CAPÍTULO 28

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    Acordo na manhã seguinte com um corpo quente de conchinha comigo. O cabelo loiro e cheiroso de Elliott faz cócegas no meu nariz, e a minha ereção matinal está deslizando entre a sua bunda, mas eu me afasto levemente dele para que isso não seja um incômodo ou faça ele acordar.

    — Eu já acordei, aliás. — Ele sussurra, como se soubesse o que eu estava pensando.

    — Bom dia, bebezão. — Agarro a sua cintura fina. O edredom pesado e quente cobre apenas as nossas pernas.

    — É um pouco difícil continuar dormindo com aquela coisa praticamente quase deslizando para dentro de mim. — Ele provoca, mas eu apenas reviro os olhos e lhe dou um beliscão. Uma estranha sensação de satisfação toma conta de mim. Talvez por termos feito tanto sexo que ainda estou completamente saciado.

    — Vamos tomar um banho? — sento na cama e me espreguiço, fazendo os ossos dos meus braços estalarem. Não faço ideia de que horas são, e também não ligo caso chegarmos na escola atrasados ou não.

    — Vamos lá, chocolate. — Ele continua me provocando. Eu adoro a forma como ele me chama de "chocolate". É um pouco provocativa, mas eu consigo sentir afeição nas suas palavras, e uma pitada de desejo também. Sei que ele adora a minha cor, e que é louquinho pelo chocolate aqui.

    Elliott pula da cama para usar o banheiro primeiro, mas eu corro atrás dele porque estou morrendo de vontade de mijar. E no fim, acabo impedindo-o de trancar a porta na minha cara e nós usamos o banheiro ao mesmo tempo, escovando os dentes e depois tomando um banho rápido juntos (onde não rolou nada demais. Só uns beijinhos mesmo).

    Como eu não trouxe roupas e as de Elliott ficam um pouco apertadas para mim, tive que vestir as mesmas em que vim. Eu pretendo passar em casa para pegar as minhas coisas coisas antes de ir para a escola mesmo, então não tem problema.

    Roubo um beijo de Elliott do lado de fora do seu quarto, então descemos as escadas para o primeiro andar conversando sem parar, embora as bochechas dele ainda estejam vermelhinhas e eu consiga ver um pouco do chupão que deixei perto da clavícula dele pela gola da camisa branca.

    Os olhos azuis claros dele estão um pouco brilhantes de alegria, o que me deixa alegre também. A cena melosa faria o mikah de antigamente fingir que vai vomitar, mas eu estaria mentindo se dissesse que não gosto de como as coisas estão fluindo com Elliott.

    Assim que nós entramos na cozinha, damos de cara com uma mesa repleta de comida, e a mãe e o pai de Elliott estão fritando algumas coisas que não faço ideia do que sejam.

   — Bom dia rapazes. Dormiram bem? — A mãe dele pergunta, segurando uma caneca de café em uma das mãos e uns espátula na outra. Ela abre um pequeno sorriso enquanto alterna o olhar entre mim e Elliott.

    — Sim. — Nós dois respondemos juntos.

    — Sentem-se e comam. Vocês precisam chegar na escola daqui quarenta minutos se não quiserem chegar atrasados. — O pai dele diz, laçando o mesmo sorriso caloroso para a gente que a sua esposa. Essa hospitalidade e gentileza deles ainda me pega de surpresa, é difícil de acreditar que realmente existam pessoas tão legais assim.

    Elliott e eu sentamos lado a lado, então começamos a comer a comida boa pra caralho que os seus pais fizeram.


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    Quando eu chego em casa, apenas troco de roupa às pressas e pego minha mochila, antes de descer pelo elevador novamente e ir até o meu carro. Perguntei a Elliott se ele queria uma carona, mas ele disse que ia na sua moto mesmo, então a gente ficou de se ver na escola.

    Eu já estou um pouco atrasado, mas assim que entro no meu carro, reservo um tempinho para checar o meu celular e responder as mensagens de Henry. Nossas aulas hoje são completamente incompatíveis, então nós só poderemos conversar e jogar conversa fora na academia mesmo.

    A minha primeira aula é de geografia, e eu não vejo Elliott até o segundo horário, quando fazemos uma aula de literatura inglesa juntos e precisamos recitar algumas partes de "o retrato de Dorian Gray" um para o outro, como se estivéssemos em uma peça. Foi um pouco legal ver ele lendo algumas partes para mim, enquanto falava de sexo (o texto é bem liberal) e corava de forma absurda.

    Hoje não vamos nadar porquê vai ter treino com toda a equipe dele e eu não quis participar e mostrar minhas péssimas habilidades de natação. Mas Elliott me convenceu a participar da próxima, porque (segundo ele) uma hora ou outra eu vou ter que conhecer o resto da sua equipe.

    Como não vou precisar ficar até depois da aula, poderei ir mais cedo para a academia e passar mais tempo na quadra com Henry a noite. Eu acompanho Elliott até as piscinas apenas para conseguir roubar um beijo dele na parte mais vazia da escola.

   — Tchau, bobão. — Ele diz, antes de ir para o vestiário. Eu estou a ponto de segui-lo, mas paro assim que lembro que dessa vez não estaríamos sozinhos, então solto um grunhido de desgosto e dou meia volta retornar pelo corredor.

     Antes de sair da escola, dou uma passadinha no banheiro, e quando estou lavando as minhas mãos depois de usar o mictório, a porta é aberta e um cara entra em passos pesados. Eu preciso de alguns segundos para registrar quem é pelo reflexo do enorme espelho da parede.

    Assim que David, o ex-namorado esquisitão de Elliott vem até a pia ao meu lado e finge está lavando as mãos, eu reteso todo o meu corpo e tento ignora-lo.

    — Sabe. Não precisa ser um gênio pra saber que você tá comendo ele agora. — A voz irritante do cara quebra o silêncio, me fazendo olhar por cima do ombro e encara-lo por alguns segundos, esticando o meu corpo ao máximo e tirando proveito dos bons centímetros que tenho a mais que esse idiota.

    — E o que você tem a ver com isso? Ficou incomodado foi? — Abro um sorrisinho malicioso, enquanto aperto as bordas da pia com força e tento me controlar. Tudo em mim grita para que eu ataque esse filho da puta e mostre o seu devido lugar.

    — Fique sabendo que a primeira vez dele foi comigo. E que a gente transava feito louco. — Ele devolve o sorriso malicioso, saboreando a onda de ciúme que toma conta de mim.

    — então nem isso você não fazia direito, já que agora ele está comigo e não quer nem olhar na sua cara. E pode ter certeza, cara, que aquele loirinho geme pra caralho no meu ouvido enquanto rebola no meu pau e implora por mais. — Abro um sorriso largo, tentando ignorar a culpa por usar minha relação com Elliott para atingir esse filho da puta e falar da nossa intimidade desse jeito.

    O cara parece atordoado, mas se recupera nos segundos seguintes e abre a boca nojenta para falar alguma coisa, embora eu não lhe dê tempo para isso, antes de avançar e imprensa-lo na parede, com as duas mãos no colarinho da sua camisa.

    — Faz um favor pra gente, seu idiota sem noção. Fica bem longe de mim e do meu namorado, okay? Da próxima eu vou arrebentar essa sua cara até você ficar mais esquisito do que já é. — Rosno, antes de solta-lo de qualquer jeito e pegar a minha mochila que estava jogada no chão.

    Não espero a sua resposta para começar a caminhar para fora dessa merda de banheiro, mas consigo escutar um "preto do caralho" antes de está longe o suficiente desse filho da puta. Se ele chegar perto de mim ou de Elliott, eu vou ter o maior prazer em destruir esse merdinha.



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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora