O Abismo dos Desejos Proibidos

Capítulo 1-Desejos é o fogo do corpo

Agosto de 2012

NICOLE SCHILLER

— Ok, isso não é nada suspeito.

Eu envio a minha irmã um olhar desconfiado ao vê-la vindo dos jardins com Dex com a mão enganchada na cintura dela. Ambos parecem ofegantes.
— O quê? — Ela pergunta, dando a sua melhor tentativa de inocência.
— Estou me referindo ao fato de que seu cabelo está uma bagunça e metade de sua maquiagem se foi — Eu levanto uma sobrancelha— Você parece distintamente amarrotada. E aqui eu pensando que apenas
os recém-casados deveriam se esgueirar e bater em um armário ou algo assim.

Mayara fez uma nova tentativa de inocência. Olhos grandes, cílios esvoaçantes, esse tipo de coisa. Dex apenas riu baixinho, o sem-vergonha.

— Veja, Hanna. Sua mãe e seu pai são dois fedorentos descarados.— Eu me inclino para beijar a bochecha gorda de minha sobrinha.

Com quase um ano de idade, ela está perdendo parte da gordura de bebê e mudando muito rapidamente. Eu odeio o pensamento dela crescendo.

— Mamã — A pequena se contorce em meus braços.

Mayara sorri e pega a filha de meu colo e se senta ao meu lado. Eu olho para minha irmã mais nova e quase não a reconheço. Ela cresceu um bucado nos últimos anos, e não digo em relação a sua altura. E apesar das dificuldades que enfrentou, ela ressurgiu das cinzas e hoje tem sua própria família. Uma linda família que aumentará em breve, não tenho dúvidas já que ela e Dex são como coelhos.

— O quão bêbados papai e mamãe estão? — Luana pergunta olhando para pista de dança.

Hoje aconteceu o casamento de Dandara, minha irmã mais velha também estava iniciando sua própria família ao lado de Jackson Fremont.  Toda a família estava presente, inclusive os amigos dos noivos. É uma festa pequena, mas cheia de amor e diversão. Após a linda cerimônia, a recepção é cheia de risadas. É pouco depois das duas da manhã, Dandara e Jackson ainda estão dançando no meio da pista. Eles se balançavam de braços dados ao som de uma velha música de blues antiga. Ao lado deles, os convidados estavam fazendo o mesmo. Meu pai e minha mãe, no entanto, estavam tentando dançar tango. Embora eu ache que na maior parte era apenas papai enquanto mamãe ria, com os braços apertados ao redor dele.

O amor era um trunfo.

— O suficiente para em breve mamãe querer trazer as fotos nossas de quando éramos bebês. — Eu digo tomando um gole de meu champanhe.

Dex levantou as sobrancelhas.

— Mostrar fotos? Eles parecem prestes a buscar por um armário para ter uma foda memorável.

Eu e meu irmãos fazemos caretas.

— Eu não quero essa imagem na minha cabeça — Marlon balança a cabeça.
— Eu concordo com Dex — Bruno diz. Ele estava sentado em minha frente,  o rosto sereno, em paz com o mundo.

Eu amo essa expressão nele, que apesar dos anos deixa seu rosto ainda mais belo. Ele e Deive definitivamente estavam oficialmente de volta em casa. A vida como Seals foi deixada para trás enquanto iniciaram a empresa de segurança deles e eu sentia que nossa promessa estava sendo colocada nos trilhos para em breve ser posta em ação.

— Quanto tempo você acha que levaria para eles terem uma escapada, afinal?— Dex pergunta especulativo.
— Não vai haver sexo. Pessoas
casadas não fazem sexo. Você deveria saber disso. No minuto que você
assina esse contrato, boom! A vida como você conhecia acabou. Não é divertido. Não há mais nada.— Nicolas graceja.
— Ah, meu irmão, você está tão fora de rumo — Cantarolou Mayara. — Quem andou te dizendo isso?
— O santo padroeiro do amor.— Luana brinca.