e aquela devia ser sua filha.

Christmas Job • AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora