CASA DO CEBOLA
O telefone ligou na hora que o pai do ex cinco fios passava em frente ao mesmo pela quinta vez.
-Alô? Ah, oi Denise... Sei... Na festa? Ele não chegou. Entendo. Vou sim Denise. Muitíssimo obrigado. Estaremos esperando. Outro. Tchau...-E então querido? O Cebola ta bem? Ele já está vindo? Me diz... -clama sua esposa, ao lado de Maria Cebolinha.
-É complicado querida. Nosso filho está desaparecido. Mas se acalme, sim. -diz seu Cebola, abraçando-a. -Vai ficar tudo bem.
CASA DE EVENTOS - MESMA HORA
-Pois bem! Eu irei com o DC até a Polícia, enquanto você e o Coscão vão com a Denise, a Penha e o Dudu até o ponto onde o Cê desapareceu. -dizia Mônica, já na porta dos fundos do salão de festas.
-E quanto ao resto de nós, Mô? -pergunta Marina, de mãos dadas comte Franja, que não parava de olhar para o celular. Estranho, pensou a dentuça, já que ele raramente usava o aparelho...
-Vocês ficam na festa para não alarmar muito o resto dos nossos amigos. O Titi, a Maria Melo, o Xaveco e a Iza estão preparando os jogos e também precisarão de ajuda.
-Hi, Litle Peaple, voltei e estamos prontas pra ir! -diz Denise, chegando ao lado de outra pessoa, uma amiga que á um ano a turma não via.
-Olá pessoal... Que hora chata pra reaparecer, né? - a garota saúda a todos e pára seu olhar em Penha, que está atrás de Magali. -Oi Penha.
-Sofia... -Penha quase engasga num soluço ao ver a amiga que tanto fez por ela no passado, mesmo sendo tão mal tratada. Sem dizer mais nada as duas se abraçam. -Você, pode me perdoar? Por tudo que eu...
-Sem essa sua boba. Somos quase irmãs, lembra?
MATA DA MOITA - ALGUNS MINUTOS ANTES
Após esperarem por um tempo sem verem nada de ameaçados, Cebola e Carmem continuam mata a dentro. Parecia que estavam subindo e descendo pequenas serras, e o cançasso já mostrava sinais de querer atacar até o garoto, que tanto curtia trilhas. Sem contar que estava ferido de socos, pontapés e golpes na cabeça.
-Vamos por aqui, Carmem, é menos visível para quem vêm pelo oeste. -O ex troca-letras tentava de qualquer forma esconder o medo crescente de estar em um local desconhecido, no meio do mato, com homens armados no seu encalço, além claro, de estar com uma Frufru como a Carmem para proteger e possívelmente havia também onças por ali. -Vamos tentar chegar numa estrada e seguir para o Sul. Algo me diz que é o lado correto.-Ah claro! Vamos seguir apenas seu instinto de Indiana Joneses... -reclama a loira, apressando no entanto o passo ao ver que estava ficando para trás.
Subitamente, os dois param ao ouvir um tiro. Não foi longe e o barulho veio da direção oposta de onde vieram. Estavam sendo caçados.-Ai meu São Crispim, e agora Cebolinha? -a garota se agarra ao braço do amigo num pulo.
-É Cebola... E agora, vamos ter que achar uma trilha rápido e seguir em passo contínuo sem nem olhar para trás. Pode segurar em mim, pra não cair ou ficar para trás.
Antes que pudessem dar o primeiro passo, num rápido flash a mente do rapaz se escurece e tudo gira. E ele vai ao chão.
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Histórias que o Bairro do Limoeiro Conta
FanfictionEste bairro tem muitas histórias para contar. E todas envolvem uma turma jovem e cheia de sonhos. Em um dia como todos os outros, uma discussão abala os ânimos de um casal já conhecido pelas brigas. Enquanto isso, outros dois jovens, amigos de infâ...