CASA DO DO CONTRA
Magali e Cascão chegaram juntos á casa dos irmãos Maurício e Nimbus, que era uma das maiores do bairro. Eram 10:00hs exatas da noite quando Cascão tocou a campainha e foi atendido pelo próprio Do Contra. Sempre vestido de sua forma habitual: calsa jeans azul com correntes de um lado, camiseta preta com estampa do Iron Maden, e o velho penteado bagunçado para cima.
-Olá belo casal. - disse, apertando a mão dos dois, com seu olhar tedioso de sempre, mas estava realmente contente. -Podem ficar á vontade, a Mô está na cozinha com a "Bruxinha".
-Com quem? - Perguntou Magali, olhando desconfiada para o namorado.
-Ah! É a Ramona. É assim que o DC chama a cunhada. - sussurrou Cascão, quando viu que Do Contra havia subido as escadas para o andar de cima, após fechar a porta, e assim não os ouviria. -Acontece que ele não gosta muito da filha da Bruxa Viviane. Uma vez ela tentou fazer um simples truque mágico de limpeza e acidentalmente, transformou todas as camisetas pretas do DC em sutiãs largos de mulher idosa... A única que sobrou foi aquela que ele está vestindo.
Magali segurou com muito custo uma gargalhada. Riu com a mão na boca até quase chorar, indo em direção á imensa cozinha daquela casa. Chegaram no exato momento que Mônica tirava um lindo e cheirosíssimo bolo de cenoura do forno.
-Nooossa que cheiro MARAVILHOSO! - exclamou a ex comilona, abraçando Ramona e em seguida a amiga baixinha. Cascão, após cumprimentar as amigas, se pôs a observar a quantidade de comida que já havia na mesa, que estava posta na sala de janta, logo ao lado da cozinha. Havia muita coisa ali só pra seis pessoas.
-Olha Mô, eu sei que ao convidar a Maga para comer, tem que ter um estoque vasto de alimentos, mas... Isso tudo não é demais não? Ai! - disse, em tom de brincadeira, não escapando porém de uns tapas da namorada, que o mostrou a língua.
-Seu babão! Claro que é porquê vêm mais gente, né oh! - disse Magali, indo ajudar Mônica a pôr talheres sobre a mesa. Esta por sua vez, sorria com satisfação. -Você parece muito feliz, amiga. Namorar o DC está lhe fazendo tão bem assim?
-Não é isso Maga, quero dizer... Claro que o DC é um fofo e eu estou muito feliz com ele. Mas o fato é que você nem acredita quem vai vir tambêm...
-Posso imaginar, mas diz você, pra eu não falar besteira.
Neste exato momento, como se esperando apenas uma "deixa", a campainha toca e Cascão corre para atender. Ninguêm menos doquê Cebola e Denise, acompanhados de Keika e Tikara, ambos com sacolas nas mãos.
...
-Mas DC, me diz, quem convidou o Cê e a Denise? O Nimbus ou a Ramona? - perguntou Mônica, alguns minutos depois da chegada dos amigos. Os dois haviam ido até o quarto de guardados do pai do Do Contra, para procurar um par de lâmpadas neón.
-Ora Mô. Fui eu que os convidei. Percebi que já que está tudo resolvido entre nós todos, podemos enfim nos tornar um grupo unido de bons amigos.
-Sabia que é por essas e outras que eu te amo? - disse a dentucinha, abraçando o namorado e depositando vários beijos pelo seu rosto até os dois se beijarem pra valer. Após alguns minutos de amassos, decidiram voltar pra sala, evitando dessa forma pensamentos muito "criativos" por parte de seus colegas. Porém não puderam escapar dos velhos olhares inquisitórios e dos cochichos.
-Já estavamos mandando a S.W.A.T atrás de vocês. - disse Cascão, que não podia deixar passar.
-Cas! Deixa os dois seu cabeção! - implicou Magali, com um peteleco em sua testa.
-Bom! Podemos comer agora, estou louco para provar a comida da Mônica Shan! - exclamou Tikara, no que foi totalmente apoiado por Keika e o restante dos amigos.
-Todos de acordo! Tô varada de fome Tikaraboy! Vamos Cê, deixa esse Gameboy de lado uma única vez amore! - brincou Denise, sabendo que o namorado acabara de ganhar o PSP3 do amigo japonês.
-Tô indo linda, deixa só eu terminar de configurar meu avatar com o... Ei! - foi interrompido pela garota das marias chiquinhas, que pegou o aparelho de sua mão, enquanto corria para a sala de janta, onde os outros já se encontravam.
-Devolvo depois da janta. Vai ficar de castigo! Pode chorar o quanto quezer. - disse a ruiva, puxando a cadeira ao seu lado e chamando o rapaz, como uma mãe autoritária. Todos riram, inclusive o próprio Cebola.
-Ai Dê, você não existe! - exclamou Mônica. -Finalmente alguém vai ensinar alguns modos ao Cebolinha.
-Eu sei gatz, Denise arrasa! -As duras bateram as mãos no ar, fazendo assim todos rirem ainda mais.
Aquela noite estava começando bem. O objetivo de Mônica e Do Contra era confraternizar apenas, mas ali estava nascendo um grupo de amigos com muito alêm da simples amizade como ligação. E os fatos iriam demonstrar isto com muito mais profundidade. Algumas amizades vão para além da confiança recíproca e se torna parceria de sangue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Histórias que o Bairro do Limoeiro Conta
FanficEste bairro tem muitas histórias para contar. E todas envolvem uma turma jovem e cheia de sonhos. Em um dia como todos os outros, uma discussão abala os ânimos de um casal já conhecido pelas brigas. Enquanto isso, outros dois jovens, amigos de infâ...