CAPÍTULO 24

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     Nós com certeza vamos chegar atrasados na escola, já que dormimos umas nove horas (ou melhor, dormirmos nos intervalos entre o sexo).

    — nem pensar! — ele rosna quando eu tento pegá-lo pela cintura e o puxar até a minha cama. Ele está vestindo apenas uma das minhas calças, ela está um pouco surrada, mas foi a única que serviu nele. É muito bom vê-lo vestindo as minhas roupas.

    — por que? — abraço-o por trás e beijo a sua nuca. Eu já estou completamente vestido, mas não veria problema algum em tirar tudo novamente.

    — QUATRO VEZES EM UMA NOITE, MIKAEL!! Acha que minha bunda é o que?! E olha o tamanho dessa sua vara!! Quer me matar!? — ele me dá uma cotovelada, mas isso não é o suficiente para me afastar.

    — não vi você reclamando em nenhuma das vezes. E você adora meu tamanho, baby. — viro-o para mim e agarro o seu rosto com as duas mãos, antes de beijar seus lábios gostosos com força. Ele cora um pouco e retribui o beijo.

    — J-já estamos atrasados!! — ele me dá um soquinho no ombro, mas eu apenas Reviro os olhos e aperto a sua cintura com força.

    — você não vai conseguir mais fugir de mim, Elliott. — espero que ele entenda a verdade e as promessas por trás dessas palavras. Eu quero foder essa sua bunda deliciosa toda hora agora. Quero tanto que acho que vou enlouquecer.

    — Idiota. — ele responde, antes de agarrar meu casaco e me dá um selinho rápido.

     Nós vamos até o meu guarda-roupas e eu pego uma das minhas camisas para ele. Eu calço 44 e todos os meus tênis ficam grandes demais para ele, então Elliott vai ter que ir com os mesmos que veio ontem. Faço-o usar o meu perfume, principalmente porque uma parte possessiva e selvagem dentro de mim quer que ele tenha o mesmo cheiro que eu.

    — vamos? — pergunto, dando uma apertada nada discreta nessa sua bunda redonda.

    — vamos, bocó. — Elliott responde, então saímos do meu apartamento e começamos a andar até o elevador.



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    Nós chegamos um pouco atrasados na aula, mas depois de uma conversinha com o professor e um pouco de lábia, consigo faze-lo não nos dá uma suspensão.

     Minha primeira aula é de inglês e a de Elliot é de geometria, então não nos encontramos até o terceiro horário, depois do intervalo. Avisto-o sentado em uma das mesas assim que entro no laboratório onde acontecerá a aula de biologia, então dispenso com um sorriso algumas pessoas me chamam para formar dupla e vou até lá em passos rápidos.

    — oi. — digo, abrindo um sorriso largo e o encarando por um instante, enquanto sento ao seu lado.

    — oi. — Elliot responde, mas sem demonstrar muita animação, como se fossemos apenas velhos conhecidos, e não que eu estou fodendo ele daqui pra frente. Nossas pernas estão se roçando por debaixo da mesa, então dou um leve empurrão na sua, recebendo outro um milissegundo depois.

     Observo o seu rosto bonito por um instante, ele foca os olhos azuis em mim por alguns segundos, levantando os cantos dos lábios num sorriso discreto que me faz engolir em seco. Passo o meu pé por cima do dele e encaixo os meus dedos atrás do seu calcanhar, entrelaçando nossas pernas e o prendendo a mim. Como a nossa mesa é a última da fileira, é impossível alguém ver isso.

    — Bom dia, turma. — o professor começa, nos fazendo olhar na sua direção e encarar enquanto ele mexe no seu computador e liga o projetor. — hoje vamos ver um documentário detalhado sobre todas as funções dos órgãos do sistema digestório e renal.

     Ele pede para que todos fiquem em silêncio, então vai até a parede e desliga a luz do sala, de modo com que apenas o reflexo da projeção ilumine o cômodo.

     O documentário começa e todos nós prestamos bastante atenção nos primeiros minutos, anotando sempre que víamos algo importante, mas isso aqui é muito chato, na verdade. Fecho o meu caderno e me ajeito na cadeira para achar uma posição melhor,

     Elliott ainda está com sua atenção na aula. Toco o seu pé com o meu, mas ele apenas engole em seco, piscando para mim por um milissegundo.

     Enfio a mão disfarçadamente por debaixo da mesa, agarrando sua coxa durinha. Sinto os seus músculos tensionarem sob meu toque e caricio a parte interna da sua perna, fazendo-o soltar um grunhido baixinho.

    — O-o que cê tá fazendo? — ele gagueja baixinho, e mesmo sem muita luminosidade, consigo ver suas bochechas coradas e os olhos azuis (agora bem escuros pela falta de luz) um pouco franzidos.

    — Nada, Ué. — Abro um sorriso torto e subo um pouco mais a mão até a sua virilha, então ele solta um pequeno silvo. Acaricio-o devagarinho, sentindo ele crescer sob meu toque e tentar fechar um pouco mais as pernas para me impedir de toca-lo.

     Olho para a frente e finjo estar prestando atenção no slide, então enfio a mão discretamente dentro da sua calça e esfrego as minhas próprias pernas uma na outra para tentar conter a ereção que cresce a cada instante ali.

     Abaixo o rosto e encaro meu caderno para esconder o sorriso felino, enquanto toco o seu membro duro e quente. Eu não quero faze-lo gozar por que isso faria lambança, mas provoca-lo é uma das coisas que sei fazer de melhor.



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    — E-eu vou matar você!! — Elliott rosna assim que saímos da sala. Suas bochechas ainda estão mais vermelhas do que nunca e suas pupilas estão dilatadas.

    — porque? — abro um sorriso largo e brilhante, bancando o inocente.

    — P-porque?! Você me torturou a aula toda!! — ele enfia o cotovelo nas minhas costelas, mas não dói nada e eu apenas caio na risada.

   — você adorou. Não minta.

   — Idiota!! — ele exclama, mas os cantos Levemente erguidos dos seus lábios o entregam. Eu poderia beija-lo aqui mesmo, na frente de todo mundo, mas acho que ele me estrangularia depois disso.

    — o que você acha de... — começo, já com mil maneiras diferentes de provoca-lo na ponta da língua, mas paro de falar assim que o seu sorriso se desfaz e um olhar um tanto sombrio toma conta do seu rosto, enquanto ele olha por cima dos meus ombros.

    Viro-me apressadamente e encontro um cara vindo na nossa direção, fuzilando Elliott com os olhos e lançando olhares de desprezo para mim de vez em quando. Ele não é tão alto quando eu, mas tem alguns centímetros a mais que Elliott. O cara é moreno e tem músculos esguios, além de olhos castanho Claros.

    Ele passa tão próximo de nós que meu ombro colide com o dele, mas fico firme no lugar e não movo um músculo. Seus olhos ainda estão em Elliott, mesmo que o sujeito já tenha passado uns bons dois metros de onde estamos.

    — Que porra foi essa?? — murmuro, encarando as costas do cara.

   —A-aquele é meu ex-namorado, David. — Elliott responde.



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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora