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CASA DO DO CONTRA - 18 horas para a festa.

-E você acha que eu sei onde está seu bendito celular porquê exatamente? - questionou alguém saindo da cozinha da casa.

-Ora, simples, porque só estava você em casa pela manhã! Mas tudo bem! Vou confiar que fui eu que devo ter perdido por algum lugar. O fato é que preciso ligar urgentemente para a Mô.

-Poxa DC... Você sabe que eu te empresto numa boa meu celular. Era só ter pedido!

-Mas eu não quero. Tenho que usar o meu. - disse, saindo para o andar de cima. Vá atrás da sua bruxinha Nimbus. Procurarei mais uma vez no meu quarto.

-Aff... Ok. Mas se você não encontrar, pelo menos será uma ótima desculpa pra você sair de casa. - replicou o outro, apanhando um agasalho no sofá e já saindo pela porta da frente.

-Ora, essa me faltava. - balbuciou Do Contra, subindo as ascadas, quando subitamente um arrepio gelou toda sua espinha. Com os olhos de rapina, olhou para baixo da escada. Era cinco da tarde e estava um tanto escuro. A casa ficou fria e com um ar quase palpável de tão pesado. Do Contra nunca foi de se assustar com sentimentos sombrios, mas havia algo de muito sinistro naquela súbita mudança de temperatura...

-Eu heim... Você está ficando paranóico Maurício? - falou para si mesmo, balançando a cabeça ao não ver nada demais. Deu outro passo para frente e uma força invisível o empurrou escada a baixo. Rolou de costas até dar de cabeça com um móvel. Antes de apagar, á sua frente pôde distinguir, apesar da vista turva e do líquido grosso descendo por sua face, a silhueta do que parecia uma jovem de suéter e cachecol. Também viu quando seu celular foi jogado ao chão, próximo de seus pés. E mais nada.

...

CASA DA MÔNICA - 3 horas atrás

-Mas Magá... Você não acha que isso parece uma brincadeira maldosa, e só isso? - disse Marina.

-Quem em sã consciência iria fabricar tal montagem, se não fosse só para te ver desse jeito? Comcordo com a Ma, darlim. - Denise afirmou.

Todas as garotas estavam colocando os últimos detalhes da festa em pratos limpos, quando Magali finalmente chegou, branca como uma vela. Passara o dia anterior em casa, após receber a foto sombria. Não conseguira compreender o significado daquela mensagem macabra. A Penha não passava mais nem próximo dos seus pensamentos! E de repente lá estava ela, em uma suposta foto com seu falecido ex! Era muita loucura até para ela. Magali não vira na hora qual foi o número que a enviara a mensagem, porém o baque foi gigante e totalmente inusitado. O WatsApp que lhe enviou a foto era do DC, namorado da sua melhor amiga.

-Meninas. Eu preciso conversar com a Mô. A sós. - pediu a ex comilona, olhando para o quadro da família da dentuça, pendurado na parede á sua frente.

Histórias que o Bairro do Limoeiro ContaOnde histórias criam vida. Descubra agora