Capítulo 34-Algo está sempre por acontecer.

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BRUNO HUGHES 

— Bruno— Nicole suspira.

Nem outra palavra a mais.

Seus olhos parecem lutar para ficarem abertos. 

— Matem esse filho da puta!— Ferguson ordena.

E três pistolas são engatilhadas na minha direção. Eu agi por impulso, saltando  para me proteger atrás dos equipamentos cirúrgicos. Alguns disparos silenciosos acertaram a máquina ao meu lado. Avistei um deles se aproximando pela minha esquerda e me abaixei para me preparar para eliminar uma fonte de disparos. Então, rodei sobre o meu ombro esquerdo, surgindo de trás da cortina com a glock erguida e disparei dois tiros. O alvo caiu contra  a parede com sua pistola caindo de sua mão.  Imediatamente, todos os homens começaram a dispara sem pausa, quatro armas despejando projéteis de chumbo revestidos de metal na  minha direção. Peguei a pistola do chão e usei como auxílio para acertar a cabeça do próximo homem que foi corajoso o suficiente para se aproximar.  O corpo desfaleceu, braços e pernas dançando próximo da morte. 

— Pegue a garota Schiller — O Ferguson grita. E isso era a pior coisa que ele poderia falar nesse momento.

A minha raiva  queimou na minha garganta, no meu peito e marcou minha visão com uma névoa vermelha. Não desperdicei uma única célula cerebral ponderando sobre o rumo dos acontecimentos. Saio de meu esconderijo com as armas engatilhadas. Claramente a fala de Ferguson foi para arrancar uma reação minha, ele queria que eu ficasse exposto. Mas seu comparsa não parecia estar por dentro do plano. Ele estava a meio caminho de pegar Nicole no chão quando nota meu movimento. Ele me olha com olhos  arregalados de surpresa, e hesitou por apenas um segundo antes de tomar o controle de sua arma e apontar para mim. Mas esse segundo custou muito a ele. Eu avancei, batendo seu corpo longe de Nicole. Com os olhos selvagens ele pulou em cima de mim, batendo os punhos gordos no meu rosto. Desviando de um golpe potencialmente fatal, rolei de debaixo do homem e mirei uma cotovelada na garganta dele.  Ele sufocou com a falta repentina de ar, passei os braços em volta do seu pescoço e torci fortemente. Ferguson havia aproveitado o momento para tentar descarregar sua arma em mim, mas cada bala atingiu meu parceiro de luta. 

— Filho da puta!—  Ferguson acertou outro tiro nas costas do homem ensanguentado em meus braços. 

Continuei empurrando o corpo do homem estrategicamente até que já não havia maneira de me proteger. No próximo tiro a bala atravessou a carne do corpo em cima de mim e senti uma ferroada perfurando minha coxa direita. O impacto jogou minha perna para trás como uma martelada. Mas ignorei a dor e lancei minha perna esquerda em uma rasteira que levou Ferguson ao chão.

Sua cabeça ressoa alto contra o chão, mas como um cão raivoso, ele volta imediatamente. 

—Você! —Ele gritou,erguendo o braço para revelar uma pistola prateada brilhante em sua mão. — Você vai morrer junto com a cadela da sua irmã.

Eu mantive minha  própria arma apontada para Ferguson.

— Acabou, — Eu digo sem rodeios. —Não há para onde ir, Ferguson.

O olhar irado dele se lançou para a direita, em direção a um corredor que levava a saída de emergência.

— Esqueça isso — Digo a ele. — Não é apenas os federais que o cercam.

E como se para dar ênfase em minha fala, Deive juntamente com os federais finalmente chegaram  a sala.

—  Vocês acham que me pegaram?—Ele grita, cuspindo e apontando a arma para sua própria cabeça.— Eu faço meu próprio final.

— Nem pense nisso filho da puta!

Com um chute eu esmago sua cabeça no chão e mergulho sobre ele com um soco no seu nariz. Eu não tinha idéia se aquilo era mais uma de suas distrações ou se ele realmente iria puxar o gatilho, mas diante de sua instabilidade mental, não quis arriscar. Aquele bastardo louco não tem respeito por sua própria vida, muito menos aqueles ao seu redor. 

O Abismo dos Desejos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora