CAPÍTULO 30

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   No dia seguinte, após a aula terminar, eu passo em casa apenas para tirar um cochilo rápido, depois vou tomar um banho rápido e trocar de roupas, vestindo um dos uniformes que costumo usar para jogar basquete. Ele consiste em um calção fino preto e uma regata de mesma cor, além de um dos meus pares de tênis mais surrados, que são justamente os mais confortáveis.

    Pego o meu celular e checo às horas. Ainda falta meia hora para o horário em que nós marcamos, mas eu não vejo problema em sair mais cedo.

     Pego as chaves do meu carro que estão em cima da mesinha da sala e saio do meu apartamento, descendo de elevador até o térreo e indo até o estacionamento em passos rápidos. Abro um sorriso bobo quando penso naquelas suas bochechas pálidas assumindo um tom vermelho assim que ele me encarar, porque roupas finas como as que uso para jogar sempre marcam pra caralho, e embora ele tente não encarar o volume entre as minhas pernas, as bochechas coradas sempre o entregam.




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    Não demora mais do que uns quinze minutos para que eu chegue até sua casa (a falta de trânsito e dirigir a no mínimo cem quilômetros por hora ajudou bastante nisso). Eu estaciono na frente da sua casa e saio do carro , indo pela calçada que corta o gramado e subindo a pequena série de degraus que levam até a varanda rapidamente.

    Assim que toco a campainha, não demora nem dez segundos para a porta ser aberta e Elliott aparecer no meu campo de visão. Ele veste um calção esportivo azul claro e uma camisa que combina com ele, que deixa o seu cabelo ainda mais claro do que já é, e complementa o azul dos seus olhos. Assim como havia previsto, suas bochechas ficam vermelhas enquanto ele me analisa de cima a baixo, antes que ele desvie o olhar e lamba os lábios rosados, enviando uma onda de tesão diretamente para o meu pau.

    — Oi. — Digo, dando um passo para a frente e dando-lhe um selinho rápido, que não é mais do que um leve roçar de lábios, mas isso é o suficiente para ele ficar tão vermelho quanto um tomate.

    — O-oi. — Ele responde, então abro um pequeno sorriso e inclino a cabeça para o lado.

    — Vamos? Eu pensei que podíamos jogar basquete. Posso te mostrar o meu esporte, assim como você me mostrou o seu. — Explico, já começando a caminhar em direção ao meu carro. Elliott me segue, apressando o passo para conseguir andar ao meu lado.

   — Certo. — ele responde, abrindo um sorriso bonito e fazendo pequenas covinhas aparecerem nas suas bochechas. Eu abro a porta do passageiro para ele e espero ele entrar no carro, para poder dá a volta e entrar pela porta do motorista.

    — O seu carro é surpreendentemente organizado, já que você é muito bagunceiro, chocolate. — Ele me provoca, enquanto observa todo o interior do meu carro. Eu apenas reviro os olhos e começo a dirigir pela rua. Esse carro é o meu chuchu, e se tiver alguma coisa fora do lugar, eu provavelmente vou surtar.

    — Antes de irmos para a quadra, quero passar numa lanchonete. — Explico, lançando um olhar de relance para o painel do carro, que mostra que já são quase seis horas, e já começou a anoitecer também. Não consigo evitar olhar de vez em quanto pra pra o cara loiro ao meu lado, e consigo senti-lo fazer exatamente o mesmo.

    Eu piloto até o drive thru mais próximo e abaixo o vibro escuro do carro assim que paro em frente a janela em que o atendente está.

     — Boa noite. O cardápio está passando no telão ali em cima. — O moço que parece ter uns 25 anos diz, de forma calma. Eu olho rapidamente para onde o cardápio está piscando em luzes néons, onde passa uma variedade de hambúrgueres e coisas bastantes gordurosas, que provavelmente fariam a gente vomitar no segundo em que colocasse os pés na quadra.

AMOR E ÓDIO (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora