CAPÍTULO 11

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   Foram quase umas duas horas nadando (boiando), conversando e ouvindo ele explicar os princípios da natação. Também nos provocamos algumas vezes com xingamentos e palavrões, mas isso é perfeitamente normal quando se trata de nós dois.

    Quando ele finalmente anuncia que chegou a hora de irmos embora, ele nada até mim e segura no meu braço para me ajudar a chegar até às escadas. Sua pele é absurdamente macia e quente, os dedos ágeis se fecham ao redor do meu cotovelo e me puxam, o que é um pouco engraçado e irritante, precisar da ajuda dele para algo tão simples.

    Assim que consigo colocar os pés no degrau ele solta meu braço. É bom estar num lugar firme, mas estaria mentindo se dissesse que não gostei de nadar (boiar).

   Elliott não espera por mim e sobe apressadamente os degraus. Meu olhar recai sobre suas costas pálida com algumas pintas pretas minúsculas espalhadas na pele, descendo até às duas covinhas profundas que ele tem acima da bunda.

   Que fofo!

   espera?! eu pensei isso?!?

   Tento desviar o olhar, mas isso só serve pra focar em outro ponto: a bunda dele na sunga sunga preta. Ele é redonda e...

   O QUE DIABOS EU TÔ FAZENDO?!?

   Apresso o passo e vou em direção aos vestiários, deixando ele dois passos atrás de mim.

   — é bom tomar um banho para tirar a água com cloro. — ele explica assim que entramos no vestiário. Eu sabia disso porque era uma das especificações que havia no e-mail que o treinador mandou, mas confirmo com a cabeça e sigo para uma das cabines abertas.

   Elliott entra na segunda cabine depois da Minha, deixando uma delas vaga entre nós. Minha altura me permite ver até pouco abaixo do seu peito. Ele não me encara e fica olhando fixamente para a parede.

    Desvio o olhar e ligo o chuveiro. A água daqui é um pouco mais gelada, mas isso não é um incomodo para mim. Deixo a água escorrer pelo meu corpo e pego um pouco do sabonete líquido preso na parede. Lavo minhas partes íntimas e o meu cabelo crespo, que perde um pouco do volume quando está molhado.

   Dou uma espiadinha para a direita e encontro Elliott ainda encarando a parede enquanto toma o próprio banho.

   — o que foi? Tá com medo de ficar duro se olhar para mim? — digo, soltando uma risada baixinha. Ele olha para mim pela primeira vez, corando um pouco, mas se recompõe rapidamente e mostra o dedo do meio para mim.

   — Vai sonhando, idiota. — ele faz uma careta e fica um pouco mais pálido que o normal, saindo da cabine e indo pegar suas roupas.

   — você sabe que é verdade. — provoco-o, sabendo que ele está um pouco abalado. Mas meu sorriso morre assim que noto um estranho latejar entre as minhas pernas e olho para baixo.

   PORRA!! quem ficou duro foi eu...



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   Depois de me vestir, alcanço-o já na metade do corredor que leva até a saída da escola, que está mais desértica do que tudo. Acho que somos os únicos aqui.

   — espera!! — digo, enfiando as mãos nos bolsos e mordendo o lábio, um pouco envergonhado pelo que aconteceu lá atrás, mesmo que ele não tenha visto. Foi só porque já faz uns vários dias que eu não faço sexo com ninguém. Só isso!

   — oi. — Resmunga. Acho que ele ficou mais irritado que o normal quando o provoquei com o lance de ficar excitado, mas pedir desculpas não é comigo.

   — quer carona?

   —  não, obrigado. Minha moto está estacionada lá fora. — Elliott explica. Resisto ao impulso de fazer alguma piadinha como "qual delas?" Ou "O Bugatti está ocupado?".

   Nós caminhamos em silêncio o resto do caminho, mas quando enfim chegamos do lado de fora e eu começo a caminhar até o meu carro, ele solta um longo suspiro e fala:

   — Cadê o seu celular? — pergunta, estendendo a mão. Paro de caminhar e tiro o celular do bolso, antes de entrega-lo para ele.

   Elliott mexe no aparelho por alguns instantes, então o estende de volta para mim.

   — meu número. — explica, antes de sair andando para o lado oposto ao que fica meu carro, sem olhar para trás nenhuma vez.









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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora