EXTRA: IV

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A CONQUISTA
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ELLIOTT


     Mikah está tão nervoso quanto eu, enquanto estacionamos ao lado do prédio de dois andares. Consigo ver uma gota de suor escorrendo pela sua têmpora, mas ele a limpa rapidamente com a manga do casaco.

     — A gente conseguiu, chocolate. Depois de tanto tempo, a gente conseguiu. — Digo, acariciando o seu cabelo macio. Lembrar dos vários meses passados, dos advogados, das visitas, das entrevistas... Foi tudo muito cansativo, mas valeu a pena.

      — S-sim. — Ele diz, abrindo um sorriso grande de pura felicidade. Mikah pula do carro e abre a porta para mim antes que eu possa fazer isso, me fazendo revirar os olhos.

      Eu escondo o meu nervosismo e finjo estar um pouco tranquilo, apesar da alegria ser tão grande que eu não consigo parar de sorrir igual um bobo, enquanto caminhamos até a entrada do orfanato. Nós já passamos tantas vezes por esse lugar que conhecemos praticamente todos os corredores.

       A assistente social está nos esperando sentada numa cadeira acolchoada na recepção, enquanto analisa alguns papéis, mas assim que nos avista, ela levanta rapidamente para nos cumprimentar.

      — Elliott, Micael. — ela abre um pequeno sorriso. — Venham. Ele falou sobre vocês a a manhã toda sem parar.

      O meu coração martela de forma desenfreada enquanto vamos até outra salinha, que está repleta de brinquedos, lápis de cor e papéis. Julian está rabiscando numa folha, completamente concentrado, mas assim que nos avista, ele levanta rapidamente e corre até a gente, abrindo um sorriso e exibindo a porteirinha da frente.

      — Titios! — Ele ergue os braços e dá alguns pulinhos, então Mikah o pega no colo e abraça o nosso pestinha com força. A pele dos dois é quase da mesma tonalidade, mas a de Mikah é um tom mais escura.

      — Agora é "papais", banguelinha. — Mikah diz, com os olhos brilhando enquanto encara Julian. Eu vou até ele e toco o cabelo cacheado no nosso bebê, que vira o rosto na minha direção e ri baixinho.

      — Vocês vão me levar? — Ele pergunta, com aquela voz doce e fofinha.

      — Sim bebê. Você é nosso filhote, agora. — Digo, beijando a sua mãozinha rechonchuda.




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DEPOIS DE QUASE UM ANO GENTE, FINALMENTE CHEGAMOS AO FINAL. OBRIGADO POR TEREM SIDO PACIENTES E ME ACOMPANHADO ATÉ AQUI 💚




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AMOR E ÓDIO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora