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Chego um casa quatro e quinze da tarde. Confesso que estou morrendo de fome e com pouco ânimo para ir para a academia hoje. Acho que as horas excessivas que fiz ontem podem encobrir minha ausência hoje.
Quando chego em frente a porta, consigo escutar o barulho da TV ligada praticamente no último volume, o que indica que Henry ainda está aqui.
Abro a porta (que está destrancada) e absorvo o que está acontecendo no ambiente assim que coloco os pés na minha sala. Henry está assistindo um filme de ação, jogado na minha poltrona de couro e vestindo apenas uma camisa branca simples e uma cueca Boxer.
Seu cabelo está absurdamente bagunçado e há orelhas profundas sob seus olhos. No seu colo há uma almofada, e sobre ela há uma tigela com um miojo tão vermelho que tenho certeza que tem no mínimo uns quinze pacotes de tempero alí.
— oi. — resmunga, ainda meio grongue, antes de levar uma garfada daquela bomba tóxica até a boca.
— oi. — jogo minha mochila no chão e pego o meu celular para tirar uma foto dele. Vou usar isso como munição para provoca-lo daqui um tempo. E ele ainda está tão atordoando que sequer liga para isso. — que horas você acordou??
— sei lá. Já passava das três. Só levantei porque estava quase me mijando. — explica, me fazendo revirar os olhos.
Vou para a cozinha e procuro alguma coisa para comer na geladeira, mas ela está tão vazia que é mais fácil encontrar água no deserto. Preciso fazer compras urgentemente.
Depois de muito procurar, encontro uma fatia de pizza congelada e a coloco no microondas. Pego uma coca cola e volto para a sala, onde Henry continua exatamente como estava.
— como foi a aula? Sentiu minha falta? — pergunta, sem desgrudar os olhos da TV e parar de comer o miojo de Chernobyl.
— chata como sempre. E livrei você de tomar uma falta.
— Sério?!
— claro. Disse para o professor que você não havia ido porque estava com diarréia. E ela deixou passar dessa vez. — minto, fazendo o máximo para continuar sério.
— O QUE?! — explode, pulando da poltrona e me encarando com um olhar assassino, mas o cabelo assanhado faz ele ficar parecendo uma versão mal produzida do pennywise de It a coisa, me fazendo cair na risada. — vai se foder, Mika!!
Volto para a cozinha ainda morrendo de rir, para ver se minha pizza já está quente.
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Depois de tomar um banho, visto umas roupas leves e deito na minha cama. Henry foi embora poucos minutos atrás, mas disse que voltaria a noite para assistirmos um filme qualquer.
Pego meu celular e começo a fuçar no Instagram, checando os novos comentários nas minhas fotos (a maioria delas com meus amigos ou jogando basquete). Abro um sorriso involuntário ao ler a enxurrada de "gostosooooo!; Delícia; pedaço de mal caminho; pegava..." E coisas assim.
Não sei porque, mas resolvo tentar encontrar o perfil de Elliott. Não sei o seu sobrenome, então checo todos os Elliott's que aparecem, até que enfim encontro um "@Elliott.Howard" com uma foto sua sorrindo.
Para falar a verdade, esperava ver imagens dele jogando golf, mostrando a sua mansão ou ao lado de um Camaro, mas as todas são dele na praia, no quintal ou nadando.
Tomo cuidado para não curtir nada e vejo mais algumas, antes de me dar por satisfeito, sair do perfil e começar a ver o das pessoas que começaram a me seguir nas últimas horas.
Depois de um tempo, solto um bocejo longo, sentindo meus olhos pesarem e meus dedos ficarem lentos enquanto olho e curto na foto de algumas garotas. Desligo o celular e puxo o cobertor sobre o meu corpo.
Acho que dá tempo de tirar um cochilo antes que Henry apareça.
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OII GENTE, SEI QUE OS CAPÍTULOS ESTÃO BEM PEQUENOS, MAS MINHA VIDA TÁ BEM CORRIDA ESSES TEMPOS... (Trabalhos da faculdade + desânimo quando tento escrever ) ENTÃO ESPERO QUE COMPREENDAM, VOU TENTAR DEIXAR OS PRÓXIMOS BEM MAIORES.
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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]
RomanceMikah está no último ano do ensino médio, é estrela do time de basquete, popular, descolado e sua boa pinta faz com que praticamente todas as garotas e garotos da escola ou sejam apaixonados por ele, ou o queiram como amigo. Todas as pessoas, e...