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Me digam o que vocês tão achando da Clarice? Mais alguém aí tá apaixonado por essa criança?

Nesse capítulo tem um momento fofinho entre mãe e filha, mesmo que a Carla não lembre que ela é sua filha!

Aproveitem!

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Arthur

Corro atrás dela e a encontro encolhida na cama soluçando, me aproximo aos poucos, não a toco, mas fico perto o suficiente pra ver que ela está chorando.

A: desculpa Carla! Eu não queria te fazer ficar assim, desculpa.
Ca: eu... Eu não quero...
A: não quero o que? (Ela se senta na cama, enxuga as lágrimas e me olha)
Ca: eu não quero me sentir assim lindo! (Quando ouço ela me chamar de lindo meu coração erra as batidas e eu sorrio)
A: e o que você tá sentindo amor?
Ca: eu não sei explicar, mas quando você me toca me dá uma aflição muito grande.
A: tem a ver com o que fizeram com você? (Ela se encolhe e abraça os próprio joelhos)  ei, me olha (ela levanta o rosto) eu tô aqui agora, você está segura!
Ca: eu só queria esquecer tudo aquilo! Queria poder apagar da memória, do meu corpo (ela começa a chorar novamente) queria poder correr pra você e me jogar em seus braços como sempre, mas não dá. Eu me lembro daquelas mãos nojentas sobre mim e não consigo, eu não consigo agora (ela volta a chorar e eu nem sei o que falar, de que mãos ela estava falando? O que fizeram com ela? Como seriam capazes de a machucar?)
A: calma amor! Eu não sei o que aconteceu e me sinto um merda por ter deixado isso acontecer com você, mas lembra que eu te amo e tô aqui!
Ca: você ainda me ama? (Pergunta surpresa)
A: eu te amo tanto, mas tanto que você não tem noção do quanto, vida! (Ela sorri e toca o dedo anelar em um dos meus dedos devagar, depois sorri novamente)
Ca: você pode ter só um pouco de paciência comigo?
A: terei toda a paciência do mundo, eu só quero você de volta, pra mim! Tô com saudade de você! (Solto um beijinho no ar e percebo que há mais alguém ali) vem aqui filha!
C: a Clalice pode xubi na cama? (Ela pergunta me olhando)
A: pergunta pra Carla amor!
C: ei, a Clalice pode?
Ca: pode sim!
C: obidada ma... Obidada Cala!
Ca: você sabe o que eu sou sua? (Pra onde ela tá querendo ir com essa conversa, será que ela lembra que minha pequena só tem dois anos?)
A: pode responder amor!
C: a mamãe! Voxe é a mamãe da Clalice!
Ca: ah é? (Eu não sei porque, mas aos poucos a Clarice tá fazendo a Carla voltar a ser a nossa Carla) e por que você me chamou de Carla então?
C: puquê, puquê, (minha pequena gagueja) puquê o papai pediu pla Clalice só fala mamãe cando voxe não tive maisi medo! (Carla franze a testa e eu tenho que intervir)
A: foi um combinado entre nós dois vida, a gente achou que talvez seria demais pra você, mas se não houver problema tenho certeza que essa mocinha aqui vai ficar feliz de voltar a te chamar de mamãe!
Ca: então vamos combinar assim Clarice, eu sou a mamãe e é assim que você vai me chamar tá bom?
C: tá bom mamãe! (Ela sorri com os olhinhos cheios de lágrimas e a Carla também estava emocionada) a Clalice pode dá bexinho? Bexinho na mamãe?
Ca: você quer beijinhos amor? (Agora ela já chorava)
C: é tudo que a Clalice que! (Eu nunca havia percebido o quanto ela sente falta da mãe até hoje)
Ca: vem aqui (ela puxa o braço da pequena, a agarra e começa a distribuir beijos)
C: eu ti amu mamãe! (Ela se aconchega no colo da mãe e eu perco toda a minha postura, pode demorar pra que a Carla me aceite, mas ver ela aqui com a nossa pequena me faz ter muita esperança)
Ca: eu te amo princesa! (Ela se deita de conchinha com a Clarice e eu resolvo sair do quarto) ei (ela me chama) não desiste de mim não!
A: nunca! Vou ficar e estar aqui até quando a gente puder dormir assim também! (Aponto para ela e a minha filha) vou deixar vocês duas, dorme um pouco, a conhinha com ela é quase tão perfeita quanto é com você! (Ela sorri e se deixa dormir)

ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora