EPÍLOGO

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       O mês seguinte passa como um furacão, e quando notanos, o fim das aulas já está mais próximo do que nunca.  A minha relação com Elliott está cada vez melhor, e eu faço questão de mostrar pra cada pessoa do mundo que aquele cara lindo é o meu namorado.

      Agora estou subindo o pequeno lance de escadas que leva até a porta da casa de Elliott, soube por fontes seguras (dona Rose é uma bela fofoqueira) que meu namorado estaria sozinho hoje, e que teríamos a casa só para a gente.

     Toco a campainha e espero um tempinho, porque resolvi não avisar que vinha. Já são quase três da tarde, e apesar do dia estar bastante claro e ensolarado, o clima não é tão quente assim.

     Elliott abre a porta vestindo só um pijama e com uma expressão sonolenta, me fazendo revirar os olhos. Ele me encara por alguns segundos, antes de mover seu olhar para a enorme cesta que está nas minhas mãos.

     — A gente vai fazer um piquenique. — Digo, abrindo um sorriso torto. O safado acha que eu Esqueci que hoje faz exatamente dois meses desde que começamos a namorar, é engraçado porque já aconteceu tantas coisas que parece que já são dois anos.

     — Piquenique? — Ele pergunta, colocando as mãos na minha cintura e corando um pouco.

     — Sim, leite azedo. — Beijo os seus lábios rosados e tiro algumas mechas loiras que estão caindo sobre a sua testa. Antes de vir para cá, já deixei tudo preparado num parque que ninguém mais usa, do outro lado da cidade. Conheci o lugar por acaso, e a paisagem é tão linda que sequer parece ser real.

     — Vou só colocar uma camisa. — Ele diz, antes de comer em direção as escadas, exibindo aquela bunda gostosa na calça de moletom.

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     Observo Elliott encarar o cobertor quadriculado na pequena área gramada perto de um laguinho com um sorriso no rosto. Passei a manhã toda preparando o nosso piquenique, e há outras duas cestas com comida e vinho dispostas no cobertor, assim como alguns travesseiros.

     — Gostou? — Pergunto meio sem jeito. Salgueiros e sequoias cercam o lugar inteiro, nos dando certa privacidade, e como a cidade fica um pouco longe daqui, não corremos o risco de alguém aparecer do nada.

     — Eu adorei. — Ele diz, tirando os tênis e sentando entre as almofadas com um sorriso lindo no rosto. Eu faço o mesmo e sento de frente para ele, antes de agarrar o seu rosto com as minhas duas mãos e puxa-lo para um beijo, deixando esse garoto lindo e maravilhoso praticamente sentado no meu colo.

     Fecho os olhos e sinto o seu corpo contra o meu, enquanto suas mãos passeiam pelo meu dorso e nossos lábios se movem uns contra os outros num beijo lento e molhado.

     Quando nos separamos, eu puxo a cesta mais próxima para perto da gente, e nela eu tenho algumas surpresas pro meu namorado.

     Elliott observa em silêncio eu tirar um envelope amarelo e simples de dentro dela. Ele chegou no meu condomínio ontem, mas resolvi mostrar para ele só hoje, junto com todo o resto.

    — O que é? — Ele pergunta, mudando de posição no meu colo e me fazendo rosnar baixinho, porque já estou duro pra caralho. Ele rasga o envelope e tira lá de dentro dois exames, um com o seu nome e o outro com o meu.

     Aponto para a parte em que eu circulei com uma caneta néon verde, dando destaque para os dois "NEGATIVO'S", que mostram que nós dois estamos livres que quaisquer doenças sexualmente transmissíveis que existem na face da terra.

     — Sabe o que significa, baby? — Agarro a sua bunda e aproximo os lábios da sua orelha, que já está começando a ficar vermelhinha. — Eu vou te foder sem nada entre a gente mais, e te encher com o meu leite.

     — B-bobo. — Ele gagueja, tão corado e fofinho que me faz beija-lo novamente. Resisto ao desejo de fode-lo nesse exato segundo e tiro outro envelope de dentro da cesta, esse é bem menor e tingido de azul.

     — Presente de aniversário adiantado. — Digo, meio sem jeito. Ele abre o envelope com cuidado e encara as duas passagens aéreas para a Inglaterra.

     — É-é sério? — ele arregala os olhos e aponta para as datas. Vamos dois dias após as aulas terminarem, e embora iremos desembarcar na Inglaterra, o plano é fazer um mochilão e conhecer vários países da Europa.

     — Sempre quis viajar pra outro país. — Dou de ombros e beijo o seu queixo. Dinheiro não é problema pra gente, e agora eu estou trabalhando como modelo nas horas vagas também. Começou com apenas uma seção de fotos para a empresa da mãe de Elliott, mas depois várias outras me procuraram, porque precisavam de uma "beleza negra" para torna-las mais marcantes, e a bolada que recebi não era nada pequena.

     — Você é doido! — Ele grita, ainda encarando as passagens.

     — A gente precisa disso antes de ir pra faculdade, baby. — Explico, agarrando o seu rosto lindo e encarando os seus olhos azuis claros. Ambos vamos fazer faculdade na universidade da Flórida, onde é perfeito para Elliott tentar entrar na equipe de natação nacional e eu tentar entrar na NBA. Além disso, podemos continuar juntinhos.

      — Doido. — Ele continua, dando um soquinho no meu ombro e me fazendo rir baixinho. Pego o último presente que tenho para ele, e esse está no bolso da minha calça.

     É uma caixinha minúscula, revestida com veludo vermelho.

     Eu mostro para Elliott e a abro meio sem jeito, encarando as duas alianças simples de ouro, mas que possuem nossos nomes na parte de dentro.

     — E-eu... Ãhn... A-amo você pra caralho, Elliott. N-não consigo me i-imaginar longe de você. Q-quero morar com você. Ter u-uma família com você... — Me embaralhado completamente com as minhas palavras, esquecendo totalmente o discurso que preparei minuciosamente quando estava em casa. O meu coração martela sem parar, principalmente quando ele me encara com aqueles enormes olhos azuis, e abre e fecha a boca uma dezena de vezes. Eu engulo sem seco e completo, sem saber se ele entendeu o que eu disse:

     — V-você quer casar comigo? N-não agora, porque ainda somos bem jovens. M-mas você quer ser meu noivo? — Gaguejo, abaixando o rosto porquê estou meio envergonhado, mas meu namorado agarra o meu cabelo e puxa a minha cabeça para cima, de modo com que eu tenha que encara-lo. Os seus olhos estão molhados e uma lágrima solitária escorre pela sua bochecha branquinha, enquanto suas pupilas estão tão dilatadas que não consigo ver se íris azuis.

     — S-se eu quero ser seu noivo? É-É TUDO QUE EU SEMPRE QUIS!! — Ele grita para os quatro ventos a última parte, me fazendo começar a chorar também, sem conseguir controlar as minhas emoções. Pego o anel menor e coloco no seu dedo, observando com um sorriso bobo enquanto ele faz o mesmo comigo.

     — P-pelo menos um anel você já me deu, chocolate. Falta só o outro. — Ele provoca, me fazendo arregalar os olhos, completamente horrorizado com a insolência desse safado.

     — S-SEU IDIOTA! — Rosno, antes de ataca-lo e prender os seus braços, enquanto rolamos entre os travesseiros e nos beijamos sem parar, já começando a tirar a roupa um do outro às pressas, prontos para fazermos amor e mostrarmos a extensão dos nossos sentimentos.

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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora