CAPÍTULO 26

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    Já são quase nove horas quando enfim toco a campainha ao lado da porta chique da casa de Elliott. Depois que saímos da academia, Henry e eu fomos direto para a quadra, treinar alguns passes e jogar lances a distância. Nós provavelmente perdemos a noção do tempo, porque já passava das oito e meia quando estávamos indo embora, e eu mal tive tempo de tomar banho, antes de vir cara a casa de Elliott.

     Consigo ouvir o som passos vindo na minha direção, e quando a porta é aberta, o rosto corado de Elliott surge no meu campo de visão. Ele está vestindo um pijama azul escuro dessa vez, com pequenos foguetes espalhados por todo o tecido. Ele deixa a sua pele um pouco mais pálida, destacando o cabelo loiro e combinando com os olhos.

    — Hey. — Ele diz, abrindo um pequeno sorriso enquanto me analisa. Eu estou vestindo uma calça de moletom escura, tênis, e uma camisa cinza de mangas curtas.

    — Oi. — Respondo, enquanto enfio as mãos dentro dos bolsos da calça. Eu deveria ter escolhido outra coisa, porque essa roupa é confortável para vestir em casa, mas marca pra caralho lá embaixo. Eu me vesti tão rápido que nem sequer me atentei a isso, mas Elliott parece não ver nenhum problema, porque seu olhar analisa meu corpo novamente e ele lambe os lábios num movimento quase involuntário.

    — V-vamos, entre. — Ele diz, enquanto suas bochechas esquentam. o meu sorriso se alarga ao vê-lo desconcertado. Eu caminho para dentro e lhe dou um abraço tipicamente masculino para as outras pessoas, mas ele sabe muito bem que não é um abraço de amigos (principalmente porque talvez eu tenha me esfregado nele mais do que o nescessário).

    Elliott fecha a porta e sinaliza para que eu o siga em direção a outra extremidade da sala, que está bastante escura, iluminada apenas pela luz emitida da enorme tela plana, onde está passando algum filme dos vingadores (eu reconheço os personagens, mas não sei identificar qual filme é).

    — Mikah! Que bom que veio. — O pai de Elliott diz, me lançando um sorriso largo. A sua esposa está sentada ao seu lado no sofá grande, comendo um pedaço de pizza, ela me lança um olhar gentil e acena com a mão livre.

    — Boa noite, senhor e senhora Howard. — Cumprimento-os, enquanto Elliott me empurra levemente na direção do outro sofá, onde há cobertores fofinhos.

    — Walter.

    —  Rose. — ambos me corrigem ao mesmo tempo, revirando os olhos. O pai de Elliott empurra os óculos um pouco mais para cima, enquanto sua esposa coloca as pernas no seu colo e tenta encontrar uma posição melhor para assistir.

    Eu sento ao lado de Elliott meio sem jeito, enquanto ele joga uma parte do cobertor em cima das minhas pernas e enrola o próprio corpo no restante. Tiro os meus sapatênis e as meias, antes de puxar as minhas pernas para cima, ficando numa posição parecida com a de meditação.

    — Vamos, querido. Coma. — A mãe de Elliott aponta para a mesinha entre os dois sofás, onde há duas caixas enormes de pizza abertas, ambas pela metade já. Felizmente, a minha barriga faz o favor de não se manifestar e mostrar que eu não comi nada nas últimas horas, então vou até lá e pego uma fatia generosa de pizza de mussarela, antes de retornar pare o meu lugar.





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    Quando o filme termina, eu e Elliott já estamos aconchegados um no outro embaixo dos cobertores, que deixam a cena um pouco mais discreta e esconde o fato de que nossas pernas estejam entrelaçadas e minhas mãos estejam na sua cintura.

    Nós observamos em silêncio quando a tela fica preta e o nome dos atores e produtores começam a rolar de forma rápida e praticamente ilegível. Tiro o meu celular do bolso e percebo que já passa das dez horas.

    — Bom... Acho que já vou indo. Foi muito divertido. — Começo, me afastando um pouco de Elliott, antes de puxar o cobertor para descobrir as minhas pernas.

    — Dorme aqui hoje, mikah, Já está tarde. — A mãe de Elliott diz, soltando um bocejo longo no segundo seguinte.

    — Verdade, e você mora um pouco longe. — Walter diz, me fazendo vasculhar na mente como ele sabe onde eu moro, e provavelmente deve ser porque ele foi deixar Elliott no meu condomínio no outro dia.

    Olho para Elliott, querendo saber o que ele acha disso, e depois de um pequeno aceno, eu decido aceitar.

    — Tudo bem. — Digo, enfiando as mãos nos bolsos meio sem jeito. Ele dormiu lá em casa também, então não tem problema, certo? Mas mesmo assim eu fico um pouquinho apreensivo.

    Elliott me conduz para o segundo andar, e embora a casa deva ter uns dez quatros sobrando, nós arrastamos um colchão que ficava num quarto de hóspedes até o seu quarto, mesmo que ele seja só um pretexto e que realmente não irei usá-lo (ou pelo menos, espero que não...).


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     Encaro o colchão que colocamos ao lado da sua cama em silêncio, enfiando as mãos dentro do bolso da calça de moletom. Ouço Elliott trancar a porta atrás de mim, antes de desligar as lâmpadas, de modo com que a única luz que ilumine o ambiente venha do abajur ao lado da cama.

     Elliott caminha até a sua cama e senta sobre ela, engolindo em seco, enquanto me observa. O seu cabelo loiro não perde o brilho dourado mesmo com a falta de luz.

    Eu levo as mãos até a barra da camisa e a retiro num movimento rápido, jogando-a sobre o colchão no chão logo em seguida. Sinto o olhar de Elliott passeando pelo meu corpo, enquanto tiro a calça de moletom também, ficando vestido apenas numa cueca Boxer Branca.

    Retribuo o seu olhar intenso, perguntando silenciosamente se ele quer que eu durma no colchão no chão ou...

    — V-vem aqui.— ele chama, sua voz é quase inaudível e não passa de um murmuro meio assutado. Eu me aproximo dele devagar, sem desviar os olhos dos seus.

    A sua cama King Size é bem alta, de modo com que eu consiga encaixar o corpo entre as suas pernas. Elliott solta um silvo baixinho quando eu agarro as bordas da sua camisa repleta de foguetezinhos e a puxo para cima, livrando-me dela com facilidade e deixando a mostra o seu peito pálido e os mamilos rosados.

    — M-mikah... — Ele começa, mas eu lhe dou um leve empurrão e o faço deitar na cama, para então subir em cima dele e ficar praticamente de quatro sobre o seu corpo, com nossos rostos a centímetros um do outro.

    — Shhhh... — Toco os seus lábios macios com a ponta dos dedos, enquanto ele solta um suspiro baixo e beija os meus dedos, passando a língua pelo meu polegar. Apenas isso é o suficiente para que eu fique excitado, com meu membro quase pulando para fora da cueca de tão duro.

    As mãos de Elliott descem até a minha cintura e ele me faz sentar no seu colo, de modo com que nossos peitorais fiquem colados e eu esteja praticamente deitado sobre ele. O seu pau duro está pressionado contra a minha bunda, e embora eu seja o ativo e minha bunda esteja sempre fora da jogada, não desgosto disso o suficiente para mudar de posição.

    Toco o cabelo claro de Elliott com a ponta dos dedos, observando o seu belo rosto enquanto sinto-o observar de volta. Os lábios entreabertos estão praticamente implorando por um beijo, então não exito, antes de abaixar os meus até lá.


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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora