Ciência á favor

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MATA DA MOITA

A cabeça de Cebola girava e seus ouvidos apitavam. com muita demora, as imagens voltaram a clarear, se é que se podia dizer isso do meio da mata. Tudo oque conseguia ver era o chão e pernas. Estava sendo carregado. Sua fuga não durou muito.

-Seu moleque maldito, por sua causa e de sua amiga riquinha quase que perco minha cabeça hoje, sabia?
Dizia o homem, chacoalhando Cebola de propósio.

Em um lápso, Cebola olhou para seu próprio pulso, lembrando-se de algo ao sentir uma pequena protuberancia sob a pele.
"É claro! O tal chip de localização!"

FLASHBACK - CASA DO FRANJA, HORAS ATRÁS

-E esse negócio funciona mesmo, ou é como suas invenções da infãncia?
Perguntou Cebola, massageando o local onde Franja havia inserido o microchip, com o auxilio de uma pistola injetora.

-Que calúnia! Minhas invenções sempre funcionaram! Não tenho culpa se você e o resto da turma não eram aptos para servir de cobaias... E, respondendo sua pergunta, sim, eu mesmo já testei no Bidu por uma semana e deu tudo certo. Veja, para ativar, é só pressionar o dedo em cima do chip. Você verá que acende uma luzinha vermelha sob a pele. É o sinal de que está funcionando.

-Ah, então pode ser desativado... Isso é bom. Bem menos invasivo doque achei que fosse.
Cebola falou e desativou o chip, com um aperto leve.
-Obrigado Franja, vou testar direito esse negócio outra hora, agora preciso ir ou me atraso pra festa, e a Denise me esfola vivo.

-Não tem de quê, camarada, ah! Antes de ir, pegue.
Disse o loiro, entregando um dispositivo parecido com o microchip para Cebola.
-Este é o rastreador. Coloque-o onde achar conveniente e eu, ou quem você desejar, saberá com precisão milimétrica, onde te achar.

-Humm... Belê. Valeu Franja!

Fim do flashback

MATA DA MOITA

Cebola finalmente foi colocado, ou melhor, jogado ao chão como um saco velho cheio de batatas. Ao se acostumar com a iluminação avermelhada vinda de luzes embutidas nas paredes do lugar, Cebola percebeu com certo receio que não estavam mais na velha cabana. Que lugar seria aquele?

"Por favor Denise... Entenda o sinal..."
Pensou o ex-cinco-fios, enquanto via o homem de roupa de gigolô barato se aproximar e dar um tapa enorme no rosto de Carmem.
-Ei! Seu covarde maldito! Enfrenta alguém do seu tamanho!

CASA DA MAGALI

Cascão encostado no sofá da sala, roía uma unha, inconformado e ensioso por ajudar a encontrar seu melhor amigo. Magali não poderia ir com Mônica e DC á delegacia e por isso ele a trouxe em casa mais cedo. A festa não havia acabado, mas não existia clima algum naquela altura do campeonato.

-Desculpa amor, eu não queria te trancar aqui comigo, se quiser pode ir atrás do Cê com os outros, é óbvio que vou entender.
Disse a garota, trasendo uma bacia de pipocas e sentando no sofá.

-Não encana Maga, ta de boa. Se a Mô e o DC precisarem de ajuda eles me dão um toque. Além do mais...
O Ex sujo se joga no acento ao lado da namorada.
-Você ainda está fragilizada com o lance doido da aparição do Quim, não é mesmo? Dá pra ver nos seus olhos.

-Não foi um "lance doido" Cas... Eu vi algo assustador naquele dia. Parecia demais com o Quim, mas havia algo de, sei lá, malígno.
Lágrimas impertinentes brotaram dos olhos negros da garota.

-Ei... Fica assim não...
Cascão abraça a morena com carinho e, como sabia que ela gostava e a deixava calma, ficou em silêncio, enrolando os dedos nas mechas do cabelo megro e sedoso.
Os dois assistiram um pouco de tv mas logo a garota caiu no sono, com Mingau ronronando em seu colo. Discretamente, e após alguns minutos observando o lindo rosto de Magali dormindo, Cascão a cobriu com uma manta e deu boa noite com um beijo nos labios dela, saindo em seguida e ligando para Denise, confirmando que ainda procuravam por Cebola.

-Vou te encontrar, parceiro!
Exclamou, correndo e pulando muros e portões, rumo a onde a ruiva marcou que estaria.

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⏰ Última atualização: Jan 08, 2023 ⏰

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