Clarice

04

E ai gente, o que estão achando? Meu filho tá sofrendo né? Minha filha também? Mas e o que será que aconteceu nesse tempo que a Carla esteve longe?

Aproveitem e comentem muito! Não esqueçam da meta e até depois...
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Arthur

Acordo com beijos sendo distribuídos por meu rosto e ouvindo risos fofos próximo de mim, eu agarro a minha pequena e a encho de muitos beijos, quando abro o olho, me espanto ao ver quem nós observava.

C: mamãe! (A Clarice grita e tenta descer da cama, mas a Carla corre, saindo da porta do quarto) puquê ela foi embola papai?
A: ooo meu amor, deixa o papai te explicar uma coisinha! Presta atenção no papai tá bom? (Ela balança a cabeça e eu enxugo as lágrimas que caem do seu rostinho) a mamãe passou um tempinho longe e enquanto ela estava longe aconteceram algumas coisas que fizeram ela ficar com medo, então a gente vai ter que dar muito amor e muito carinho a ela, mas tem que ser de pouquinho, pra que ela pare de ter medo, fechou?
C: fexoi papai! Agola a mamãe vai pode mi da munto bexinho? Como a mamãe da Manu?
A: vamos fazer um combinado? (Ela me olha com expectativa)
C: vamuuuuuu! (Ela bate palminhas e fica me olhando)
A: quando a mamãe ficar bem, sem medo mais, a gente enche ela de beijinhos assim como você faz com o papai, pode ser assim? (Olho pra ela esperando sua resposta)
C: Siiiim! Mas a Clalice, pode enxina a mamãe a tabair dano bexinho?
A: claro que pode meu amor, a sua mamãe, com certeza vai amar aprender a te dar todos os beijinhos do mundo.
C: ti amu papai! (Ela me abraça com os baixinhos pequenos em meu pescoço)
A: eu te amo muito mais princesa.
C: eu ti amu do tamainhu do unilveso!
A: tá bom amor, você ama o papai muitoooo mais, agora vamos tomar café da manhã! (Coloco ela no chão e ela me dá a mão)
C: vamuuuu! A vovó Mala feiz bolim goxtoso!

Saímos para a cozinha e encontramos a Mara terminando de colocar a mesa, a Carla parada em pé, perto da mesa, que sorri ao nos ver entrar!

A: bom dia!
C: bum dia vovó! (Ela corre até a avó e a agarra pelas pernas) bum dia! (Ela fala olhando pra Carla, combinei com a Calrice de só voltar a chamar ela de mamãe quando ela não tivesse mais medo)
Ca: bom... Bom dia! (Ela se senta a mesa e fica olhando para o prato a sua frente)
C: voxe qué flutinha? A vovó Mala semple colta flutinhas plo café da manhaim! (Ela fala toda meiga se aproximando da mãe e tocando seu braço esquerdo, Carla a olha e parece que a esta conhecendo pela primeira vez, ela olha cada detalhe da pequena e sorri, fazendo minha filha sorri também)
M: sentem! Vamos todos comer e depois pensamos no que fazer, já que hoje é domingo e...
C: o papai é todinhu meuuuuu! (Ela comemora)
M: isso amor, hoje é folga do papai, a gente vai passear, né Arthur?

Eu estava em transe, não conseguia pensar que ela estava ali e eu não podia me aproximar, não podia tocar, eu estou em completo desespero, só queria poder proteger minha mulher em meus braços, a Mara toca meu ombro e eu saio do transe e a olho.

A: ham?
M: faremos um passeio hoje não?
A: acho que sim!
M: o que você acha filha? Quer sair um pouco?
Ca: acho melhor não! Não sei se estou pronta pra sair.
A: ficamos em casa e fazemos a tarde de jogos né Clarice?
C: xiiiim papai! (Ela se empolga e acaba virando o leite com Nescau em cima dela se sujando inteira)
M: oooo Clarice, sujou toda a roupa minha princesa, vamos trocar isso aqui! (Ela pega minha filha no colo e vai até o quarto me deixando sozinho com a Carla)
A: você não comeu quase nada! (Falo a encarando) come alguma fruta, a Clarice tem razão, a sua mãe faz questão de deixar tudo já prontinho pra comer. (Ela me olha em silêncio por alguns segundos)
Ca: tô sem fome! A sua filha é um amor! Tão meiga!
A: é a nossa filha Carla! Você não lembra? (Ela me olha intrigada e algumas lágrimas a cair de seu rosto)
Ca: nossa? (Pergunta surpresa) eu não lembro ( seu choro começa ficar mais intenso e coloco minha mão sobre a dela) NÃO ME TOCA! (ela grita e sai correndo pro quarto)