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Última parte do documentário veio aí...

Essa parte vão ter os depoimentos de Arthur, Mara e uma pequena entrevista com a Clarice...

Aproveitem! Lembrem-se da meta!
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Arthur

A Carla fica um tempo com a pequena e volta pra terminarmos a entrevista, ainda teria uma parte que seria gravada por mim, Clarice e a Mara.

A: acho que só temos mais uma pergunta, na verdade duas. Como foi lembrar da sua filha? (Ela abre um sorriso enorme)
Ca: foi a melhor coisa da vida! Lembrar de quando eu descobrir que ela tava em minha barriga, do dia do nascimento, de quando montamos o quartinho dela, dos seus olhinhos vidrados nos meus quando estava amamentando ela, tantas coisa vivemos em quatro meses, eu nunca esqueci o amor que tenho por ela, mas desde o momento que eu consegui lembrar de tudo, parece que esse amor só cresce, eu amo aquela pituquinha ali, ela é um dos amores da minha vida, talvez o maior.
A: vem cá filha! (Estava nervoso porque essa seria a primeira aparição da Clarice pra todo mundo) da oi para os fãs da mamãe! (Ela chega toda serelepe, se joga em meu colo, toma o microfone pra si e fala)
C: oiê, fãs da mamãe! Eu sou a Clalice! (A Carla fica sorrindo e a olhando) eu tenho dois anoxs, vou fazê tez, né papai?
A: é, minha princesa, daqui 3 meses você faz três aninhos! Mas conta uma coisinha pro papai, você tá feliz que a mamãe voltou?
C: xim! A Clalice tá munto felizi!
A: e como era quando a mamãe não tava aqui, com a gente?
C: ela xato, eu quelia munto a mamãe ati, pla binca, pla da bexinho, pla conta istoinha, todo os meu amiguim tinha mamãe e papai e a Clalice só tinha papai, ela tliste e xato, eu num goxtava não.
A: era chato mesmo meu amor! Mas e agora, como é com a mamãe aqui, o que você sentiu quando viu a mamãe de novo?
C: a mamãe tavo cum medo, a Clalice num podia xamá mamãe, maisi, a Clalice ficô tão felizi que xamô mamãe, puquê a mamãe pediu tamém, aí fico tudo bem, a tia Val tilou o medo da mamãe! (Ela sorri e solta beijos para Val)
A: Ah, entendi, e como é viver com a mamãe? (Enquanto eu fazia as perguntas a Carla só observava, a pequena falava toda desenvolta e alternava o olhar entre sua mãe e os outros que estavam ali)
C: é a melor cosa do mundo todim! A mamãe tem um ablaço quentim que nem o Olaf fala no filmo da Flozen, ela conta istoinha pla domí, ela faizi calim na baliga da Clalice, a mamãe é a melor mamãe que a Clalice tem, eu amu munto a mamãe!
Ca: a mamãe te ama muito também amor! Você que é a melhor filha do mundo todinho! (Ela desce do meu colo e vai pro colo da mãe, dá um beijo de esquimó nela e continua)
C: tá vendo aí zenti, a minha mamãe da bexinho ni mim toda ola, a Clalice ama bexinhos!
Ca: você é perfeita meu amor!

A: pra encerrarmos a parte da entrevista, Carla vai deixar um recado para as mulheres que estarão vendo e para os homens também que assistam a esse documentário.
Ca: mulheres, eu sei que talvez você esteja passando por algo difícil agora e ache que não há mais esperança, talvez no seu caso o seu abusador antes era o príncipe encantado, o amor da sua vida que você viu aos poucos se tornar um monstro, ou talvez seja alguém que você conhece e que deveria te proteger, mas não o faz, ou ainda pode ser apenas um desconhecido que te fez mal. Se você ainda está nessa situação, seja forte, peça ajuda, mesmo que não tenha mais forças, grite o máximo que conseguir, se não há ninguém a quem pedir ajuda e você está vendo esse documentário, mande mensagem a minha central e nos entraremos em contato com quem for preciso pra lhe tirar dessa situação, você não está só! Homens, se sofren algo denunciem, as estatísticas são baixas, mas sabemos que homens também passam por relações abusivas, mas aqueles que tem uma irmã, uma mãe, uma filha ou qualquer outra mulher em sua vida, preste atenção nelas, em seus comportamentos, não normalizem gritos, seguradas, ou qualquer outro tido de violência velada, cuidem das mulheres que há na vida de vocês! E a todos, eu sobrevive e tô aqui contando tudo isso, sendo amada e amando minha família, então ainda há esperança!

Encerramos a parte das entrevistas e passamos a parte da família, como a Clarice já havia respondido, ficou apenas eu e a Mara faltando e começamos por ela.

Depoimentos

Mara

Bom, uma mãe nunca está pronta pra se despedir de um filho, não é normal da vida, não deve ser assim. Quando soubemos que a Carla estava sumida, meu chão se abriu diante dos meus pés, meu coração se partiu em vários pedaços e eu quis morrer ali mesmo e tenho certeza que se não fosse pelo anjinho que temos em nossa vida, eu teria desistido. Depois de uns meses disseram pra não insistir, que as cartas eram provas suficientes de que ela não voltaria, mas sabe coração de mãe? Dizem que não se engana nunca, então todos os dias eu orava a Deus pra que trouxesse minha bebê de volta pra mim. Um dia ele me ouviu e a trouxe e eu quiz morrer mais uma vez quando a vi do jeito que estava, eu falhei em proteger o único motivo da minha existência, mas ela estava de volta, meu bebê voltou pro meu colo, pro meu aconchego. E hoje eu oro todos os dias pra que ela continue bem, segura e que tenha todo amor do mundo. Nós faremos questão de que ela o tenha. Te amo meu amor! (Ela fala o tempo todo tentando conter as lágrimas, mas quando fala sobre a volta é em vão continuar tentando, quando fala a última frase manda beijos pra Carla que retribui de longe)

Arthur

O tempo que passei longe da Carla foi de longe a situação mais difícil e dolorosa que eu vivi, foi literalmente o meu pior pesadelo, o dia que ela saiu pela porta da nossa casa, me dando um beijo e dizendo que voltaria em no máximo duas horas e alguns minutos depois disso eu saber que ela sequer chegou a casa da Pocah, foram as palavras mais horríveis de se ouvir. Todos os dias depois desse foram duros e difíceis e ainda ter que explicar pra luz da minha vida, minha pequena Clarice, que a mamãe dela não ia voltar, foi doloroso demais. Eu tive crises severas de ansiedade, achei que ia ficar louco, senti minha alma ser cortada a cada dia longe, mas aí, como quem tinha sido retirado do fundo do mar, eu a vi entrar pela porta da minha casa novamente, totalmente diferente de como saiu, mas era ela, a minha Carla. (Nesse momento as lágrimas escorrem por meu rosto e a Carla me manda beijinhos no ar) e ver ela de novo foi como voltar a respirar, eu queria correr e abraçar ela, beija-la e dizer o muito que a amava, mas como a minha filha já disse, ela precisou de muita ajuda, a Val foi incrível nesse processo, juntos nos vencemos cada barreira e hoje eu posso dizer com todas as letras, que o amor da minha vida tá de volta e eu vou casar com ela! (Sorrio e a Carla entra na gravação, me surpreende de dando um beijo) eu te amo vida! (Ela me beija novamente)

Ca: eu também te amo amor!

Ela se levanta pra sair,as antes que continuasse ela começa a cair e eu a pego nos braços, ela desmaiou.

ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora