O Abismo dos Desejos Proibidos

Prólogo Parte II-E nada tem tanta força quanto uma promessa.

continuação...

NICOLE SCHILLER

Eu estava...ESPETACULAR .

Meu cabelo foi arrumado em um coque impecável com um minúsculo arranjo enfeitado com pérolas estrategicamente aninhadas no coque.
Era o mesmo penteado que minha mãe fez no Sweet sixteen de Dandara, e ela pretendia fazer no de Luana e Mayara também. Ela praticou isso em mim algumas vezes desde então, de modo que seria perfeito para a minha tarde e noite como foi para minha irmã mais velha.

E ela conseguiu. Ficou perfeito.
 
Minha maquiagem era singela e ao mesmo tempo destacava meus olhos e lábios pintados de rosa. Meu vestido foi feito sob medida, em um modelo desenhado por mim. Ele era longo e rosado, com detalhes em renda nos ombros e na cintura, combinando com meus saltos de cristal.

— Wow. Quando foi que minha princesinha se tornou uma princesa?

Senti meus olhos se arregalarem quando a voz me cercou como
um cobertor quente. Não importava quantos anos passem, eu reconheceria sua voz mesmo que fosse um sussurro. Virei-me lentamente, mas eu congelei quando o vi de pé na porta do meu quarto com as mãos nos bolsos da frente da calça do smoking.

— E parece que ficou mais silenciosa também— Ele sorri, o mesmo sorriso esmagador que eu já vi um milhão de vezes antes e que domina meus sonhos.

Eu quero dizer algo esperituoso, mas estou congelada no meu espaço, com dificuldade de respirar, meu coração pula para minha garganta, me fazendo sufocar. Ele está ainda mais lindo, se é possível. Ele era um garoto a última vez que o vi, mas agora o menino tinha se transformado em um homem. Ele era tão incrivelmente bonito que quase doía olhar para ele. Seu cabelo era tão brilhante quanto o sol e apresentado em um penteado de corte limpo. Ele tinha uma leve camada de pelos faciais, não grossos ou longos o suficiente para fazer uma barba cheia, mas combinava com ele. Sua pele era clara e parecia suave ao toque.

Ele era perfeito.

— OK, princesinha. Você está me assustando.

Antes que eu possa realmente registrar, ele vem em direção a mim, envolvendo os braços em volta do meu pescoço como se o tempo não tivesse passado e ainda fossemos os mesmos.

— Princesinha, por favor, fale comigo— Ele sufoca.

Senti um nó na garganta enquanto eu me deixava cair em seu abraço. Eu passei meus braços ao redor da cintura e apertei minha cabeça
contra seu peito. Seus braços se fecharam em torno de mim e eu enterro meu nariz em seu pescoço.

Eu esqueci como ele cheirava deliciosamente.

Não sei quanto tempo ficamos abraçados, mas quando acalmei os meus nervos o suficiente para falar, eu me afastei e olhei para ele. Ele sorriu para mim, mostrando suas lindas covinhas.

— Ei, eu senti sua falta— Ele sussurrou.
— Eu também, príncipe. Eu também

Abracei seu corpo de novo. Ele levemente  vibrou quando riu e colocou os braços em volta de mim.

Afastei-me mais uma vez.
— Estou falando sério, Bruno. Você ainda é meu príncipe.
— Bem, eu já não posso mais te chamar de princesinha.

Senti calor em minhas bochechas.

— Você acha que eu mudei muito?
— Sem dúvidas. Eu fui embora deixando uma garotinha banguela e quando volto você já tem toda sua arcada dentária. —Ele brincou com uma cara séria.

Divertidamente bati em seu braço, fazendo-o sorrir.
— Você ainda é péssimo com piadas — Eu disse.

Ele prendeu seus olhos nos meus.